Todos os capítulos do A paixão do traficante 2 - O lado obscuro: Capítulo 111 - Capítulo 120
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CAPÍTULO 111
Antonela Depois do baile na Pedreira, a amizade com a Rafa só se fortaleceu. Milena, ela e eu nos falamos diariamente, inclusive por chamadas de vídeo. Três garotas de três comunidades diferentes, mas com uma vida tão parecida. O destino tem dessas coisas. A Rafaela é uma pessoa incrível: muito simples, humilde, extrovertida e sem papas na língua. E o primo dela? Ele é uma tentação. Eu quase me perdi nos braços dele. Foram os amassos mais quentes que já vivi. O Cold sabe o que dizer, o que e como fazer. Ele é o perigo em forma de homem, e eu quase perdi minha virgindade durante um baile funk, com um cara que eu nunca tinha visto, atrás de um camarote de uma comunidade desconhecida. Onde eu estava com a minha cabeça? Na noite do baile, quando retornamos ao camarote, estava estampado, pelo menos na minha cara, que eu estava com ele. Era nítido que havia rolado algo entre nós. Só depois as meninas me contaram que, quando retornaram da pista me procurando, nos viram aos beijos, prova
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CAPÍTULO 112
ThierryMorando num quarto minúsculo de uma pensão barata, em um bairro nada nobre, vou levando minha vida do jeito que dá.Uma cama de casal com colchão ruim, um frigobar velho e uma televisão onde, tantas vezes, assisti reportagens sobre o Complexo da Penha, o temido traficante Carioca e seu famoso herdeiro, o tal G4, meus supostos pai e irmão.Penso que, se realmente eu fosse filho dele, minha vida poderia ter sido melhor. Da minha avó e da minha irmã também. Mas ele não me quis, e eu vivi uma vida de dúvidas e frustrações.Tantas vezes quis estar diante dele, olhar nos olhos e perguntar apenas: POR QUÊ?Por que ele nunca quis saber de mim?Mesmo sem ter a chance de perguntar, a resposta era clara: para ele, eu era um nada, e a possibilidade de ele ter matado minha mãe era grande. Minha avó desconfiava disso também. Para ela, havia duas possibilidades: minha mãe e o marido dela tinham sido mortos pela polícia ou pelo próprio Carioca, e, com medo, ela nos levou embora. Ela morria d
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CAPÍTULO 113
SÁBADO, DIA DE EVENTO NA ASSOCIAÇÃO:ThaylaA faculdade está tomando bastante parte do meu tempo, e não estou conseguindo ajudar tia Célia tanto quanto eu gostaria.Durante os intervalos das aulas, e às vezes na saída, Antonela e Milena conversam comigo, e confesso que está se formando uma amizade entre nós.Gostei delas. Elas parecem Patricinhas, mas só parecem mesmo, são extremamente simples.Antonela é totalmente diferente do irmão. Ela é simpática, humilde e meiga. Já ele, é arrogante, agressivo e se acha demais.Thierry parece que finalmente está tomando jeito na vida. Ele está trabalhando, e nós estamos nos falando diariamente.Eu o convidei para vir à nossa casa, e até que enfim ele aceitou. Agora só falta a tia Célia falar com o dono do morro, para ver se ele permite.Antonela me convidou para irmos a uma comemoração que terá hoje na associação. Lá tem projetos muito legais para as crianças da comunidade. Parece que foi a mãe dela quem ajudou a fundar. Mas já avisei que minha
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CAPÍTULO 114
ThaylaMilena chegou animada bem no momento em que o grupo de pagode começou a tocar.Ela beija minha bochecha e a da Antonela também.— Sua doida, você disse que não vinha!— Ai, Nélis, minha mãe acha que eu não paro mais em casa, mas consegui dobrar a dona Rebeca. Só que ela me fez prometer que, no próximo final de semana, vou ficar em casa. — Milena responde, revirando os olhos.Rimos.— Onde tem um desses pra mim? — Milena pergunta logo após tomar um gole da bebida de Antonela.— Vamos lá buscar, vem! — Antonela fala.Um tempo depois, o pagode está rolando solto, o grupo é bom e a música é muito animada. Já tomei alguns copos de drink, que, na verdade, não sei quantos foram, e de tempo em tempo olho para onde o G4 está. Ele e a loira pareciam ter muita intimidade.Eu não queria olhar, mas era mais forte que eu, e várias vezes nas quais olhei, ele também me olhava.— Ele não para de te olhar!Me assustei ao ouvir isso e olhei para as meninas.— Ai, para, Antonela. Não posso cair de
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CAPÍTULO 115
G4A mão da Thayla tá fria, ela realmente deve ter bebido mais do que tá acostumada, se é que já bebeu antes.Entramos no carro, dou partida.— Você vai me levar pra onde? — ela pergunta assustada.— Só vamos sair daqui, ou você quer que sua tia saiba que você tá bêbada dentro do carro comigo?— Não estou bêbada!Dou risada.— Tá bom! Não tá bêbada, mas bebeu um pouco além da conta, aliás, vocês três, né?Ela não responde nada.Acelero o carro e paro em frente à minha casa. Não à casa dos meus pais, mas em uma das casas que são minhas.— Por que você parou aqui?— Sei lá, aqui você pode descer, tomar um café, uma água, e esperar melhorar um pouco.Ela me olha em dúvida.Destravo o alarme do portão e entro com o carro.Estaciono e desço. Ela também.— Você mora aqui?— Só durmo às vezes. Vem, vamos entrar! — Puxo a mão dela.— Eu já estou melhor, quero ir pra casa! — ela fala sem se mover do lugar.— Não vai! — falo. — Tá longe da sua casa! — Nós nos olhamos fixamente — E eu não quero
