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51. SALVANDO O DUCK
Sem perder tempo, todos se dirigiram rapidamente para o carro. Theo cuidadosamente colocou Caleb no banco de trás, e Daphine entrou ao lado dele, enquanto Ethan assumia o volante. O carro arrancou, deixando a cena para trás.Enquanto Ethan dirigia pelas estradas escuras e sinuosas, Theo preparou uma seringa e aplicou o conteúdo no braço de Caleb. Olhou para Daphine com ternura e tentou tranquilizá-la.— Não se preocupe, — disse ele suavemente. — Ele vai ficar bem. Os homens têm facilidade de se transformar mais rápido que as mulheres. Logo o Caleb será como um de nós.Theo colocou a mão no ombro de Daphine, oferecendo um gesto de conforto e apoio.— O que você fez hoje, — continuou ele, — significou muito para nós. Mesmo tendo perdido Cleo e Enzo, eles morreram em combate. Duck está gravemente ferido e precisamos de você para curá-lo.Daphine sentiu o peso das palavras de Theo e percebeu a gravidade da situação. Seus olhos se encheram de lágrimas novamente, mas ela assentiu, determina
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52. EU SOU O SEU PAI
O supremo fez menção de sair, mas mudou de ideia e falou:— Antes de prosseguirmos, vamos ver como está o Caleb.Com carinho ele colocou o braço em volta do ombro de Daphine e continuou:— Me fale sobre ele.Enquanto Daphine e o supremo seguiam para a sala onde os demais estavam, Zumira ficou aos cuidados de Duck, que logo se levantou e foi ter com os outros.Daphine sentiu um misto de alívio e preocupação enquanto caminhava ao lado do supremo. Ela começou a falar sobre Caleb, escolhendo suas palavras com cuidado.— Caleb é... especial. — disse Daphine, tentando resumir o que sentia. — Ele é humano, mas sempre teve um coração corajoso. Mesmo sem saber sobre o nosso mundo, ele nunca hesitou em me apoiar. E agora, por minha causa, ele está envolvido em algo muito maior do que ele poderia imaginar.O supremo a ouviu atentamente, sua expressão grave, mas compreensiva.— A lealdade e a coragem são qualidades raras, — disse ele, pensativo. — Mas isso também o coloca em grande perigo, se ele
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53. OS DEGREDOS E A TRANSFORMAÇÃO DE CALEB
O silêncio na sala era palpável. Alexander e os outros alfas olharam para o supremo em confusão.— Espera, espera... — Alexander balbuciou, incapaz de processar a revelação. — Você e a Morgana...— Sim, isso mesmo — confirmou o supremo, sua voz carregada.— Mas é impossível... os lobos não procriam com bruxas... a magia... — Alexander estava incrédulo, assim como os demais, mas o supremo, olhando para seus rostos confusos, explicou:— Mas eu não tive culpa. Depois do pacto que fizemos com as bruxas, pretendíamos levar nossas vidas em paz. Mas a Morgana se aproximou de mim por diversas vezes e usava um encantamento poderoso. Eu passei a ter alucinações, às vezes acordava no meio da floresta e não conseguia lembrar de nada do que tinha feito na noite anterior. Até que, numa manhã, acordei em uma cabana, ao lado dela na cama. Estávamos nus e naquele instante eu percebi o que havia acontecido. Era como se a Morgana soubesse que a profecia aconteceria com ela.Daphine sentiu um turbilhão d
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54. REVELAÇÕES
O supremo voltou a olhá-la de forma paternal e, com orgulho, deu um leve sorriso.— Agradecemos por tudo o que fez — disse o supremo satisfeito. — Mas agora, há uma última coisa a fazer. Venham comigo.Eles caminharam pelo corredor e subiram uma escada até o andar superior, parando diante de uma porta escura. O supremo a abriu, revelando uma sala pouco iluminada onde, em uma cadeira aparentemente confortável, estava sentado um homem. Alexander foi o primeiro a pronunciar palavras em admiração:— Talla está vivo?Geremy logo se aproximou do homem e, antes mesmo de fazer uma pergunta, tocou em seu corpo, parecendo incrédulo.— Pensei que o Talla fosse um traidor.Aldrick, igualmente confuso, perguntou:— Ele está morto?Diante das especulações, o supremo caminhou devagar até o homem sentado na cadeira e parou em sua frente. O homem tinha uma aparência jovem e séria, seu olhar perdido e seu corpo paralisado, como se não estivesse realmente presente no ambiente.O supremo, de forma explic
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55. A REAÇÃO DE CALEB APÓS A TRANSFORMAÇÃO
Assim que o supremo disse aquelas palavras, ele se retirou da sala. Daphine, porém, segurou a mão de Caleb e sussurrou para ele:— Sei que está confuso, mas eu te ajudarei a entender tudo.Para sua surpresa, ele a olhou de forma séria e disse:— Não estou confuso, Daphine. Sei muito bem o que aconteceu comigo. Eu só não imaginei que você fosse como eles.Enquanto os demais saíam da sala para a primeira refeição do dia, Caleb parecia bem decepcionado. Ainda olhando para Daphine, ele perguntou:— Então essa é a sua família? Essa hierarquia existe mesmo entre vocês?— Sim, Caleb, — começou Daphine. — E ainda tem muita coisa sobre mim que você não sabe. Além de ser uma loba, eu sou uma bruxa com o poder da cura.Caleb franziu o cenho, tentando processar a nova informação.— Uma bruxa? Então você tem poderes além da transformação? — Ele parecia intrigado, mas também desconfiado.— Sim, — respondeu Daphine, tentando manter a calma. — Minha mãe era uma bruxa muito poderosa, e eu herdei algun
