Depois de terminarem o café e se acomodarem na sala, Nat, que sempre tinha algo a dizer, cruzou as pernas no sofá e encarou Rosa como uma juíza pronta para o veredicto.— Ok, Rosa, agora que estamos a sós... — começou Nat, apontando uma colher para a amiga. — Vamos falar sério.— Sério sobre o quê? — Rosa tentou desconversar, mas seu tom nervoso entregava tudo.— Sobre o Ricardo Trajano! — Nat enfatizou, como se fosse óbvio. — Você precisa me contar tudo.— Já contei o suficiente. Não tem mais nada. — Rosa desviou o olhar, brincando com a borda da xícara.— Nada? Você acabou de me dizer que dormiu com ele duas vezes, Rosa! Isso não é "nada".Rosa suspirou, jogando-se contra o encosto do sofá. — Foi só… Sei lá, momento.Nat riu, claramente se divertindo. — Momento, é? Tipo, “Ah, Ricardo, você está aqui, preso na chuva, que tal um banho comigo?”.— Não foi assim! — Rosa se defendeu, mesmo que a descrição não fosse tão distante da verdade. — Ele entrou no banheiro porque estava molhado e
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