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Capítulo 311
Às sete e meia da manhã, Júlia chegou ao laboratório.Ainda não havia ninguém, mas ouviu um barulho vindo da sala de descanso.De repente, passos se aproximaram e, para sua surpresa, José apareceu na porta.Seus olhares se cruzaram, e ambos congelaram por um instante.José parecia um pouco desconfortável, lembrando-se de como havia saído apressado no dia anterior.Por sua vez, Júlia se lembrou da situação constrangedora em que fingiu estar dormindo e da cena que viu sem querer… não era nada fácil manter a naturalidade.Ele disse primeiro:— Bom dia.Júlia fez um aceno leve com a cabeça:— Bom dia.Logo depois, escapou rapidamente para sua bancada e começou a trabalhar, a ponto de esquecer de colocar o almoço na geladeira.José percebeu e disse:— Estou indo para a copa. Coloco seu almoço na geladeira para você.Júlia hesitou, mas aceitou:— Obrigada, professor.Na hora do almoço, Júlia saiu do laboratório e, ao chegar do lado de fora do prédio, avistou Lucas parado a uma certa distânci
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Capítulo 312
Júlia e Lucas estavam sentados à mesa de pedra, conversando de maneira concentrada.Eles estavam tão próximos que parecia haver uma conexão especial ali.Júlia mantinha uma expressão séria, enquanto Lucas escutava atentamente.José percebeu o leve sorriso de Lucas, mesmo de longe, e sentiu claramente aquela vibração de ‘conquista’ no ar.Ele franziu a testa, sentiu-se um tanto incomodado e pegou imediatamente o telefone, ligando para Alan.— Alô, José? Alguma coisa?— Você quer tomar um café?Alan olhou para a tela do celular e confirmou que era uma ligação de José:— Café? Como assim? Você tá bem? Desde quando me liga para perguntar isso?— Quer ou não? Eu pago. Pode avisar o pessoal também.Alan então ergueu a voz:— O professor José está oferecendo café! Quem não quiser, levanta a mão! … perfeito, todo mundo quer.— Certo. Vou comprar.— Mas espera… Por que não pede pelo delivery? É mais fácil. Vai mesmo pegar pessoalmente?José respondeu:— Estou fora agora, já aproveito. E aí, qua
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Capítulo 313
Dizendo isso, ela passou o papel e a caneta:— Então, eu vou indo.Lucas apenas sorriu e respondeu:— Claro. Até mais.— Sim, vamos, professor. Tem uma cafeteria bem perto de onde estamos moramos, é só atravessar a rua.Da última vez que conversou com Lucas sobre o assunto, ela também foi lá.…— Chegou o café!Arthur, Alan e Andressa vieram correndo.Andressa agradeceu:— Obrigado, professor, e obrigado também, Júlia!Alan brincou:— Pedir para vocês dois, que são tão ocupados, fazerem isso é realmente um pecado, viu!E ele colocou o canudo e deu um gole forte:— Ah, que refrescante!Andressa riu:— É tão exagerado assim?Arthur pegou os cafés dele e de Amanda, agradeceu a José e Júlia e foi direto até Amanda, onde colocou o copo à frente dela:— Aqui está o seu, Amanda.— Sim.Ao saber que José e Júlia foram juntos buscar os cafés, Amanda sentiu um desconforto, perdendo o apetite.E Arthur insistia sem perceber:— Amanda, por que não toma? Daqui a pouco o creme derrete e perde o sabo
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Capítulo 314
