William Rodrigues Não sei se foi reflexo ou sorte, mas ainda bem que consegui chegar até ela a tempo de segurá-la, caso contrário, a bebê teria se machucado. O que mais me chamou a atenção foi o olhar dela, além dos seus olhos azulados, havia algo indefinível neles. Ajudei-a a sentar no sofá e saí para tomar outro banho. Josefa me deu uma roupa de motorista para vestir, mas ficou muito grande e folgada. Fui para a sala com os cabelos ainda molhados, pensando que se não precisasse desse emprego, já teria ido embora. Ao chegar na sala, vi os três ajoelhados esfregando o chão com escovas, e a senhora Priscila não estava mais lá. Ajoelhei ao lado de Belinha, peguei a escovinha de sua mão e ela parecia prestes a chorar. Quando a ajudei a levantar, vi suas mãos e joelhos vermelhos. — Deixa eu te ajudar — falei, esfregando a mancha no tapete e estava muito difícil de sair. — Babá, por que você está me ajudando? Nós que fizemos isso e te machucamos — ela disse, com uma expressão triste,
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