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Todos os capítulos do ESQUENTAR O FRIO COM MEU CHEFE: Capítulo 41 - Capítulo 50
53 chapters
40 Karl
Eu caminhava pelos corredores frios e impessoais da prisão, cada passo meu ecoando pelo chão de cimento. O som reverberava dentro de mim, me lembrando do motivo que me trouxera até ali. A raiva pulsava em meu peito, mas eu mantinha a cabeça erguida e o olhar fixo à frente. O contraste entre a minha determinação e o ambiente sombrio era nítido. As paredes cinzentas, desprovidas de qualquer cor ou calor, pareciam engolir a luz fraca das lâmpadas fluorescentes, um cenário desolador.Os guardas que patrulhavam o local me observaram com cautela, percebendo a tensão em cada movimento meu. Alguns me cumprimentaram com acenos respeitosos; afinal, eu não era qualquer um. Sabia que minha presença ali não passava despercebida, e era exatamente isso que eu queria. Não havia espaço para incertezas naquele dia. Eu estava ali para confrontar Thereza, e nada me impediria.Enquanto passava pelas celas, os murmúrios e olhares curiosos dos prisioneiros me seguiam. Mas eu estava alheio a tudo isso. Minha
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41 Emily
Eu estava muito brava, tudo o que aconteceu destruiu meu coração. Sofia chora a noite inteira, mesmo Karl me ajudando, estou em um resguardo dolorido. O dia da audiência de Thereza chegou como uma tempestade anunciada, e meu coração estava em turbilhão. Não consegui pregar os olhos na noite anterior, sabendo que finalmente enfrentaremos aquela que havia trazido tanto sofrimento às nossas vidas. Karl e eu quase não trocamos palavras ao longo do café da manhã. Havia uma tensão, uma mistura de ansiedade e raiva que pairava sobre nós como uma nuvem pesada trovejando. Não se mexe com a filha de ninguém.O tribunal estava lotado, cada assento ocupado por pessoas que queriam assistir ao desenrolar dessa história macabra. Karl e Mark estavam ao meu lado, ambos parecendo prontos para explodir a qualquer momento. Minha mãe ficou com Sofia em casa, longe de toda essa confusão. Eu sabia que era a melhor decisão, mas uma parte de mim queria que ela estivesse ali, como um escudo contra o que estava
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42 Karl
Eu estava beijando Emily, sentindo o peso de todo o sofrimento dos últimos meses finalmente começando a se dissipar. A felicidade que tomava conta de mim era algo que eu mal conseguia expressar. Cada vez que nossos lábios se encontravam, eu sentia uma corrente de alívio e amor puro. Não conseguíamos parar de nos declarar, palavras de amor e promessas para o futuro fluíam entre nós como um rio de emoções.Mas então, Mark me chamou de volta à realidade. Ele estava parado ali, com um sorriso travesso no rosto, seus olhos brilhando com aquela mistura de humor e sinceridade que era tão característica dele.— Finalmente, hein? — ele disse, rindo. — Achei que esse pedido ia levar uma eternidade.Eu não pude evitar rir também. O humor de Mark era contagiante, e o momento era tão leve e cheio de alegria. Emily e eu trocamos um olhar cúmplice, ainda sorrindo.— É, ela finalmente aceitou — respondi, o sorriso não saindo do meu rosto. Emily estava ao meu lado, segurando minha mão, e não havia lug
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43 Emily
1 ano depoisAcordo lentamente, envolvida em uma sensação reconfortante de sonolência. Ainda estou imersa em um sonho doce e vívido, onde finalmente me casava com Karl. No sonho, estava vestida com um elegante vestido de noiva, caminhando por um lindo corredor adornado com flores brancas e verdes. Karl me esperava no altar com um sorriso radiante, e o ambiente estava cheio de amigos e familiares celebrando aquele momento especial. Sofia, com um pequeno vestido de festa, corria alegremente ao redor, sua risada ecoando suavemente.A cena era perfeita e cheia de amor, mas como todos os sonhos, começa a desvanecer lentamente enquanto a realidade começa a se infiltrar. Sinto algo suave e gentil tocando meu rosto. Abro os olhos devagar e, ao focar, vejo Sofia ao meu lado, suas mãozinhas pequenas tentando me acordar.Sofia está de pé ao lado da cama, com seu pequeno rosto iluminado pela luz da manhã que entra pela janela. Ela usa um pijama colorido e tem um olhar de curiosidade e entusiasmo.
