O que você tem?

CAPÍTULO 86

Maria Eduarda Duarte

Quando Maicon finalmente me encontrou naquele cativeiro, a mistura de alívio e desespero quase me sufocou. Cada segundo que passei lá dentro parecia durar uma eternidade. A dor de cabeça causada pelo pano que usaram para me desacordar ainda latejava, mas quando vi o rosto dele atravessando a porta, senti um alívio imediato, como se uma âncora tivesse sido jogada para me salvar de me afogar.

Ele me ajudou a sair sem dizer muitas palavras, mas eu sentia o desespero na firmeza com que ele segurava minha mão. Maicon sempre teve uma presença forte, uma segurança que me fazia sentir protegida, mas naquele momento, mesmo ao lado dele, eu ainda me sentia frágil.

O medo estava gravado na minha pele, e eu ainda estava tentando processar tudo o que tinha acontecido, embora também estivesse tão feliz, em saber que não tenho um marido tão frio, ele sente alguma coisa por mim, e isso me dá muita esperança.

Ele mal teve tempo para respira
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