Todos os capítulos do O REI ALFA QUE SE APAIXONOU POR UMA HUMANA. : Capítulo 61 - Capítulo 70
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CAPÍTULO SESSENTA E UM: CIÚME.
POV ALICE.Estava sentada na sala de espera do hospital, a cabeça abaixada, as mãos entrelaçadas e o coração apertado. Rezava em silêncio pela recuperação de minha mãe. As palavras fluíam num misto de súplica e esperança. Darius havia saído há pouco, e, por mais que eu não quisesse admitir, sua ausência era estranhamente incômoda. Eu tentava me concentrar na prece, mas, vez ou outra, me pegava pensando nele, naquele jeito imponente e na sensação de segurança que seus braços me proporcionavam.Abigail e Luís estavam ao meu lado, mas se mantinham em silêncio, respeitando meu momento. Eu podia sentir a ansiedade de Abi crescendo, pois ela não parava de mexer os pés; eu conhecia minha amiga, ela estava claramente louca para me questionar sobre a presença de Darius ali e sobre o que ela viu entre nós. Luís, por outro lado, parecia mais inquieto do que curioso. Eu ouvia seus dedos batucando no braço da cadeira. Eu sabia que, assim que terminasse de rezar, eles não demorariam a me bombardear
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CAPÍTULO SESSENTA E DOIS: OS PAIS DO NOIVO.
POV ALICE.Abi riu baixinho, como se divertisse às minhas custas. Eu, porém, não tinha mais energia para discutir. Tudo parecia um turbilhão e, naquele momento, tudo o que eu queria era alguma paz. Olhei para a porta pela qual Luís havia saído e suspirei, ainda tentando digerir sua reação. Eu não queria fazer meu amigo sofrer desse jeito. Mas não posso corresponder ao seu amor.— Ele vai voltar, Alice — disse Abi, em um tom mais gentil. — Só precisa de um tempo para digerir que te perdeu para Darius. Dê um tempo a ele. — Comentou Abi.— Espero que sim — murmurei. — Não quero perder a amizade dele por causa disso. Eu queria poder corresponder ao amor de Luís, mas tudo que sinto por ele é um amor fraternal. — Falei. Abi me olhou com uma expressão de compaixão.— Ele é seu amigo, Alice. Mas também é um homem apaixonado. Vai levar tempo para ele aceitar tudo isso — falou. Abaixei a cabeça, os dedos trêmulos brincando com o tecido da minha blusa.— Eu não queria magoá-lo, Abi. Nunca quis.
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CAPÍTULO SESSENTA E TRÊS: A CHEGADA DOS MOSS.
POV ALICE.O silêncio na sala parecia ensurdecedor, preenchido apenas pelo som da minha própria respiração descompassada. Agatha e Bartolomeu Moss estavam diante de mim, e a revelação de que eram os pais de Darius foi uma grande surpresa, deixando-me tensa. Meus olhos saltaram de um para o outro, ainda tentando absorver a informação. Era evidente que compartilhavam alguns traços: a postura imponente de Bartolomeu, o olhar perscrutador e, de alguma forma, assustadoramente semelhante ao de Darius. Já Agatha tinha um sorriso caloroso que mascarava a intensidade de sua presença. Por um momento, as palavras simplesmente desapareceram da minha mente. Abigail, ao meu lado, parecia tão perplexa quanto eu. Ela inclinou-se e sussurrou, com um tom misto de curiosidade e diversão:— Parece que seus sogros vieram te conhecer — disse Abigail.Revirei os olhos, mordendo o lábio para conter uma resposta. A última coisa que eu queria era me estressar mais do que já estava com tudo o que estava aconte
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CAPÍTULO SESSENTA E QUATRO: PRECISO QUE CUIDEM DE ALICE.
