DAVINAO quarto era silencioso, exceto pelo som suave da chuva lá fora. Meia-noite tinha me conduzido até lá, e agora estávamos apenas nós dois, a tensão pairando no ar como algo quase palpável. Eu estava parada, perto da cama, hesitando. O cheiro familiar dele ainda estava no ar, mas não era o suficiente para me fazer esquecer a insegurança que me tomava.Essa era a segunda vez que eu ia dormir com Meia-noite, e a sensação era estranhamente diferente. Não pela proximidade, porque, na verdade, estávamos mais próximos do que nunca. Mas porque, dessa vez, havia algo mais profundo em jogo que parecia pairar entre nós.— Você não precisa de nada, né? — Meia-noite perguntou, a voz suave, mas com aquela firmeza típica. Eu olhei para ele, e pela primeira vez naquela noite, vi uma rachadura na máscara dele. Talvez ele não soubesse, mas seus olhos estavam diferentes, mais suaves, como se estivessem buscando algo em mim.Eu balancei a cabeça, sem saber o que responder. A verdade é que eu não tin
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