Analia Eu achei que estava louca por permitir aquilo, por deixar o lobo explorar uma parte de mim. A sensação era intensa, tão fora do que eu achava ser possível, mas, ao mesmo tempo, havia algo quase natural nisso. Algo que me fazia ceder, mesmo quando minha mente insistia em resistir.Quando senti a língua quente do lobo novamente, um arrepio percorreu meu corpo, e eu soube. Soube que, por mais que tentasse negar, havia algo em mim que gostava. Gostava do toque, da intensidade, do jeito como ele parecia me adorar com cada movimento. Eu não podia mentir para mim mesma. Eu gostei.Foi quando aconteceu. A transição.Dessa vez, não houve medo. Não houve pavor ao ver o lobo se transformando. Eu estava ali, deitada, entregue, e o recebi. A forma humana de Krampus surgiu diante de mim, forte e imponente, mas seus olhos ainda tinham aquele brilho selvagem que eu tanto temia e desejava ao mesmo tempo.Ele se inclinou sobre mim, os traços firmes e decididos, mas havia algo mais ali. Algo que
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