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44 Karl
Eu me encontro com Mark na corte, pronto para mais um dia de trabalho intenso. Assim que ele me vê, abre um sorriso e vem em minha direção, estendendo a mão para um aperto firme.— Karl, bom te ver! Como vai a minha afilhada? — Mark pergunta, com aquele tom casual que sempre usa para disfarçar a curiosidade.— Vai muito bem, obrigado. E você? Já está pensando em ter filhos? — retruco, meio de brincadeira, mas também com certa curiosidade. Mark sempre foi um enigma nesse sentido.Ele solta uma risada, mas logo em seguida sua expressão muda para algo mais sério, quase pensativo.— Estou cuidando da Amélia agora... — ele começa, com uma certa hesitação na voz. Isso me surpreende, e eu arqueio uma sobrancelha, esperando que ele continue. Parecem íntimos — Ela entrou em crise depois de tudo o que a Thereza fez. Tem sido difícil para ela.Mark parecia... territorial, quase possessivo quando falava de Amélia. Nunca o vi assim antes. Ele sempre foi o tipo de cara tranquilo, que não se deixava
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45 Emily
Saio de casa em silêncio, certificando-me de que Karl está profundamente adormecido antes de fechar a porta suavemente atrás de mim. O ar da noite está frio e carregado de umidade, e puxo o casaco mais próximo ao corpo enquanto caminho em direção ao carro. Meu coração bate acelerado, misturado entre a ansiedade e a determinação. Sinto que esta é uma jornada que preciso fazer sozinha.O trajeto até o hospital é feito sob as luzes piscantes da cidade, cada sinal vermelho parece prolongar minha inquietação. As mãos firmes no volante começam a suar, e meus pensamentos estão confusos, uma mistura de medo, arrependimento e necessidade de fechamento. Faz meses que meu pai está em coma, e eu tenho evitado este encontro por tempo demais. Duas semanas atrás, Samuel, que também faz parte da minha família, foi internado em um hospital psiquiátrico. Agora, sinto que é hora de me consertar com meu pai, de dizer adeus da forma correta.Ao chegar ao hospital, o ambiente estéril e silencioso me envolv
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46 Karl
Estou a observar Sofia mostrar todos os brinquedos que o avô a deu. Ela fala em sílabas curtas, ainda aprendendo a se expressar, mas ele esforça-se para entendê-la. É evidente que o meu sogro está a sofrer, fisicamente e emocionalmente, mas ele empenha-se em cada interação com Sofia. Eu percebo a sua determinação, mas uma parte de mim ainda reluta em deixá-lo sozinho com ela. Não é por desconfiança, mas pelo instinto protetor que não consigo controlar.Peter está acamado na mansão Campbell, nossa família o visita e enfermeiras fazem manutenções diariamente no quarto. Não entendo nada do que fazem. Meu sogro está muito despedaçado.Parte de mim o perdoa, mas a outra parte ainda luta para entender como ele quase deixou Emily casar com Samuel, sabendo o quão disfuncional tudo aquilo era. Ainda assim, não consigo negar o esforço que ele faz, especialmente agora.De repente, Sofia desce da maca e corre em minha direção, gritando "Papai!" e pedindo colo. Eu a abraço imediatamente, sentindo
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47 Emily
Mark contou a Karl que Amélia precisava de contato feminino. Encontrei Amélia na praça de alimentação do shopping, e o coração apertou ao vê-la tão abatida. Seu cabelo ruivo, sempre tão vibrante, estava preso de forma descuidada, e as olheiras profundas deixavam claro o cansaço que ela tentava esconder. Ela me viu e esboçou um meio sorriso, mas dava para ver o esforço. Parte de mim queria apenas abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, mas sabia que não era tão simples.— Oi, Emily — disse ela, sua voz soando mais fraca do que eu me lembrava.Sentei-me ao seu lado, observando-a com cuidado. Apesar de tudo, Amélia tentava manter a compostura. Como médica, ela sempre foi muito controlada, mas naquele momento, era visível que algo estava errado.— Como você está? — perguntei, mesmo sabendo que a resposta seria óbvia.Ela desviou o olhar por um segundo antes de responder, forçando um tom de normalidade.— Estou bem, e você?Era uma mentira, e nós duas sabíamos disso. Mas, ao invés de confr
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48 Karl
Enquanto embarcávamos no avião, com Emily carreg​​ando Sofia no colo, não pude deixar de sorrir. Sofia estava em uma fase dengosa ultimamente, querendo colo o tempo todo e chamando por nós a cada cinco minutos. Emily, exausta, olhou para mim com aquele olhar de quem precisaria de um minuto de descanso. Tomei Sofia em meus braços, como sempre faço, assumindo meu papel de “super pai”.— Prontinho, princesa, agora vamos voar! — murmurei, beijando a testa de Sofia, que respondeu com um sorriso sonolento.Emily sorriu, aliviada.— Você realmente sabe como conquistar as mulheres dessa família, hein?— Ah, você sabe que é meu trabalho manter todas as minhas meninas felizes. — Respondi com um olhar brincalhão.Nos acomodamos nos assentos, com Sofia no meu colo, já prestes a cochilar. Emily se ajeitou ao meu lado, claramente aliviada por termos conseguido embarcar sem grandes dramas.— Finalmente, nossa primeira viagem em família! — Emily suspirou, com um brilho no olhar.— Família. — Repeti,
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49 Emily
Acordei sentindo o calor de Karl ao meu lado, seu braço descansava pesado sobre mim, enquanto o quarto de hóspedes estava silencioso e acolhedor. Ele ainda dormia profundamente, e, por um momento, fiquei ali, observando seu rosto sereno, me sentindo completamente em paz.Me levantei com cuidado para não acordá-lo e caminhei pelo corredor silenciosamente, indo ver Sofia. O quarto das crianças estava escuro, mas dava para ver Sofia dormindo como uma bonequinha, os primos tinham ajeitado os cobertores ao redor dela, parecendo uma cena de filme. Segurei o riso e uma onda de carinho tomou conta de mim.Depois de confirmar que ela estava bem e confortável, segui para a cozinha. Eu já podia sentir o cheiro do café no ar e, ao entrar, encontrei Ella lá, preparando tudo com o mesmo carinho de sempre. Ela me olhou por cima do ombro, sorrindo ao me ver.— Bom dia, dorminhoca. — disse ela com uma risada suave. — Como você está?Sentei-me à mesa, suspirando aliviada por finalmente estar em um luga
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