Todos os capítulos do Grávida por acidente-Um chefe tirano: Capítulo 71 - Capítulo 80
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Era tudo mentira?
– Suas? – Andei até o Eliot. Estava os tão próximos, que eu podia sentir o cheiro da Livy Clarke nele. Aquilo queimou o meu peito como fogo. Eu estava ainda mais irritado. O meu punho fechado tentava controlar-se em um tremor, apenas para não quebrar aquele maldito nariz grande. – Com que direito dá ordens aos meus funcionários? Como ousou me tirar do hospital, quando eu estava fazendo a única coisa importante da minha vida! Eliot ergueu o queixo. Os olhos dele estavam cheios de lágrimas. Por que ele queria chorar? Que imbecilidade... – Eu tinha que evitar que você fizesse uma loucura. Como você pôde acreditar naquela mulher ridícula? Como você conseguiu se declarar para ela? – Como sabe disso? Você falou mesmo com ela, não foi? Você não tinha esse direito. – Apontei o dedo para ele. Estava olhando as minhas mãos cheias de anéis, e pensando nas marcas que eu deixaria, se ao menos o socasse uma vez. – Eu tinha. Eu era o seu melhor amigo. Eu precisava evitar que você cometesse a pior
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Cade ela?
Entrei na sala do Eliot, no dia seguinte. A minha cabeça ainda estava doendo depois de tudo. Passar a noite me afogando em um bar não parecia mais uma ideia tão boa agora. Os meus olhos vasculharam a sala, e sua decoração prestes a mudar. Eliot se levantou, segurando uma pilha de papeis e as enfiando em duas grandes caixas. Um porta retratos, uma pasta, e algumas revistas indiscretas, e era tudo que ele tinha ali dentro. – Aonde ela está? Ele ainda continuava a guardar suas coisas dentro de caixas de papelão. – Ela quem? – A Livy. Eu quero saber para onde ela foi. Eu preciso saber aonde ela levou a minha filha! – Sua filha? – Eliot riu, balançou a cabeça, e voltou a sua atenção aos papéis. – Eu não tenho que te explicar nada. – eu sentia o meu peito ardendo cada vez mais. Eu estava sentindo falta de ar, como se ela fosse a minha respiração, e agora tudo se foi. – Eu e Livy Clarke temos que conversar. Ele ergueu o corpo. Os olhos do Eliot me encararam, e eu sabia que ele tinha c
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Ela quer tudo de volta!
Daren Holloway Eu derrubei uma pilha de papéis inúteis quando coloquei a bunda deliciosa de uma secretária em cima da mesa. Levantei o vestido dela, e dei um tapa. Estávamos nos beijando, tão frenéticos. Aquilo não era nada demais, eu ainda amava a Maila. Homens são assim, e não podemos misturar as coisas. O telefone não parava de tocar, e aquilo estava começando a me deixar irritado. Por que tirar a concentração de um homem como eu? Daren é o mais perfeito na cama. Daren não pode falhar. Tirei a camisa e continuei as minhas sessões de beijos. Eu não tinha certeza se havia feito tudo certo, e menos ainda, se havia trancado a porta do escritório. Não que isso importasse de algo. Todos sabiam sobre os meus casos na empresa, e não era nada demais. Mas eu soube instantaneamente que havia cometido um erro quando a porta se abriu. Eu sentia a brisa gelada batendo na minha bunda nua. A secretária no meio das minhas pernas, com seu batom borrado. Então ela largou o que estava fazendo, olho
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O que você quer me ligando?
Meu telefone não parava de tocar desde o dia anterior, mas não havia nada que eu quisesse fazer. Abri a porta da mansão, e tudo parecia estranho. Desde que Livy Clarke se foi, a minha cobertura no hotel se tornou um pesadelo. Era como estar entrando num vazio. Sentei no sofá e olhei o lustre pendurado no teto. A foto da barriga na parede era irritante, e só me lembrava de tudo que eu perdi, outra vez. Me levantei rápido, subi em um móvel qualquer, e então o arremessei no chão. Lá se foi, aquela maldita foto. Droga... Eu estava cansado de tudo. Peguei o meu telefone – Daren Holloway chamando... – Deslizei o dedo para o lado. Eu não tinha que lidar com ele agora. Entrei na agenda e liguei para Livy Clarke mais uma vez. Ela devia estar em algum lugar, mas seu número sequer voltava a chamar. A caixa de mensagens estava preenchida com todos os meus áudios para ela. Por que? Por que Livy me desejava esse inferno tão grande? Entrei na galeria e abri a foto que tirei escondido, enquanto e
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Que tal ser bela?
