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Karolina Stevens
Como dois gigantes em combate lutando um contra o outro num espaço pequeno cujo um pouco mais adiante, ao meu lado, havia uma abertura do tamanho de uma parede esperando um vacilo de um dos dois para puxá-los para baixo causando-lhes a morte. Ao vê-los me senti dentro da Guerra da Fúria que acabou com a grandeza da nossa espécie, no qual dois alfas inimigos em comum lutavam loucamente, de um lado Alec com suas roupas tribais, peito descoberto, calça folgada com tiras soltas e botas de couro em desvantagem com a armadura impenetrável do Lúcius, no entanto, Alec era ágil e conseguia se esquivar dos ataques pesados de Lúcius que lutava para matar. O combate parecia mais como uma dança de espada entre os dois que rodopiavam, saltavam perfeitamente e corriam pelas paredes como se não existisse gravidade entre eles, apesar de ter aspecto de uma dança, os golpes pesados que destruíam as paredes de diamante como se fossem papéis e o chocar das duas espadas causando estrondos de aço entre eles
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Karolina Stevens
Olhos negros com círculos brilhantes me encaravam.“– Irei te mostrar o que é não sobrar nada.”Aquela voz suave disfarçava a escuridão e o vazio que só eram vistos no fundo dos seus olhos, onde deveria estar sua alma havia um buraco escuro infinito, esse buraco queria me sugar para dentro e me aprisionar para sempre, queria me fazer enlouquecer e esquecer meus sentimentos e princípios.Gritei tentando fugir dele, corri desesperada tentando buscar uma saída, quanto mais eu fugia mais me afundava naquela sensação de vazio, no entanto, quando já estava quase no fundo senti braços em volta do meu corpo me segurando com força que me protegiam da escuridão ao redor, olhei para frente e vi olhos verdes que brilhavam como diamantes, eu sabia a quem pertencia àqueles diamantes.Alec.Ele pulou naquele abismo para me salvar, me protegeu loucamente enquanto girava nossos corpos no ar e deixou que a gravidade o empurrasse para baixo, deixou seu corpo sentir todo o impacto da queda para que eu nã
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Alec Boldwin
Ao ver a Karolina caindo daquele abismo, senti como se parte de mim estivesse indo embora também e fiquei com medo, o maior medo que tive durante toda minha existência era saber que eu perderia aquela mulher, que ela morreria e eu nunca mais veria a emoção da paixão escondida em seus olhos vermelhos.Eu precisava salvá-la! Eu tinha que salvá-la! Era minha missão de vida salvar a Karolina, mesmo que para isso o custo seria minha morte. Corri para frente e pulei ao seu encontro me transformando levemente e metade lobo e humano para conseguir alcança-la, e alcancei, a segurei em meus braços e a protegi, eu sabia que poderia morrer naquele momento, mas nada no mundo importava a não ser saber que ela viveria, poderia não ser comigo, talvez ela aceitasse o Calmon, não importa, ela deveria viver e ser feliz.Foi assim que a escuridão me tomou.Dentro daquele lugar escuro uma luz amarelada acendeu, e nela havia uma mulher, alguém que nunca havia visto antes, negra, dos cabelos castanhos escur
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KAROLINA STEVENS
Aceitei o beijo delicado do Alec de bom grado, eu precisava daquilo, de sentir seus lábios nos meus, do seu calor, ouvir sua respiração enquanto sua língua penetrava minha boca, era a melhor prova de que ele estava vivo e que não morreria, Alec não morreria, pois me fez essa promessa e ele sempre cumpre suas promessas, ele não morreria, pois eu tenho um livro com magias e não cometerei os mesmos erros que cometi no passado. Meu coração dolorido e angustiado de antes se acalmou como água parada depois de um tsunami, me senti bem, sem receio, sem medo de me entregar a esses sentimentos que não consigo mais controlar, algo dentro de mim começou a acender lentamente, e mesmo achando quase impossível, eu sabia o que era, do que se tratava.Desde aquele momento, desde aquela promessa que Alec me fez, desde aquele beijo que selou sua promessa e que foi aceito por mim, eu notei lá no fundo, surgindo como se fosse uma pequena raiz de um feijãozinho plantado numa imensa terra deserta: O nosso ví
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Karolina Stevens
Ao soltar Natanael daquelas correntes fortificadas, senti um misto de emoções vinda do Alec que foi carregado por aquele demônio em forma de mulher que voava, deixei Elena e Natanael para trás e corri farejando o cheiro do Alec, eu sabia que ele estava em perigo, com dor, seus golpes não adiantavam contra aquela coisa de pele podre, mas indestrutível, ela o machucava, torturava, colocava medo nele.As emoções do Alec estavam descontroladas, ao mesmo tempo em que seus sentidos haviam enfraquecidos, ele não ia aguentar muito.Comecei a correr entre aquelas paredes escuras e iguais, por aquele castelo que parecia mais um labirinto, mas precisava alcançá-los.Até que a confusão dele parou, e senti uma leveza em suas emoções, algo pacífico e encorajador, o que estava acontecendo?Foi quando entrei na sala e vi o demônio atacando Alec que permanecia de joelhos somente com sua espada em mãos que revidava o ataque, e, surpreendentemente, aquela mulher pegou fogo quando sua espada encostou-se
