EZRA D'ARTAGNANA casa estava silenciosa quando cheguei, envolta no mesmo manto de neve que cobria todo o exterior. A ausência de Penélope, sabendo o que havia acontecido, criava um vazio palpável. Ao me aproximar da entrada, algo capturou meu olhar: o telescópio que eu havia dado a ela, montado com cuidado, exatamente onde eu havia imaginado que estaria. Fiquei parado, observando o equipamento por alguns segundos, sentindo a realidade da situação se instalar de forma pesada.Respirei fundo, tirando um cigarro do maço, e o acendi, levando-o aos lábios. Soltei a fumaça lentamente, permitindo que ela se dispersasse no ar gelado ao meu redor. A visão do telescópio, agora sem uso, me trouxe uma clareza fria. Penélope havia sido tirada de mim, e isso, mais do que qualquer outra coisa, significava que havia falhado em um ponto crucial. Eu deveria ter previsto essa traição, deveria ter visto os sinais. Mas isso não importava mais. O que importava era como eu responderia.Depois de alguns seg
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