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Todos os capítulos do Grávida do Pugilista Mafioso: Capítulo 51 - Capítulo 60
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Quero você focado, Daniel.
Assinto com firmeza, encarando-o nos olhos.— Sim, Daniel. Você terá sua garota de volta. Eu garanto. E você contará comigo para isso.Por um instante, vejo um brilho nos olhos dele, mas é substituído pela sombra da desconfiança.— Como? Posso saber? O que vocês vão fazer? Raptá-la, como Lucas fez com a esposa? Ou obrigá-la a se casar comigo com uma arma apontada na cabeça, como Vincent fez com Renata?Sinto o sangue subir ao rosto. Maldito Lucas e sua boca grande! Respiro fundo, controlando a irritação.— Não. Nada disso. — Minha voz sai mais firme do que eu esperava. — Vamos te dar algo muito mais poderoso: tempo. Um tempo para você reconquistá-la, do seu jeito.— Por que não agora? — ele me corta, a angústia transbordando na voz.Se ao menos ele soubesse o quanto é crucial dar esse intervalo para que meu plano se desenrole. Respondo com calma, mas com firmeza:— Daniel, precisamos de você agora. Não é o momento certo.Ele ofega, a frustração evidente. Volta a encarar a janela, os o
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Um ano depois
KateDifícil acreditar que tanto tempo se passou, eu penso tristemente olhando meu filho no meu colo. Meu bebezinho de dois meses abre a boquinha com um bocejo. Eu dou um sorriso entre lágrimas.Nesse tempo, tantas lutas enfrentei... A maior delas foi a decepção com Daniel, depois a ira de meu pai com a notícia que eu estava grávida. Então seu mal humor e seus olhos de ranço quando via minha barriga, cada vez mais, crescer.Dou um beijo em sua cabecinha e o coloco no berço com um sorriso entre lágrimas. Ele é muito pequeno para dizer com quem ele se parece. Mas eu consigo ver Daniel no rostinho dele.Olhei a confusão que está meu quarto. Muita coisa ainda para guardar. E não é só meu quarto que está assim. As nossas coisas ainda estão espalhadas pela nova casa. Segundo papai, os negócios com as vendas dos carros estão indo muito bem.Comecei a arrumar minhas coisas, sem ter forças para afastar meus pensamentos de Daniel.Deus! Como eu pensava nele. E agora que Michael nasceu, muito ma
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Cala a sua boca!
Eu que guardava os papéis numa pasta, paro e olho para ela:—Não entendi.—Essa regra não existe. Lucas, por exemplo, quando ele era solteiro.....— Olha, eu gosto de uma garota. Então, toda a minha energia agora é trabalhar para encontrá-la quando eu for para Miami.Ela ri.—Deus! Você fica se guardando para uma mulher que nessa altura do campeonato está com outro homem.Ela corta a energia calma do escritório. Num movimento rápido eu chego até ela e a pego pelo braço, enfurecido a lanço contra a parede. Minha mão aperta em torno de seu braço. Meu rosto está contorcido de raiva. Ergo minha mão que chega até seu pescoço. A respiração se apressa a sair dos meus pulmões.— Você perdeu o juízo? Aqui eu sou um cara fazendo o que deve ser feito. Cala a sua boca! Daqui por diante você falará comigo apenas o estritamente necessário.Eu a solto, ofegante. De repente, me torno consciente de quão perto eu cheguei em estrangular seu pescoço. Saio do escritório.—Pai! Quanto é esse valor que o se
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Droga de vida!