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CAPÍTULO 116
MATEUSDesde o dia que vi aquela garota no baile junto com a Rafa, o rosto dela não saiu da minha mente, aliás, não só o rosto, mas tudo, até os movimentos e o jeito de falar. Ela é idêntica a Fernanda na época em que namoramos. E se isso não bastasse, o nome dela também é o mesmo.Sorrio pensando nas coincidências da vida enquanto fumo um fininho, sentado atrás da minha mesa na boca.Cold chega e fazemos nós o toque. Passo o beck pra ele, que dá uma tragada e me devolve.— Contigo mesmo que eu queria trocar uma ideia! — falo, apontando o beck pra ele.— Manda!— Qual o lance com aquela garota?— Quem? A Fernanda? — ele pergunta.Acho estranho ouvir ele falar esse nome, até porque se estivesse se envolvendo com a Fernanda que eu conheço, ele não estaria mais vivo, aqui, conversando comigo. Todos sabem quanto o Carioca é ciumento e possessivo com ela, isso é um assunto conhecido pra muita gente.Depois que salvei Fernanda, há tantos anos atrás, nunca mais nos vimos ou tivemos qualque
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CAPÍTULO 117
MilenaDeixamos a Thayla em frente a casa dela e saímos animadas ainda no ritmo do pagode, iríamos para a casa da Antonela, mas o pagodinho seguiu tocando dentro do carro no volume máximo.Entre refrões de músicas e curvas pelas vielas do morro, muitas risadas. Até que de repente, Antonela freia bruscamente e o nosso corpo quase bate no vidro do carro.— Tá doida, Antonela?Olho para frente e vejo Marcelinho parado feito uma estátua em frente ao carro. Antonela havia freado para não atropelá-lo.— O que esse doido pensa que está fazendo?— Ah, você não sabe, Milena? Ele tá esperando para falar com você. É óbvio, né?Bufei, sentindo muita raiva.— Não tenho nada para falar com ele!— Vai logo, Milena! Você sabe que ele é maluco!Realmente eu sei que ele é.Abro a porta do carro com mais raiva ainda e desço.— Me liga, hein Milena? — Antonela fala, entregando meu celular. Peguei da mão dela e coloquei no bolso da saia jeans que eu usava.Olho para ela, concordo e vou até ele.Antonela s
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CAPÍTULO 118
AntonelaQuando a Thayla contou que transou com o meu irmão, eu quase não acreditei.Será que não pode ter uma garota que não passe pela mão dele na Penha inteira? Gabriel realmente é inacreditável.— Thayla, o que você tem na cabeça? Deletou da mente tudo que eu te falei lá no pagode sobre ele? Eu iria adorar ter você como cunhada, mas não é esse o lance. Meu irmão é um cachorro, não posso deixar você se iludir!— E você acha que eu estou chorando por quê? Eu sei que ele não presta! — Thayla fala e chora ainda mais.— Se cuidou, pelo menos? — perguntei e ela concordou com a cabeça.— Então para de chorar! Isso já foi. Já transaram, paciência. Agora é vida que segue. Só não faz que nem a Milena que fica aí sofrendo pelo Leco, e quando ele cai matando, ela não se aguenta!— Ei, Antonela, é diferente! E desse jeito você vai deixar ela mais nervosa ainda.— Diferente coisa nenhuma, Milena! Sua história com o Leco começou exatamente assim. E olha como é a situação agora?— Meninas, obriga
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CAPÍTULO 119
G4Thayla finge não me ouvir e coloca o misto-quente na minha frente.— Já trago o café! — ela diz, seca.Uma mordida no lanche e o café tá na minha frente.Nos olhamos.— Responde o que eu perguntei!— O que foi, G4? Estou trabalhando!— Tá trabalhando hoje, mas nos outros dias, sumiu!— Você está me vigiando? — ela pergunta.— Só responde, pô!— Eu estudo, sabia? Não fico o dia todo nesse morro, não!— Só quero entender por que você fugiu de lá, o que eu te fiz?Ela olha para os lados e fala baixinho.— Não está claro pra você?— Se tivesse, eu não tava aqui perguntando.— Eu me arrependi. Foi isso!Ouvir aquilo me deu muita raiva, mas não ia pagar päu pra ela, não.Dei mais uma mordida no misto-quente que coloquei de volta no prato.— Seu irmão tá liberado pra entrar na Penha!— Obrigada! — ela fala me encarando.— Não é por você ou por ele, é pela Dona Célia que é gente boa!Coloquei o dinheiro em cima do balcão e saí dali muito put0 por saber que ela se arrependeu.Se a Thayla nã
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CAPÍTULO 120
ThierryFui até a faculdade da Thayla esperar por ela. Eu recebi meu salário hoje e vamos almoçar juntos. Com ela, estavam as garotas que me defenderam quando fui até a Penha.Minha irmã parece, a cada dia, estar se adaptando à nova vida naquele lugar, e isso, de certa forma, me preocupa.— Virou amiga daquelas garotas, então?— Elas são legais, Thierry. Parecem Patricinhas, mas são gente boa.— Sei... Só toma cuidado, tá?Thayla não faz ideia que está muito perto do culpado pela morte da nossa mãe. Ela sabe de algumas coisas, mas quem é o traficante envolvido, não.— Pode deixar. Aliás, a Milena está interessada em você!— Hi ó lá, tá doida? O que essas minas ricas iam ver num fudid0 como eu?— Para de se colocar pra baixo, Thierry! A Milena gostou de você, sim!Logo chega uma notificação no meu celular, um convite para me seguirem no insta.Entro, aceito e solicito para seguir também. Olho as fotos, ela é linda. Quem enviou a solicitação foi a tal Milena, que a Thayla acabou de fala
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