Todos os capítulos do Grávida por acidente-Um chefe tirano: Capítulo 61 - Capítulo 70
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Vai nascer!
Eu entrei em desespero, tentando entender por que ela estava gritando tão alto. O que estava acontecendo? E por que ela estava tão molhada... Dei dois passos para trás, enquanto segurava nos braços da Livy Clarke. O meu corpo se inclinou para baixo, para ver o que acontecia, e ela também... Mas quando ela o fez, parecia sentir tanta dor... – Meu deus... Eu tenho... Eu tenho que ir... – Os olhos dela estavam desesperados. – Para onde? Por que? O que... – Eu nem mesmo sabia o que dizer a ela. Agia como um verdadeiro pateta. – Eu tenho que ir ao hospital. – Ela avisou, e então, um grito leve ecoou de sua garganta. – Por que? Você está com dor? Ela respirava fundo. “um, dois, três...”, o juan contava, olhando para o relógio preso na parede. – Por favor, pegue a minha bolsa, Jhon... – Ela nem mesmo parecia me enxergar ali. Mas eu, ah, eu só tinha olhos para ela.– Alguém pode me dizer o que está acontecendo? – esbravejei. Mas aquele um, dois, um, dois, continuava a me irritar. Eu dev
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Houve um problema
– Tem algo de errado. Tem algo errado com o bebê. – a minha voz repetia o tempo inteiro, enquanto os meus olhos se fechavam. Minha cabeça tombou para o lado, e eu podia ver a aflição do senhor Hardin. Ele se sente culpado. Culpa... E não quer perder a funcionária de ouro. Ele é um monstro, e eu odeio... Se eu perder o meu bebê por tudo que ele fez... O carro se movimentava em alta velocidade, e eu mal conseguia enxergar a paisagem do lado de fora. Quando ele finalmente parou em frente ao hospital, abriu a porta e correu na minha direção, mas eu já havia levantado. Estava com o corpo curvado, incapaz de andar reta novamente. Essa dor na coluna havia se estendido para todo o resto, e eu dava tantos tapas nas costas, tentando aliviar tudo aquilo. Mas a barriga também estava doendo, e nela eu não poderia bater. Os meus olhos estavam cheios de lágrimas e de desespero quando ele tentou pegar na minha mão. – Não! – Eu o encarei. – Não toque em mim. – Livy... Eu só quero te ajudar. Deixa,
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Eu não posso entrar!
Eu sentia cada pedaço do meu peito se rasgando. Eu estava ali, do lado de fora daquele hospital. Eu sou um covarde, eu sou incapaz de entrar. Que droga! O que eu estava fazendo? O que eu fiz a ela? Como eu consegui machuca-la tanto a esse ponto? Coloquei as minhas mãos na cabeça e esfreguei. O meu rosto estava pálido, e dolorido ao mesmo tempo. Enquanto isso, os meus olhos se arregalaram para impedir as lágrimas de descer. A minha memoria só voltava para aquela mesma cena. Eu só conseguia pensar em como já estive naquele hospital antes. Foram tantas... Tantas perdas. Três bebês. Três abortos espontâneos antes de que a gravidez chegasse ao final. Mas aquilo não parecia tão terrível quando o pior aconteceu depois. Que ela não conseguia chegar até o final de uma gestação não havia sido surpresa. A Maila nunca foi uma mulher zelosa ou cuidadosa com os seres dentro da barriga. Mas o último... Ah, aquele último bebê me fez casar com ela. Ela parecia diferente, embora ainda bebesse vinho d
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Esta tudo bem?
Quase quatro horas depois, e eu estava deitada em uma cama, sentindo tanta alegria que mal podia me controlar. Olhei para a poltrona ao lado, e Juan dormia, bem ali, segurando sua revista de cabeça para baixo. Era evidente que ele estava cansado, e agora, provavelmente sem emprego. – Juan? – Perguntei. – Juan, por favor... – A minha voz estava fraca, e a minha garganta ardia como chamas. Olhei ao redor, até que ele finalmente acordou. Ao se espreguiçar, as pernas dele se esticaram, assim como a camisa, e lá estava, aquele abdômen nenhum pouco reto, e que me confortou tantas vezes. – Acho que vou buscar um café. – Melhor ir para casa. – E você? Não posso te deixar sozinha. – Eu não estou mais sozinha. Nunca mais vou estar! – Olhei para baixo. Os meus braços estavam agarrados a figura minúscula. – Isso é verdade! – Juan disse, se aproximando de mim. As mãos dele foram direto para a pequena cabeça do bebê. – Ela é tão linda... Nós já temos um nome? – Ela é muito perfeita, não é? N
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Reconciliação
Eu quase podia escutar cada batimento acelerado no meu peito. – O que disse? – Eu fiz tudo aquilo por ciúmes. Eu quase enlouqueci tentando me convencer de que não gostava de você como mulher, e que éramos apenas amigos, mas eu cansei. Eu te amo, e eu te quero agora. Eu quero levar você para casa assim que sair daqui, e eu quero nunca mais errar ficando do lado de fora quando tivermos outro bebê. Os meus olhos brilhavam, mas eu estava confusa... àquilo era algo que eu havia sonhado por muito tempo. Mas assim? – Você sabe que não será assim. Você mal conseguia olhar para a minha barriga. Então, como posso saber que não vai rejeita-la? Hardin se ajoelhou e ainda assim, continuava alto. Ele parou com seus olhos tão perto dela, e a beijou no topo da cabeça molinha e com nada mais que cinco fiapos de cabelo muito fino e escuro.– Eu não sei se alguém nesse mundo conseguiria rejeitar algo assim... – Os olhos dele pareciam tão vidrados. Era como a primeira vez em que alguém via o mar bril
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Que história é essa?