Pare! Eu me repreendo. A escolha que ele fez, não foi a acertada. Ele poderia estar comigo agora e poderíamos estar lutando juntos.Vem aquela vozinha dizendo: Com o emprego de Daniel? Vendo ele arrebentar a cara para pagar as contas?Deus! Eu estou tão confusa....Tiro minha roupa vagarosamente e me dou o luxo de ficar de molho na minha provisória, linda, nova e incrível banheira até a minha pele ficar enrugada.Amanhã eu vou procurar Antony Mancini. Conversarei com ele. Explicarei minha situação. Preciso me humilhar, dizer que meu pai sustenta uma mãe solteira. Que nossa casa é alugada, que nosso carro é velho, que ele relevasse a burrada que meu pai fez e desse trabalho a ele, de preferência meio período, pois meu pai precisa do seu emprego para pagar nossas contas. Nem que for de faxineiro, meu pai trabalharia no Cassino.Limpei as lágrimas dos olhos.Deus! Isso é sonhar muito?Começo a ficar nostálgica. A me lembrar dos meus dias sem preocupações, onde a minha única preocupação e
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Eu gostaria de falar com Antony Mancini.
Avisto um homem muito bem vestido sorrindo, se gabando por ter ganhado na roleta. Desvio meus olhos, incomodada com a cena. Por todos os lados jogadores. É deprimente vendo o dinheiro sendo perdido, esbanjado. Os que perdem é bem maior do que os que ganham, com certeza. O Cassino vive da má sorte de todos. Deus! Agora estou aqui, dentro desse enorme Cassino não como jogadora, mas não deixo de estar fazendo uma jogada que mudará minha vida. Pois se meu pai for preso, a luta que eu enfrentarei será muito grande.Olho ao redor e vejo um homem de terno negro perto do lugar que se compra fichas. Pela postura dele, parece ser um segurança.—Olá, eu gostaria de falar com Antony Mancini.Ele olhou meu vestido simples, que não se compara a nenhum usado pelas mulheres frequentadoras do Cassino. Foi aí que vi um homem sair de trás de um biombo.—Pois não senhorita?—Eu gostaria de falar com Antony Mancini.—Quem deseja?— Diz que é a respeito de Andrew Johnson, meu nome é Kate Johnson.Ele faz
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Irei marcar um dia para falar com o honorável Antony Mancini.
Fico surpresa com a revelação.—Bem, então quer dizer que aqui é o local de "trabalho deles"? —Faço as aspas imaginárias novamente com os dedos.—Exatamente.—Rose. Se importa se mudarmos de assunto?—Pode deixar e eu estou indo agora.Eu a abracei.—Claro. Obrigada por tudo.Ela assente.—Se você precisar de qualquer coisa, só chamar.—Obrigada.—Mas pense no que eu te disse.—O que foi mesmo?—Arrume alguém para trazê-la até em casa. Para inibir de eles tentarem algo com você.—Deus! Mais isso agora!Quando Rose foi embora, terminei de colocar as coisas no lugar. Nó não temos muitas coisas. Com essa mudança, deixei muito supérfluo para trás.Finalmente me deito cansada na minha cama. Pego no sono logo. Um barulho irritante começa a perturbar meu sono, cada vez mais alto. Invadindo meu subconsciente. Desperto tentando entender o que está acontecendo. Identifico batidas na parede e a voz de uma mulher gritando:VAI!VAI!"VAI GOSTOSÃO!ISSO! ISSO! HUMMMMMMMMMMMMM!Oh!Oh!Oh!VAI TIGRÃO
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Está tentando negociar com o di@bo, senhorita Johnson?
—E seu celular?—Vendi para pagar as contas.Minutos depois sou atendida por Lucy Campbel e marco de falar com Mancini amanhã esse horário.Pronto! Seja o que Deus quiser.Quando desligo o telefone, Rose me convida para almoçar com eles. Eu aceito com alegria e vou até a cozinha ajudá-la a preparar o almoço, enquanto isso eu conto a ela o que aconteceu, a forma que fui assediada por um cara mal encarado e o escape que encontrei para fugir do assédio desse idiota.Rose ri.—Deus! Eu ia sugerir isso, mas como você morre de raiva de Daniel...Eu a encaro com os lábios apertados.—Não morro de raiva dele. Eu sinto tudo agora, menos raiva dele.—Deus! Então mudou?Ela inclinou a cabeça para o lado, olhando meu rosto como se estivesse tentando descobrir alguma coisa. Eu estou muito ocupada tentando controlar as minhas emoções quando digo:—Não. Acho que ele errou, mas acho também que ele estava cansado dessa vida, que não teve um pai e nem uma mãe para aconselhá-lo. Tenho passado tantas lut
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— Espere. Eu ouvi bem? Você quer trabalhar para mim?
