CAPÍTULO 90 Maria Eduarda Duarte Sentada ao lado da cama do Maicon, o tempo parecia se arrastar. A cada respiração dele, eu sentia o peso da incerteza sobre nós. Segurava sua mão, tentando transmitir alguma força, mas, no fundo, eu mesma estava quase sem forças. Decidi sair por um momento, precisava de um segundo para respirar, me recompor, já que dona Sarita também estava no quarto. Fui até o banheiro do corredor, tentando afastar os pensamentos ruins, vi que Ivete veio atrás de mim. No entanto, ao sair, um sussurro familiar chamou minha atenção. Francesco, o médico do Maicon, estava ali, falando ao telefone. Parei imediatamente, o coração acelerado. Ele não me viu, mas ouvi claramente: — Don, sim, existe um possível doador — senti minhas pernas fraquejarem, Ivete me segurou — A família foi específica, estão dispostos a doar apenas para o nosso consigliere. Mas os procedimentos são rigorosos, e estou preso há ética profissional. Se negarem, não poderei fazer
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