Olhava pela janela, segurando a pequena bebê nos meus braços. Meus olhos ainda insistiam em derramar-se em lágrimas. Eles ardiam tanto que pareciam estar prontos para se derreter. Olhei atrás de mim, e a porta se abriu. Juan sorriu, mas eu sabia que ele estava se esforçando muito para manter algum grau de sanidade em mim. – O que aconteceu? Ele retirou o casaco. Estava completamente molhado, e sua roupa pingava no carpete do hotel. – Nada! Eu estou ótimo. E como você está? – Juan, eu te conheço. Você não está bem. – Ah, querida. Você já tem problemas demais. – Juan passou as mãos pelo cabelo, e eles estavam perfeitamente alinhados e molhados, grudados em sua cabeça. – Eu não quero te preocupar ainda mais. Não quero que se sinta sobrecarregada. Nesse momento, só você importa! – O que aconteceu? – Nada! Nada demais... – Juan exibiu o semblante de quem pretendia chorar, mas estava se segurando ferozmente para impedir suas lágrimas. – Segura a Maive. – Ordenei. Juan a segurou, e e
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Dia D
– Isso é ridículo. Eu não vou comer isso, Juan! – Ah, você vai! Eu quero que você esteja perfeita quando tiver que encontrar aqueles... Miseráveis... – Juan praguejou. – É só um pouco de barriga. Não vai fazer diferença. Ninguém se importa! – Se importam sim! Já faz um mês que teve a Maive. Agora, você me prometeu que vai ser uma nova mulher. Anda! – Juan... – Fiz uma careta, mas nada adiantava. Ele continuava a bater aqueles sapatos irritantes contra o chão. – Ótimo, eu me rendo.– Acho bom! – Ele se virou, e balançou a cabeça quando saiu da cozinha. Eu sabia que ele ainda estava triste pelo John, mas tudo isso mudaria em poucas horas. Eu comi, tomei banho e me arrumei. Parei na frente do espelho, e eu estava exatamente igual ao que sempre fui. Talvez, o meu cabelo estivesse maior agora, mas era tudo que havia mudado em mim. Calcei os sapatos e abaixei o meu olhar. Eu nunca teria concerto. Eu sempre fui exatamente desse jeito, e talvez por isso, o senhor Holloway preferiu me ver
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A decisão do juiz!
Os meus olhos percorriam por todos os caminhos que eu podia, apenas para evitar olhar o Daren Holloway. O juiz nos escutou por apenas trinta minutos, antes de se recolher para algum lugar. Eu estava apavorada, e tinha medo do que ele iria dizer. O meu advogado se inclinou, direcionando o rosto na minha direção, então eu fiz o mesmo. – O que esta acontecendo? – Perguntei. Ele rapidamente olhou para a frente. O advogado do Daren havia acabado de entrar no gabinete do juiz. Eu juro, o meu coração congelou no momento que o vi ser tão receptivo. – Ele foi cumprimentar o juiz. Nada demais! – Por que não foi também? – Não se preocupe. Não é nada demais. Esse juiz é um homem bastante sério. Ele apenas pediu uma audiência sozinho. – Audiência sozinho? Por que? – O meu rosto estava cheio de medo. – Ele quer contestar as provas. – Que provas? – O testamento do seu pai. Eu me sentei reta novamente, tentei não raspar uma unha na outra. Não queria que ele soubesse o quanto de medo eu esta
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Você não ganhou!
– Acontece que o senhor Holloway deixou uma cláusula, onde dizia que a única e legitima herdeira seria a senhorita Livy Clarke, sempre, de forma intransferível. Ficando a cargo do seu esposo, comandar a indústria e a fortuna da família. Entretanto... – Entretanto o que? Eu sou o filho dele! Ela não é filha do meu pai. Ele nunca a reconheceu como filha. Ela era uma agregada da família. – Ele bateu o punho contra a mesa. – Uma empregada! O juiz largou o papel em cima da mesa, uniu as mãos, e olhou fixamente para o Daren Holloway. – Até onde me foi informado, o senhor sempre foi um mulherengo, que cresceu de internatos em internatos, não conviveu com o senhor Holloway, ao contrario da senhorita Clarke. Então, ao meu ver... – O senhor não tem que ver nada! Tem que me dar o que é meu por direito. Ela não é filha do meu pai. Eu sou! Ele me escolheu entre milhares. Eu mereço, não ela! – Daren gritou. – Sente-se, ou eu mandarei prende-lo agora mesmo! – O juiz disse. Estava tão calmo que
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Eu não queria te ver agora
Agarrei a minha filha nos braços, enquanto observava Daren ser retirado algemado. Eu nunca pensei que veria algo assim na vida. Ele havia tocado nos meus tornozelos enquanto foi puxado, e a sensação ruim daquelas mãos ainda não haviam passado. Maila me encarou com crueldade e frieza. Eu sabia que aquilo era uma forma de me ameaçar. Mesmo sem me tocar, aquilo me afetou. Eu ainda podia me lembrar de como todas haviam rido de mim pelas costas, e como havia sido doloroso descobrir que sempre fui motivo para piadas. – Vamos... – Juan sequer parecia estar vendo toda aquela cena caótica. Ele apenas agarrou a minha mão e me levou para fora do predio enorme. – Nós temos que comemorar. Você agora é herdeira. – Juan... Eu não tenho animo. Ele se virou para mim. Seu semblante estava serio e desafiador. Eu podia jurar que ele queria me seduzir, pela maneira sorrateira como andou na minha direção, erguendo lentamente seu dedo indicador. – Olha aqui, eu sei que está sendo bem difícil. Mas você a
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Hardin, eu te amo!
Hardin Holloway...Eu sentia um vazio imenso me preenchendo. Por dois segundos, era como se eu estivesse ali, com a Livy Clarke. Eu simplesmente me distrai, em meio aos beijos frios, que nada me diziam. Não significou nada. Eu agarrei os braços daquela mulher e a afastei de mim. Ela ainda estava com os olhos fechados quando eu a tirei de mim. Foi quando finalmente podia ver claramente. Obvio que eu sabia que ela era Maila, mas estar embriagado não ajudava com a minha sanidade. – O que você pensa que está fazendo? – Por favor... Hardin, vamos esquecer tudo que aconteceu... Eu ainda te amo. Eu ri, baixinho, inaudível. Mordi a parte inferior da minha boca com força, e eu quase podia sentir alguma dor. Então eu sorri e me virei. Estava prestes a ir embora, quando senti as mãos dela segurarem meu antebraço. – Já chega! Eu não vou ficar aqui escutando isso! – Não! Por favor, fique! Eu não sei o que aconteceu comigo. Prometo que não farei mais... Eu olhei para ela, entre os meus ombros.
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