Ele ri debochado.—Espere! Eu ouvi bem? Você quer trabalhar para mim?Eu engulo o meu orgulho e assinto.—Sim. Sei que o meu trabalho não pagaria tudo que meu pai roubou, mas eu poderia trabalhar um tempo determinado pelo senhor para saldar uma parte da dívida e a outra parte, meu pai ajuntaria dinheiro para pagar.Ele fecha a cara e dá um murro na mesa. Eu pulo da cadeira.— Fale-me agora, qual é a diferença de você com Daniel?Deus! Eu pisco, confusa e com medo pelo tamanho de sua agressividade. Mas digo ousada:—Ele te..ve a chance de escolha, eu não. Daniel vendeu a sua alma por que quis.—Vender a alma me lembra inferno, e Daniel está bem conosco. Muito melhor do que jamais esteve. Por acaso você tentou entender isso?Eu estremeço.—Isso não vem ao caso...—Dio Santo! E o fato do seu pai roubar, você acha uma atitude certa?Eu estremeço.—Não! É claro que não...—No entanto, está aqui defendendo um ladrão?—Porque é meu pai. É da minha família que está falando.—E Daniel, é o que
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Rose quase cai para trás quando conto quem é Antony Mancini.
— Eu sou formada em administração. Eu poderia trabalhar como secretária, na administração, numa área que não envolve dinheiro já que não confia em mim.Ele ri. Depois gargalha. A sua cabeça jogada para trás e sua garganta morena exposta zombando de mim.— Todas essas vagas estão ocupadas. Por que acha que eu dispensaria alguém para a senhorita ocupar o lugar?— Eu... —Eu o encarei sem palavras.Deus! Eu sinto arrepios de raiva correr pelos meus braços e pernas.— Você irá trabalhar como faxineira. — Ele diz taxativo.O modo como ele fez soar a palavra "faxineira" me deu a impressão que ele estava se divertindo muito com isso. Deus! É muita humilhação. Pelo jeito que ele fala, acho que vou limpar o banheiro dele, quem sabe a sua bunda? Tenho uma vontade insana de socar sua cara.Eu ofego.—Faxineira?—Sim. Enquanto o seu pai não conseguir pagar toda a dívida, você irá trabalhando para mim. Mas como não sou carrasco, meio período está bom. Você escolhe, de manhã ou à tarde.— Mas com ess
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Enfrentando a realidade
Chego do hospital com meu pai. Carrego Michael nos braços, ele ainda dorme profundamente, mas sei que não vai resistir por muito tempo. Coloco-o no berço com cuidado, observando seu rostinho tranquilo. Quando volto para a sala, a carranca de meu pai me encara com um olhar carregado de reprovação.— Deus! Tinha que ser esse lugar? Justo aqui? Você fez de propósito, não fez? — Ele questiona, ainda sentado no sofá apertado da nossa minúscula sala, a voz cheia de frustração.Minhas mãos se fecham na cintura, uma tentativa de controlar a ira que começa a crescer dentro de mim.— Deus, digo eu! Você realmente acha que eu gostaria de morar nesse fim de linha? Lembre-se que nossa pobreza não foi um acidente! Eu me sinto tão desafortunada nessa vida que acho que, se perdesse uma agulha num palheiro, eu a encontraria se me sentasse nele. Se não puder ajudar, fique calado. Afinal, o importante é participar, não é mesmo? — As palavras saem com uma raiva abafada, como se eu carregasse o peso de um
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