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73 chapters
Capítulo 68: Entre Ecos e Desejos
Callahan ajustou o chapéu de abas largas conforme deixava a tenda. Embora esboçando movimentos descontraídos, suas palavras carregavam uma gravidade que ecoava no ar.— Não gosto de me repetir, senhor Donaldo, mas tem algo nessa floresta — disse ele, parando na entrada e virando-se levemente. Seus olhos brilhavam sob a luz difusa do amanhecer. — Algo que não pode ser explicado apenas com truques.Donaldo, recostado em sua cadeira de madeira entalhada, ergueu uma sobrancelha. Sua expressão era de ameno desprezo, mas seus dedos tamborilavam contra o braço da cadeira.— Um conselho, então: não subestime o que não entende. — Com isso, Callahan se virou e saiu, seus passos firmes sendo engolidos pela terra macia.Donaldo permaneceu em silêncio, o eco das palavras do comerciante se infiltrando em sua mente como uma brisa gélida. Ele odiava admitir, mas havia algo naquela floresta que o fazia hesitar. Ele, o grande conquistador, sentia-se inquieto em um lugar que deveria ser apenas mais uma p
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Especial 04 — Memórias de um Explorador
O rio estendia-se como um espelho sombrio diante de Donaldo, refletindo fragmentos distorcidos de seu rosto. Ele estava só, sentado em uma rocha desgastada pelo tempo. A tenda, com suas sedas luxuosas e as mulheres que preenchiam suas noites, parecia pertencer a outro mundo, deixada para trás em um raro momento de introspecção. A garrafa de licor em sua mão tremia ligeiramente, como se sentisse o peso das memórias que atormentavam seu dono.A ironia o atingia como uma lâmina cega: um homem temido e respeitado por seu poder, acorrentado por algo tão imaterial quanto o passado.A traição. Uma cicatriz que nunca cicatrizara.Donaldo fechou os olhos, permitindo-se mergulhar nas lembranças. Anos atrás, ele era diferente. Jovem, impetuoso, os olhos reluzindo com uma ambição que parecia infinita. Ao seu lado estava Clara, sua esposa, uma mulher cuja inteligência rivalizava com sua beleza radiante. Clara era um sol em sua vida, iluminando caminhos que ele sequer sabia que existiam.Mas a fort
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Donaldo Kennett
Donaldo olhou para o rio diante de si, o reflexo distorcido de sua face na água imóvel. Ele estava só, sentado em uma rocha gasta pelo tempo. A tenda e suas concubinas ficaram para trás, deixadas em um momento de introspecção que ele raramente permitia a si mesmo. O licor em sua mão tremia levemente, como se até mesmo ele sentisse o peso das memórias que o assombravam.Era irônico, ele pensou, que um homem temido e respeitado por seu poder pudesse ser tão assombrado por algo tão banal quanto o passado.A traição era uma cicatriz que jamais se fechara.Anos atrás, Donaldo era diferente. Mais jovem, mais cheio de vida, com olhos que reluziam com uma ambição voraz. Ele tinha uma esposa, Clara, que parecia ser o complemento perfeito para sua energia inabalável. Clara era inteligente e encantadora, uma mulher cuja presença iluminava qualquer ambiente.Mas a vida de Donaldo não era simples. Ele dedicara anos à construção de sua fortuna, movendo-se de um negócio
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