A manhã está nublada, e tudo parece mais pesado do que deveria. Sofia, minha pequena, completou um mês hoje, mas em vez de sentir a alegria que esperava, há uma nuvem escura pairando sobre mim. Sinto-me presa em um poço sem fundo, onde a luz parece distante. O choro de Sofia é a única coisa que me chama de volta à realidade, mas até isso tem se tornado doloroso.Karl tem sido incrível, mas sinto que ele percebe o que está acontecendo. Sei que ele está preocupado, mas me sinto incapaz de explicar a ele como estou me sentindo. Conversar com alguém sobre isso parece uma tarefa impossível. As palavras ficam presas na minha garganta, e a culpa cresce a cada dia.Hoje, saí para falar com Amélia. A caminhada até a clínica foi exaustiva, mesmo que não fosse longe. A cada passo, a angústia apertava meu peito. Quando finalmente cheguei, Amélia tentou puxar assunto, talvez percebendo meu estado. Mas como posso falar sobre isso? Como posso dizer que me sinto sem coração, sem vida, sem razão para
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