Eu estava tão confusa que quase podia rir de toda aquela situação. Eliot não tinha que se apresentar para mim, era claro o quanto eu o conhecia. Melhor amigo do Hardin, e também, o vice presidente da RageTech. Talvez ele me achasse uma idiota por acreditar que eu não saberia quem ele era. – O Hardin acabou de sair daqui. Ele estava tão sério. Seu rosto formava uma sombra escura e perturbada no canto da parede, e subitamente, senti o desejo de agarrar a minha nos meus braços. Eu tinha que protege-la do mundo. – Eu sei. Eu o vi sair. Na verdade. – Ele sorriu, mas havia algo de estranho nos dentes dele. A forma como os lábios se contorciam, ah, eu odiava aquilo. Ele nunca me inspirou confiança, embora tenha sido sempre gentil comigo. – Na realidade, eu só estava esperando que ele a deixasse em paz por um momento. – Então por que... – Eu estava tão confusa. Tentei me posicionar melhor naquela cama, mas eu ainda sentia tanta dor... – Por que veio aqui? Não deveria estar no acidente das
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Não, você não me conhece!
O meu sorriso ainda estava estampado no rosto. Que maldita piada de mal gosto. Como ele conseguia fazer isso com uma mulher que quase morreu a tão pouco tempo. Meu sorriso estava se desfazendo lentamente, mas o rosto dele continuava impassível. – Como descobriu? Como você soube? – Sobre o que? O seu marido Daren? – Sim! Desde quando sabe disso? – Desde que pisou na empresa. Senhorita Clarke, eu estava naquele anúncio que o seu ex marido fez. E se me permite dizer, nunca tinha visto tamanha covardia. Abaixei a minha cabeça. Eu estava envergonhada demais, apenas por me lembrar. Coloquei a mão no topo da cabeça, mas eu preferia estar escondendo o meu rosto em um buraco bem fundo. – Obrigada . – Por? – Por não ter contado ao Hardin. Eu sei que ele faz uma péssima opinião sobre mim. Ao menos fazia, não é? Eu preciso de tempo para contar a verdade. Talvez ele conheça o Daren... – Senhorita Clarke, acho que não me ouviu. Ou talvez eu simplesmente não tenha me expressado direito. É ób
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Você pode ser muito rica!
– O que você sabe? O que mais você sabe! – Gritei. – Diga! – Então olhei para a minha filha, e ela ainda estava dormindo ao lado. – O senhor Holloway era um homem muito difícil. – Eu sei. E o que tem a ver? – Sua mãe foi um caso dele. Sabe que ele nunca, realmente respeitou a esposa, enquanto ela estava viva. Ele teve muitas mulheres, como eu sempre imaginei. – Você fala, fala, mas nunca chega a lugar algum. Eu não consigo entender o que diz. Eu... Por que você não pode simplesmente falar? – Senhorita Clarke, eu sei que é difícil, mas precisa saber que Hardin deveria ter se casado com você desde o princípio. O seu pai o afastou da casa por que vocês deveriam se casar. Ele nunca quis que se vissem como irmãos. Ele sempre soube que o Hardin era galanteador, e educado. Não como o idiota do Daren... – Hardin era... Como? Eu não consigo entender. O que aconteceu? Por que ele não se casou? Eliot estava tão sério, e me olhou como se perdesse a coragem de contar. – Ele amava outra mulh
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Teia de mentiras?
– Herdeira? – Eu ri novamente, mas as mãos do Eliot apertavam as minhas bochechas. Ele não parava de olhar para os meus lábios, e eu estava começando a ficar com raiva por isso. – O senhor Holloway deixou tudo que tinha para você. Quem se casasse, deveria cuidar de tudo para você. Ser o novo presidente... Você seria uma lady perfeita, e tudo estaria bem. – Ficou maluco? Por que acha que o senhor Holloway deixaria tudo para mim? Ele dormiu com a minha mãe. Ok, eu já desconfiava. Na verdade, acho que sempre soube, mas não queria admitir que a minha mãe fosse capaz. Por tantos anos, cuidando da esposa do senhor Holloway, e depois dormir com ele a noite... Mas ele não era um velho tolo. Ele jamais deixaria sua riqueza para uma garota qualquer. – Você nunca foi uma qualquer. Você era... – A favorita. Eu sei! Eu sei que fui criada como uma pessoa da família, mas é o que sempre dizem as suas caridades, não é? Ah sempre a mesma história da garota que foi criada como filha, como uma igual,
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Estou errado?
Desci do carro usando o habitual óculos escuros da tragédia. Eu odiava ter que pensar que lidaria com fotógrafos, ou jornalistas. Eu estava preocupado demais para pensar em qualquer coisa. O meu coração estava dividido. Esse não era o lugar onde eu deveria estar, não eram essas pessoas que eu queria ver. Eu só desejava estar assinando aqueles papéis agora. Eu desejava escrever o meu nome em uma certidão de nascimento, e se ela me aceitasse, de casamento. Precisava me lembrar de comprar um anel antes de voltar a ver a minha Livy Clarke. Caminhei pelo curto espaço entre o carro, até o portão da fabrica. Um segurança abriu a porta, e eu estava sempre muito formal. Olhava ao redor, embora não movesse um único centímetro da cabeça. Tudo parecia vazio demais. Aonde estavam os jornalistas, os fotógrafos? Aonde estavam todos? Eu esperava encontrar uma grande tragédia, mas não havia nada naquele lugar, além de um carro de bombeiros e um supervisor angustiado. – O que aconteceu? – Questionei.
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