POV DARIUS.Eu esperava no corredor do hospital, encostado contra a parede fria. A luz fluorescente piscava levemente acima de mim, acentuando a atmosfera estéril do lugar. Meus pensamentos estavam caóticos, divididos entre Alice e a alcateia, e isso só aumentava minha irritação. Era como se o peso de duas responsabilidades distintas estivesse sobre meus ombros, ambas exigindo prioridade imediata.O som dos passos ecoando pelo corredor me tirou dos devaneios. Levantei a cabeça assim que o cheiro familiar de minha mãe e do meu pai chegou até mim. Poucos segundos depois, meus pais apareceram no final do corredor. Eles chegaram em tempo recorde, devem ter vindo correndo transformados em lobos ou já estavam aqui por perto.Minha mãe veio apressada, com seus braços abertos. O gesto caloroso, que ela sempre tinha quando se aproximava de mim. Quando ela me envolveu num abraço, meu corpo ficou rígido, e um rosnado baixo escapou dos meus lábios antes que eu pudesse conter. Eu não gostava de abr
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CAPÍTULO SESSENTA E CINCO: CONHECENDO A MINHA SOGRA.
POV DARIUS.Já se passou uma semana desde que a mãe de Alice foi hospitalizada. Após quarenta e oito horas, Antônia acordou sem sequelas, mas precisará de cuidados contínuos. Meus pais continuaram indo ao hospital sempre que eu não podia. Minha mãe, encantada com Alice, conseguiu derrubar parte da barreira que ela criou para se manter afastada. Agora ambas conversam bastante, mas Alice ainda mantém certa desconfiança.Enquanto Alice permanecia no hospital com a mãe, providenciei humanos para cuidar do sítio. Luís não cuidaria mais de algo que agora me pertencia. Hoje Antônia terá alta e, com muito esforço, minha mãe convenceu Alice de que seria melhor levar Antônia para uma casa adaptada para seus cuidados. O sítio, além de inadequado, não seria uma opção que eu permitiria.Até o momento, não fui apresentado formalmente a Antônia. Alice achou melhor poupar sua mãe de qualquer estresse desnecessário envolvendo minha presença. No entanto, isso mudará hoje. Finalmente conhecerei minha so
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CAPÍTULO SESSENTA E SEIS: O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
POV DARIUS.— Apenas quando acho que vale a pena. E, no caso de Alice, vale mais do que qualquer coisa. — Minha voz saiu mais suave, mas não menos convicta. — Contudo, quero que minhas ações falem mais alto que minhas palavras. Estou disposto a provar meu valor, senhora Miller. — Falei. Ela ficou em silêncio por um momento, avaliando cada palavra minha com olhos atentos. Finalmente, soltou um longo suspiro e olhou para Alice. — Ainda não gosto dele. Mas vou dar uma chance de se redimir. E também não posso fazer nada por enquanto, já que esse rapaz parece ter grudado em nossa família. — Disse Antonia, nada feliz. Ela voltou seu olhar firme para mim. — Não me dê motivos para me arrepender. Mas não pense que me conquistou ou vou facilitar para você. — Disse séria e firme. Assenti, mantendo meu tom sereno e direto. — Não darei, senhora Miller. É uma promessa. — Falei. Eu estava me esforçando e muito para ser gentil e atencioso. Não era da minha natureza lupina amaldiçoada ser tão ge
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CAPÍTULO SESSENTA E SETE: PARA ONDE IREMOS AGORA?
POV ALICE.Engoli em seco. Não tinha mais como fugir da verdade. Agatha e Bartolomeu nos deixaram sozinhas para conversarmos. Suspirei, reunindo coragem para começar a explicar.— Mãe, eu… — comecei, hesitante. — Foi a única forma de conseguir para pagar sua cirurgia e o tratamento. A senhora estava morrendo, eu não poderia assistir parada sem fazer nada. Minha primeira opção era vender o sítio, mas ele já não é mais nosso. Meus amigos não tinham a quantia para me emprestar, e o prazo era curtíssimo. Sua vida estava em risco e precisava ser operada com urgência. Darius foi a única saída naquele momento, então fiz o que era preciso. — Expliquei, nervosa e com medo do que minha mãe pensaria. Ela piscou, surpresa, e sua expressão mesclava frustração e incredulidade.— Então, você aceitou se casar com ele para me salvar? — perguntou, irritada.— Sim… mas eu… — Não consegui terminar a frase. Ela suspirou, parecendo reunir forças para continuar:— Eu não queria que você se sacrificasse por
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CAPÍTULO SESSENTA E OITO: IRÃO PARA MINHA CASA.