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Karolina Stevens
Cabisbaixa, olhei para o Lúcius inconsciente e machucado. Eu realmente bati nele como nunca tinha feito antes, nem quando pensei que tivesse raptado Kamilla, um nó se formou na garganta, senti-me angustiada.O único consolo que tinha era que eu precisava fazer aquilo, que eu não lutei contra Lúcius e sim contra algo que o controlava.– Está tudo bem, ele vai ficar bem... – Sussurrou Alec ao meu lado.Sim! Vai ficar tudo bem!Natanael se aproximou lentamente do Lúcius e se ajoelhou ao seu lado.– Lúcius? – Ele falou dando-lhe duas batidinhas no rosto. – Acorda, cara!Ele continuou tentando despertá-lo.Ao ver aquela cena, continuei no chão esperando algum sinal do Lúcius, mas ainda não tinha nada, até que escutei um barulho, mas não vinha dele e sim de alguma movimentação do lado de fora.– Vocês ouviram isso? – Perguntei.– O quê? – Alec indagou enquanto Natanael continuava tentando despertar Lúcius.– Karol, o que você ouviu? – Elena se aproximou já em alerta.– Shhhh... – Fiz sinal
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Karolina Stevens
1...2...3... Respira...Era como espinhos de gelo penetrando minha pele, salgado e escuro, tão escuro que não se via nada na frente, amedrontador, aterrorizante, que me tirava o fôlego a cada nado, a cada pensamento, a cada lágrima que ousava cair somente para deixar o oceano mais fundo.Escutava o nado do Alec ao meu lado e sua respiração ofegante, mas ele mesmo, quase não conseguia ver... porém, o que mais doía eram as rachaduras em meu coração, tão cortantes quanto essa água gelada.Eu tenho que continuar... sem olhar para trás... preciso continuar nadando... sem pensar demais...O casco do navio fez barulho como se dissesse que estávamos perto, logo vi as tochas surgirem na minha frente, como raios solares numa noite sombria, as escadas já estavam postas e, finalmente, subimos encontramos Lucas com alguns soldados nos esperando.Respirei aliviada por ter conseguido sobreviver... mas logo a angústia voltou ao lembrar de quem precisou se sacrificar por nós.– Temos problema. – Lucas
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Karolina Stevens
“– Terra... Água... Fogo. Três elementos da natureza separados há centenas de anos, finalmente irão se juntar...”.“O Imperador está morto! O Alfa Calmon desapareceu! Os mortos caminham!”“– FAÇA ALGUMA COISA, KAROLINA!”“– Estou chegando... – Ele dizia. – Me espera... Falta pouco, vamos ficar juntos para sempre, Karolina. – Os cortes não estavam se regenerando. – Vamos fazer amor, minha mulher morta... Vem... Vamos cuidar dos nossos filhos mortos...”“– Firellis”.Meus olhos assustados abriram rapidamente ao acordar dos pesadelos.Preciso fazer alguma coisa... preciso fazer alguma coisa... Preciso aprender a usar esse livro, esse livro maldito que conversa comigo, que tenta me induzir a cometer atos cruéis, ele sabe tudo sobre mim, ele me entende, mas utiliza a verdade para me enganar, ele quer que eu o use, mas não com bons propósitos.– Está acordada? – Escutei Elena ao meu lado dentro da carruagem, era noite, a estrada que pegamos desde que saímos de Valiska estava calma, mas eu s
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Alec Boldwin
Eu não conseguia acreditar no que estava vendo. Como isso aconteceu? Não deveria ter sido uma versão alternativa de mim? Mas eu não fiz isso! Não pode ser!Kamilla estava deitada de olhos fechados num caixão pequeno com rosas ao redor, havia uma protuberância no seu pescoço indicando que foi quebrado, Karolina permanecia paralisada de joelhos olhando sua pequena filha adormecida.Todos na sala estavam sem reação, ninguém falava nada.Aos poucos, Karolina levantou e se aproximou da Kamilla, ela começou a acariciar seu rosto para saber se o que estava vendo era verdade, e pela primeira vez, eu senti suas emoções devido ao vínculo de sangue.Confusão, dor, tristeza... Me senti afetado com tudo aquilo.Karolina levantou sua filha e a abraçou, acariciou seus cabelinhos e a beijou.– Kamilla? – Silêncio. – Filha? – Sussurrava em lágrimas. – Mamãe está aqui... Mamãe voltou, desculpe a demora... Por que você não responde?Não consegui me controlar e me aproximei delas, Karolina olhou para mim
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Karolina Stevens
– Como você a possuiu? – Perguntei olhando para Clara que agora se parecia com Anealix na minha frente.Todos se entreolharam confusos com a minha pergunta, exceto Alec.– Na masmorra em Valiska, quando ela atacou o assassino do seu irmão, o luto e a fúria foram perfeitos para se tornar alvo fácil.– Então isso foi um plano seu?!– Digamos... que agir contra sua filha foi sim um pouco pessoal.Engoli seco impedindo das lágrimas aparecerem, eu não ia chorar na frente dela, nunca ia dar esse gosto.– Como? – Perguntei séria.– Você pegou algo que me pertence.– O livro?– Sim.– Você fez tudo isso por causa de um livro? – Perguntei incrédula.Ela riu.– É claro! Foi um presente que ganhei de alguém especial.Senti como se fosse desmaiar novamente.– Você matou minha menina por causa de um livro? Anealix, você não tem escrúpulos? – Indaguei.– Escrúpulos? – Perguntou zangada. – Escrúpulos em razão de quê?! Eu não sigo essa falsa moral e ética de vocês para fingir que a sociedade é boa e
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