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56. A CERIMÔNIA FÚNEBRE
51. A CERIMÔNIA FÚNEBRE O momento de conexão entre eles foi interrompido pelo som de uma porta se abrindo atrás deles. O supremo apareceu, sua presença imponente lembrando-os das responsabilidades que tinham.— Daphine, Caleb — chamou ele. — Precisamos de vocês para os preparativos finais do ritual.Eles se entreolharam e, de mãos dadas, seguiram o supremo de volta ao castelo. Daphine jamais imaginou que sua vida tomaria aquele rumo. Ela sempre acreditou que sua vida ao lado de Caleb seria perfeita, uma vida comum e pacífica, como humanos normais. No entanto, tudo mudou de maneira dramática e abrupta. Agora, estava ali, diante de tantas descobertas e sentindo-se confusa com seus próprios sentimentos.Os olhares de Ethan sobre ela a deixavam desconcertada. Ela sabia perfeitamente que ainda o amava, mesmo que não quisesse admitir para si mesma. A complexidade da situação era esmagadora, pois estava noiva de Caleb e também o amava profundamente. Toda aquela confusão emocional a perturba
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57. A DECISÃO DE DAPHINE
Com um último olhar para o céu, Daphine e o supremo começaram a voltar para o castelo. Caminhavam lado a lado, mas cada passo do supremo, longo e seguro, parecia um desafio para ela acompanhar. Ele era uma presença imponente, um lobo de grande estatura com pelos negros e brilhantes que refletiam a luz da lua. Seu focinho alongado e a aura de autoridade que emanava tornavam-no uma figura ainda mais impressionante.O supremo mantinha uma postura firme e controlada, seus olhos constantemente varrendo o entorno, como se ele estivesse sempre alerta, sempre vigilante. Daphine sentia a responsabilidade e o peso da liderança ao seu lado. Ela sabia que, apesar de suas habilidades e poderes, ainda tinha muito a aprender sobre o que significava ser um líder e proteger a sua alcateia.Logo atrás deles, vinham os demais membros da alcateia. Cada alfa acompanhava seus lobos, garantindo que todos permanecessem unidos e seguros. Alexia, sentindo uma mistura de urgência e ansiedade, aumentou os passos
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58. O SEGREDO DE CALEB
Enquanto seguiam pela estrada de Snowdonia, a paisagem montanhosa e os bosques densos passavam em um borrão verde. O ar dentro do carro estava pesado de tensão não dita. Caleb olhou para Daphine, o rosto dele refletido de forma vaga no vidro da janela. Ele suspirou profundamente, tentando encontrar as palavras certas.— Daphine, eu não te contei tudo — disse ele finalmente, a voz carregada de uma tensão palpável.Daphine, que segurava o volante com firmeza enquanto mantinha a atenção na estrada sinuosa, ergueu uma sobrancelha em curiosidade. Seu coração acelerou um pouco, imaginando o que Caleb tinha para revelar.— O que você não me contou? — perguntou, mantendo os olhos na estrada, mas claramente interessada no que Caleb tinha a dizer. Havia uma mistura de preocupação e antecipação em seu tom.Caleb olhou para frente, perdido em pensamentos por um momento antes de falar novamente. Ele hesitou, tentando organizar os sentimentos e memórias dolorosas que estava prestes a compartilhar.—
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59. A CONFISSÃO DE CHARLOTE
Assim que o carro parou diante do imponente casarão, Charlote veio correndo ao encontro deles, um sorriso radiante iluminando seu rosto. Ela envolveu Caleb em um abraço carinhoso, sua preocupação evidente em suas palavras.— Eu fiquei muito preocupada com você — disse ela, sua voz tremendo um pouco. — A vizinha da frente disse que viu dois homens lhe colocando dentro do carro à força. Mas me tranquilizei quando falei com Daphine e ela disse que vocês estavam bem. Nunca mais saia sem avisar.Caleb sorriu, acariciando o cabelo da irmã e beijando-lhe a testa.— Foi brincadeira de alguns amigos que encontrei. Mas te prometo que não sairei sem avisar, maninha. Enquanto estiver aqui.Ele se retirou rapidamente, entrando na casa para se recompor. Enquanto isso, Charlote se virou para Daphine, cumprimentando-a com beijinhos nas bochechas. Charlote era sempre sorridente e animada, e agora não era diferente. Ela segurou a mão de Daphine com alegria e perguntou:— Como foi com seus pais? E seus
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60.O ENCONTRO DE CALEB COM O SEU PAI
Charlote sorriu, sentindo-se reconfortada pelas palavras de Daphine, quando sua mãe entrou na sala. Isadora, uma mulher elegante com uma presença imponente, saudou Daphine com um caloroso "Olá!"Rapidamente, Daphine se levantou e foi ao encontro de Isadora, cumprimentando-a com alegria.— Olá, senhora Isadora! Desculpe por não ir falar com a senhora antes. Eu estava tão entretida com a conversa da Charlote. Cadê a Clara?Dessa vez, foi Charlote quem respondeu, revirando os olhos de maneira leve.— A Clara foi embora. Ela tinha combinado de ficar aqui até sexta-feira, mas você sabe como ela é.Isadora deu um leve sorriso, percebendo a implicância carinhosa de Charlote.— Pare de implicar com sua irmã, Charlote.Isadora então se aproximou de Daphine, segurando sua mão de forma elegante e perguntando com sutileza.— Daphine, você sabe me dizer o que aconteceu com o meu Caleb? Ele não parece a mesma pessoa.Daphine olhou para Isadora com um leve sorriso estampado no rosto e tentou tranqui
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