POV DARIUS.Fiquei no corredor aguardando Alice e a mãe saírem. Doutor Afonso veio em direção ao quarto e parou em minha frente antes de entrar.— Bom dia, senhor Moss. — Me cumprimentou.— Bom dia! Como está o estado de saúde da senhora Miller? — Perguntei sem delonga. Afonso suspirou.— A senhora Miller está bem e pode receber alta, mas terá que fazer um tratamento para arritmia. Expliquei para ela e à senhorita Miller que isso é consequência do infarto, e que é uma alteração no ritmo ou frequência do batimento do coração. — Informou Afonso. Eu não queria me preocupar com Antônia, mas acabei me preocupando pela Alice.— Quais são os sintomas dessa arritmia e o tratamento? — Perguntei, querendo explicações para saber como prosseguir.— A senhora Miller sentirá palpitações, batimentos cardíacos irregulares ou lentos, dor no peito, tontura ou desmaio. O tratamento será feito com remédios antiarrítmicos. Não vejo necessidade de intervenção cirúrgica ou colocação de marcapasso. Recomendo
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CAPÍTULO SESSENTA E NOVE: QUEM É VOCÊ E O QUE QUER COM ALICE?
POV DARIUS.— Gatos não combinam com lobos. Desde quando nossa companheira tem esse tipo de animal? Eu não senti cheiro de gato no sítio. — Murmurou Baltazar mentalmente, descontente claramente com a ideia de trazer um felino para a nossa casa. Ignorei-o. Alice já estava suficientemente irritada, e essa questão era pequena demais para causar mais atritos.— Claro, podemos buscar a sua gata antes de irmos para a minha casa. — Respondi, mantendo a calma.Alice me olhou desconfiada, talvez surpresa por eu não contestar. O olhar dela se suavizou um pouco, mas não o suficiente para dissipar o clima tenso. Ela passou o endereço para o meu motorista.Chegamos à casa de Abigail em poucos minutos. Alice desceu rapidamente, indo até a porta para buscar a gatinha. Observei de longe enquanto ela voltava com um pequeno animal em seus braços, um gato de pelos brancos. Baltazar rosnou, e eu também.— Aquilo ali não tem cheiro de gato. — Disse Baltazar mentalmente.— Eu também senti. Esse ser não é u
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CAPÍTULO SETENTA: QUAL É O PROBLEMA DELE COM A MINHA GATA?
POV ALICE.Eu sabia que aceitar aquele acordo com Darius seria complicado, mas não imaginava o quanto. Ele era controlador, teimoso e cheio de mistérios que pareciam envolver tudo ao seu redor. Porém, a segurança da minha mãe e o bem-estar dela eram mais importantes do que minha irritação com ele.Quando mencionei buscar Lulu, não esperava que ele concordasse tão facilmente. Eu já estava preparada para uma discussão, mas, para minha surpresa, ele aceitou sem questionar. Claro, ele disfarçou bem, mas não parecia estar feliz com a ideia. O problema de Darius é que ele acha que pode controlar tudo, até mesmo os detalhes mais simples da minha vida.Chegar à casa de Abigail e ver Lulu novamente foi um alívio. Desde que mamãe a encontrou, faminta e assustada, ela se tornou uma companhia preciosa, era estranho como me sentia bem em sua presença.— Obrigada, Abi, por cuidar da Lulu. — Agradeci pegando Lulu.— Não foi nada, Lice. Lulu é uma lady, não deu nem trabalho. Se precisar, é só avisar
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