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DAVINAEu sinto os olhos em nós enquanto descemos as escadas, os passos de Gutemberg firmes ao meu lado, os nossos dedos entrelaçados com naturalidade. O calor da sua mão na minha me dá uma sensação de segurança, embora eu saiba que, por mais que o toque dele seja suave, o que está por vir não será fácil. Cada degrau que descemos ecoa dentro de mim, cada movimento meu parece mais pesado que o anterior. Mas o que me surpreende é a calma dele. Como se ele soubesse exatamente o que fazer. Como se, de alguma forma, ele já tivesse aceitado o risco e soubesse que a batalha que se aproxima não é mais sobre escolha. É sobre obrigação.Chegamos ao fim das escadas e, ao olhar para a sala, vejo todos esperando. Timmy, com a expressão cerrada e os punhos provavelmente apertados. Aaron, sempre com olhar de cálculo, examinando tudo com a frieza de quem já está pensando no próximo movimento. E Meia-noite, que observa todos com a autoridade de quem já viu e fez de tudo. Nada está fora de lugar, e, po
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DAVINAEu respiro fundo, me preparando para o que vem a seguir, mas no último momento, uma voz inesperada invade o fone. Uma voz que me faz prender a respiração, a garganta apertando instantaneamente. É Vincent.— Davina... — Ele diz, e a suavidade de sua voz me choca. — Meu tio fugiu. Está sendo protegido por Jimmy.O ar parece congelar por um segundo. Eu não sei se entendi direito, mas o que ele acabou de dizer? O que significa isso?A tensão no carro se intensifica. Aaron solta um resmungo irritado, as palavras saindo de sua boca em um tom baixo, mas cheio de desprezo.— Italianos fodidos... — Ele murmura, os olhos fixos na tela à sua frente.Mas o tom da voz de Vincent muda. Algo em sua fala, em seu jeito de se comunicar, muda completamente. Ele fala diretamente comigo, e sua voz carrega uma advertência, uma preocupação que me faz calafrios subirem pela minha espinha.— Cuide-se, Davina. Baby, eu... — Ele diz, e a seriedade é palpável. — É bom que vocês, idiotas, protejam, minha g
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DAVINA— Davina. — Aaron falou, o tom evidentemente preocupado.Antes que eu pudesse reagir, três homens avançaram. Dois deles agarraram Aaron, o empurrando contra a mesa enquanto ele lutava para se soltar. Um soco acertou sua costela, e ele gemeu de dor. Outro golpe, agora no rosto, e o sangue manchou seu queixo.— Parem! — gritei, tentando avançar, mas mãos fortes me seguraram. Eu chutei e me debati, mas foi inútil.O tio de Vincent me segurou com facilidade, seus dedos apertando meus braços como ferro.— Eu gosto do seu espírito. Mas agora… — Ele ergueu a mão.Um golpe forte atingiu minha nuca. O mundo girou.O último som que ouvi antes de perder a consciência foi a risada cruel daquele homem.Acordei com o cheiro metálico de sangue e um latejar cortante na cabeça. A dor na minha cabeça era insuportável, como se meu cérebro estivesse tentando se expandir dentro do crânio. O ambiente era sufocante, composto por móveis escuros e paredes cinzas, com uma parede cheia de monitores exibi
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DAVINAGutemberg tomou a frente, a voz carregada de autoridade e tensão.— Davina está certa. Se prenderem Jimmy, ele não vai perdoar o dia de hoje. Ele retaliará, e a cadeia não será impedimento. — declarou, os olhos faiscando de convicção.Sem hesitar, ele colocou uma pistola na minha mão, pressionando-me para seguir com o grupo.— Vá com eles, eu vou procurar por Jimmy — ordenou.Mas eu me recusei. Aaron gemeu, o som fraco e de dor fazendo meu coração apertar. Timmy se adiantou, encarando meu rosto.— Aaron precisa de um hospital.Fiquei dividida, meus olhos oscilando entre Gutemberg e Aaron, com a vida se esvaindo em cada respiração lenta. Então, num gesto de urgência, Gutemberg se aproximou e beijou meus lábios com paixão abrupta. —Aaron precisa de você agora. —ele sussurrou com intensidade.—Eu vou com Gutemberg. Tenho minhas próprias contas para acertar com Jimmy!— Pryia, com os punhos cerrados e o olhar perdido, declarou com voz carregada de raiva.Todos nós olhamos para el
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FINAL
DAVINAO auditório está lotado, mas me sinto estranhamente só enquanto caminho pelo palco. O diploma em minhas mãos é um símbolo de tudo o que conquistei, mas também de tudo o que perdi. Seis meses atrás, eu nunca teria imaginado estar aqui sem meu pai na plateia. Minha mãe não veio. Ainda está no sítio de Vincent, levando uma vida tranquila ao lado de outras mulheres que, como ela, carregam cicatrizes. Sinto saudades, mas compreendo. Ainda assim, ver minha avó sentada na primeira fila me traz um pequeno alívio.Quando ergo os olhos, encontro os rostos que se tornaram minha nova família. Timmy, com seu ar protetor e seu sorriso torto, veste um terno azul profundo que reflete sua ousadia e estilo. Meia-noite, ou Huxley, como o chamo agora, carrega sua aura de mistério em um terno vinho, sóbrio e imponente. Gutemberg, o Fantasma, que já não é mais tão fantasma assim, está em um cinza chumbo, impecável como o menino rico que sempre foi. Vincent, encostado, displicente, mas atento a cada
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