Oie! Obrigada por me acompanharem. Quem estiver gostando e puder, deixe uma avaliação nas estrelinhas onde fica a capa do livro e a sinopse? Isso ajuda bastante o autor, obrigada.
CAPÍTULO 86 Maria Eduarda Duarte Quando Maicon finalmente me encontrou naquele cativeiro, a mistura de alívio e desespero quase me sufocou. Cada segundo que passei lá dentro parecia durar uma eternidade. A dor de cabeça causada pelo pano que usaram para me desacordar ainda latejava, mas quando vi o rosto dele atravessando a porta, senti um alívio imediato, como se uma âncora tivesse sido jogada para me salvar de me afogar. Ele me ajudou a sair sem dizer muitas palavras, mas eu sentia o desespero na firmeza com que ele segurava minha mão. Maicon sempre teve uma presença forte, uma segurança que me fazia sentir protegida, mas naquele momento, mesmo ao lado dele, eu ainda me sentia frágil. O medo estava gravado na minha pele, e eu ainda estava tentando processar tudo o que tinha acontecido, embora também estivesse tão feliz, em saber que não tenho um marido tão frio, ele sente alguma coisa por mim, e isso me dá muita esperança. Ele mal teve tempo para respira
CAPÍTULO 87 Maria Eduarda Duarte Aquilo parecia um pesadelo. Nunca imaginei passar por algo assim, mas me mantive forte... até dona Sarita não se conteve, mas meu sangue é de mafiosa, e assim como Ivete, aguentei firme. A ajuda parecia demorar uma eternidade, mas eu o apoiei em mim e lembrei das massagens que o aliviavam, mesmo chorando sobre ele, eu precisei me recompor, e hoje fui mais precisa, pois pelos sintomas, era algo no coração. — Você deveria ter me dito, Maicon... a gente não estaria passeando com você doente, talvez se não se esforçasse tanto, isso não teria acontecido — reclamei sobre ele, palavras num tom que só ele poderia ouvir, mas eu nem tinha certeza se conseguiria. — Senhora, a ambulância deve estar chegando! A senhora pode ir com o patrão, leve dona Sarita e a Ivete, que também se machucou. Eu ficarei para resolver a questão do homicídio. A polícia logo vai chegar, então precisarei sair antes disso — falou o soldado, olhei para a Ivete e a minha so
CAPÍTULO 88 Maria Eduarda Duarte Assim que entrei no CTI, o cheiro de antisséptico me atingiu com força, misturado ao som suave dos monitores cardíacos que preenchiam o ambiente. Meus olhos procuraram desesperadamente pela cama de Maicon, e o encontrei cercado por outros pacientes. Ao lado dele, o mesmo médico que falou comigo, se aproximou de mim. — Senhora Maria Eduarda — ele tinha uma voz que parecia escolher as palavras com cuidado — Incluímos o nome do seu marido em caráter de urgência no banco de órgãos. Já enviamos o material para análise de compatibilidade. Agora, temos que ter fé que um coração compatível apareça o mais rápido possível. Meu coração, que já estava pesado, afundou ainda mais, segurei a mão do Maicon, mas antes que eu pudesse processar completamente o que ele disse, Francesco, o cardiologista da máfia e velho amigo da família Strondda, entrou na sala. Seu olhar era intenso e, de certo modo, carregado de uma preocupação que ele raramente demons
CAPÍTULO 89 Narrativa da autora ( 1 hora antes) No CTI, Maria Eduarda estava ao lado da cama de Maicon, segurando sua mão inerte, tentando encontrar forças em meio ao caos que parecia envolvê-la. Ao lado, uma família estava reunida ao redor de outro paciente, um jovem homem de cerca de trinta anos, preso a aparelhos que sustentavam sua vida. A mãe do jovem, uma mulher de meia-idade com o rosto marcado pela angústia, segurava a mão do filho com desespero. Ao lado dela, uma senhora idosa, provavelmente a avó, chorava em silêncio, com os olhos fixos no neto, como se já tivesse aceitado o inevitável. Um médico se aproximou da família, com uma expressão séria, mas carregada de compaixão. Ele se abaixou para falar com a mãe, escolhendo as palavras com cuidado. — Senhora, os exames confirmaram que seu filho teve morte encefálica — começou ele, sua voz baixa, mas firme. — Infelizmente, isso significa que não há mais atividade cerebral, e ele não tem chanc