Arthur chamou novamente:— Amanda?— O que foi?— Você estava falando com o corretor agora? Vai alugar um apartamento?Ela estava nervosa, com medo de que Arthur fizesse mais perguntas, e respondeu rispidamente:— Para que tanta pergunta?! O que você tem a ver com isso?!Arthur ficou um pouco chateado, mas não demonstrou:— Sou seu namorado, claro que me preocupo com você.— Procurei um namorado, não um pai.— Se você acha que eu falo demais… eu… posso falar menos?Ele falou com cuidado, tentando não a incomodar.Ao ver que ele não insistiu no assunto do aluguel, Amanda respirou aliviada e até suavizou o tom.Ela estendeu a mão:— Me dá logo aí…— O quê?— O café que você tá segurando, não trouxe para mim?Arthur sorriu:— Ah, sim! Quase esqueci…...Depois de uma semana no laboratório, Júlia finalmente saíram dois conjuntos de dados.Enfim, o progresso não estava mais tão apertado.No sábado, ela decidiu se dar um dia de folga.Patrícia chegou em um conversível, parando ao lado dela:
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Capítulo 315
Ao mencionar a última vez em que bebeu demais, Patrícia ficou um pouco sem jeito e coçou o nariz:— Culpa da minha mãe, insistiu para eu ir a um tal de encontro jovem, mas era uma festa de arranjo de casamento.Jovens como ela, literalmente ‘na vitrine’, esperando alguém escolher.Lívia era ótima em tudo, exceto que se preocupava demais com os mínimos detalhes.Dizia coisas como: “não tem como ser feliz se a situação financeira não combinar”, ou que “experiência de vida prova que o amor depende de estabilidade econômica…”.Patrícia estava exausta com isso.Depois da última vez que voltou para casa, ela fez um acordo com Lívia: ela aceitaria um parceiro de família bem situada como ela, desde que ela mesma pudesse escolher.Como troca, Lívia prometeu que não a colocaria mais em nenhum desses encontros arranjados, festas, ou encontros sociais obrigatórios.Júlia perguntou:— Escolher você mesma?— Sim! Se a família dele tiver uma boa situação financeira, minha mãe aceita. É só escolher al
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Capítulo 316
Os três saíram do restaurante.Patrícia brincou:— José, você é muito popular, né? Um monte de gente mais velha te cercou como se fossem fãs em cima de um ídolo.— Ídolo?— Ah, tipo uma pessoa famosa.José deu uma risadinha:— É só interesse mútuo, nada de ser um ídolo.Patrícia franziu o nariz:— Você bebeu? Está dirigindo?— Bebi um pouco, mas não estou dirigindo.— Bem, entra no carro. Vou te levar para casa com a Júlia.O carro de Patrícia parou na entrada da rua estreita, e ela não conseguiu entrar. José e Júlia desceram e caminharam lado a lado.A noite estava clara e uma brisa suave passava pela rua tranquila, onde se ouviam, uns miados de gato ao longe por vezes.José pisou em um saco de lixo e, ficou um pouco instável com a bebida na cabeça.Júlia perguntou com preocupada:— Tudo bem com você?— Desculpa, acabei bebendo um pouco mais hoje.Para evitar que o cheiro de álcool incomodasse Júlia, José até deu um passo para trás, aumentando a distância entre eles.A sinceridade des
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Capítulo 317
Pela primeira vez, Júlia sentiu uma espécie de admiração inesperada.Ela ainda não sabia, mas esse sentimento complexo era chamado de...Admiração por força.…Após deixar os dois em casa, Patrícia virou o carro e seguiu para o bar. O trajeto foi tranquilo, mas ao chegar à porta do bar, pronta para estacionar.Soou um estrondo.Um Maserati veio pelo lado e bateu direto na traseira do carro dela.Patrícia ficou furiosa.Ela fechou a porta com força, foi até o outro carro e gritou:— Você não sabe dirigir, não? Sabe soltar o acelerador, ou acha que é piloto de corrida? Tá correndo nessa rua estreita, não presta atenção na frente? Metade do meu carro nem estava no estacionamento ainda! Não está vendo ou o quê? Como consegue bater assim?A porta do motorista do Maserati se abriu, e o homem desceu rindo:— Poxa, achei que fosse outra pessoa, que bobagem, não precisa ficar brava.Bruno desceu do carro com um sorriso debochado e foi até ela.Ela disse, alongando cada palavra, deixando bem c
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