CAPÍTULO 90 Maria Eduarda Duarte Sentada ao lado da cama do Maicon, o tempo parecia se arrastar. A cada respiração dele, eu sentia o peso da incerteza sobre nós. Segurava sua mão, tentando transmitir alguma força, mas, no fundo, eu mesma estava quase sem forças. Decidi sair por um momento, precisava de um segundo para respirar, me recompor, já que dona Sarita também estava no quarto. Fui até o banheiro do corredor, tentando afastar os pensamentos ruins, vi que Ivete veio atrás de mim. No entanto, ao sair, um sussurro familiar chamou minha atenção. Francesco, o médico do Maicon, estava ali, falando ao telefone. Parei imediatamente, o coração acelerado. Ele não me viu, mas ouvi claramente: — Don, sim, existe um possível doador — senti minhas pernas fraquejarem, Ivete me segurou — A família foi específica, estão dispostos a doar apenas para o nosso consigliere. Mas os procedimentos são rigorosos, e estou preso há ética profissional. Se negarem, não poderei fazer
CAPÍTULO 91 Maria Eduarda Duarte Quando empurrei a porta do quarto, tudo pareceu desacelerar. O cardiologista estava lá, conversando com a minha sogra. Aproximando-me da cama, meu coração quase parou quando o médico virou-se para mim, mas seu sorriso discreto, me aliviou. — Maria Eduarda, conseguimos. — Aquelas palavras penetraram como uma onda de alívio, tão poderosa que senti meus joelhos ameaçarem ceder. — O Maicon será levado para a cirurgia agora. O outro paciente poderia demorar para chegar, e como o Maicon já está aqui... As lágrimas vieram antes que eu pudesse sequer processar totalmente o que ele disse. Era muita emoção. Eu me aproximei da cama e agarrei a mão de Maicon, sentindo a pele fria dele contra a minha, encostei no meu rosto. Ele estava prestes a passar por algo tão grande, tão decisivo, e tudo o que eu podia fazer era confiar. Eu queria falar, dizer alguma coisa, mas minha voz simplesmente não saía. Eu só conseguia olhar para ele, para o homem que era tu
CAPÍTULO 92 Maria Eduarda Duarte — Minha filha... meu Deus, o que aconteceu com você? — pensei que estivesse sonhando, quando ouvi a voz da minha mãe me chamar, e quase caí da cadeira. — Mãe? Como? — levantei meio sonolenta ainda confusa, vendo tantas pessoas conhecidas ali. Abracei minha mãe, enquanto ouvia várias perguntas ao mesmo tempo, da Rebeca e Enzo com as crianças do lado, Don Antony e até Fabiana com as crianças, Laura e Alex com a pequena. Atordoada comecei a contar tudo o que havia acontecido, detalhe por detalhe, e estranhei que todos só se preocuparam com o Maicon e comigo, não insistiram em detalhes do sequestro, até que Rebeca me tocou. — Cunhada, me escuta, está bem? Quero que volte para o hotel com a Larissa e faça check-out. Don Antony comprou um hotel, mandou fechar apenas para família por segurança... — Não Rebeca, eu não quero sair daqui... — tentei negar. — É, é vai acabar ficando mesmo, se não se cuidar. Só que daí numa cama!
CAPÍTULO 93 Maria Eduarda Duarte 10 dias depois Dez dias se passaram, momentos que pareciam uma eternidade. Todos os dias, eu vinha ao hospital, me vestia com aquelas roupas brancas que me faziam sentir como uma astronauta entrando em uma cápsula, mas nunca podia realmente tocá-lo, abraçá-lo, dizer que tudo ficaria bem com o meu próprio corpo, com a proximidade que eu tanto ansiava. Durante esse tempo, eu o observava em silêncio, prestando atenção em cada pequena mudança. Primeiro, os monitores mostravam que o novo coração estava funcionando. Depois, ele começou a respirar com menos auxílio das máquinas. E então, lentamente, o inchaço nos olhos e no rosto começou a diminuir. Cada avanço, por menor que fosse, enchia meu peito de esperança. Mas ele ainda dormia. Hoje, quando entrei no quarto, algo estava diferente. Eu sentia isso antes mesmo de vê-lo. O médico me olhou com um sorriso discreto, e foi ali que percebi. Ele estava acordado. "Maicon?" Minh