Aceitei o beijo delicado do Alec de bom grado, eu precisava daquilo, de sentir seus lábios nos meus, do seu calor, ouvir sua respiração enquanto sua língua penetrava minha boca, era a melhor prova de que ele estava vivo e que não morreria, Alec não morreria, pois me fez essa promessa e ele sempre cumpre suas promessas, ele não morreria, pois eu tenho um livro com magias e não cometerei os mesmos erros que cometi no passado. Meu coração dolorido e angustiado de antes se acalmou como água parada depois de um tsunami, me senti bem, sem receio, sem medo de me entregar a esses sentimentos que não consigo mais controlar, algo dentro de mim começou a acender lentamente, e mesmo achando quase impossível, eu sabia o que era, do que se tratava.Desde aquele momento, desde aquela promessa que Alec me fez, desde aquele beijo que selou sua promessa e que foi aceito por mim, eu notei lá no fundo, surgindo como se fosse uma pequena raiz de um feijãozinho plantado numa imensa terra deserta: O nosso ví
Ao soltar Natanael daquelas correntes fortificadas, senti um misto de emoções vinda do Alec que foi carregado por aquele demônio em forma de mulher que voava, deixei Elena e Natanael para trás e corri farejando o cheiro do Alec, eu sabia que ele estava em perigo, com dor, seus golpes não adiantavam contra aquela coisa de pele podre, mas indestrutível, ela o machucava, torturava, colocava medo nele.As emoções do Alec estavam descontroladas, ao mesmo tempo em que seus sentidos haviam enfraquecidos, ele não ia aguentar muito.Comecei a correr entre aquelas paredes escuras e iguais, por aquele castelo que parecia mais um labirinto, mas precisava alcançá-los.Até que a confusão dele parou, e senti uma leveza em suas emoções, algo pacífico e encorajador, o que estava acontecendo?Foi quando entrei na sala e vi o demônio atacando Alec que permanecia de joelhos somente com sua espada em mãos que revidava o ataque, e, surpreendentemente, aquela mulher pegou fogo quando sua espada encostou-se
Na maior cidade dentro do território humano, chamada Valiska, localizada próxima à fronteira que separa o território dos lobos, estava presente a mais alta patente do clero na principal Basílica, todos reunidos com seus fiéis para escutarem o tão esperado discurso do Papa João César. Aos gritos e palmas de euforia dos fiéis, ele apareceu sentado em uma cadeira de ouro sendo carregado pelos seus escravos em cada lado daquela cadeira pesada enquanto uma escrava mulata de corpo curvilíneo caminhava ao lado da cadeira luxuosa do papa com uma bandeja na mão, oferecendo-lhe frutas. Apesar de todo luxo, euforia e alegria ao seu redor, o papa não estava contente com os acontecimentos dessas semanas e ele precisava da ajuda do seu povo para rever e reparar os absurdos causados por aqueles que antes eram seus aliados, no entanto quebraram o pacto feito há milhares de anos por seus antepassados e se juntaram com o ser amaldiçoado que não tem alma e que carrega a morte para onde quer que vá, o D
Horas antes...Todos estavam se divertindo no grande salão de festas dentro do castelo, a maioria eram vampiros, depois dos lobisomens que após a junção das duas tribos, os companheiros escolhidos pela Deusa da Lua finalmente se encontraram, o que era algo raro de acontecer, agora se tornou natural. Trazendo muitos benefícios, pois os maridos infiéis serão mais devotos por causa do vínculo, e nossa raça iria se evoluir.No meio da pista de dança estavam meus casais favoritos: princesa e futura Gama Clara dançando com seu companheiro Marcus e do outro lado vi Maria Elena com o Drakon, ela pode até negar, mas o ama demais para conseguir evitá-lo.– Você me daria esta hora para dançar comigo? – Um sorriso genuíno se formou no meu rosto quando escutei a voz dele, Alec.Segurei sua mão estendida, peguei na lateral do meu vestido longo, levantando um pouco a bainha para caminhar no centro da pista. Ficamos de frente um para o outro, senti sua mão na minha cintura enquanto eu depositava a mi
– Droga! – Esbravejei quando tropecei em algo, mas me segurei em uma árvore antes de cair. Tirei meus sapatos e continuei correndo segurando o vestido dos dois lados para não tropeçar na bainha. Meus cabelos soltos voavam com a coroa em cima da cabeça sem sair. Eu enxergava a floresta com o reflexo do luar que batia nas árvores e no chão. Minhas emoções se intensificavam: raiva, medo, cansaço, confusão...Vi as tochas da aldeia que estava praticamente vazia por causa da festa de coroação, corri para a cabana em que o Lúcius encontrava-se, abri a porta e arfei quando vi que a cama estava vazia.Cadê o Lúcius?Sai do quarto e olhei ao redor o procurando, mas não vi nada além das casas e da floresta ao redor.Fechei os olhos e tentei farejá-lo, mas seu cheiro estava muito fraco. Fiquei frustrada.Então usei a ligação de sangue que temos para procurá-lo do mesmo jeito que usei quando eu briguei com o Betha Lucas e procurei o Lúcius em frente à fronteira das duas tribos.Abri os olhos e ol
À medida que o Lúcius se acalmava nos meus braços, percebi que ele se tremia muito, sua respiração tornou-se desregular até que ele caiu no chão tão rápido que só pude perceber quando o vi caído nos meus pés.Vendo aquele homem que antes era forte, musculoso e que tinha uma áurea poderosa, agora não passava de uma pessoa esquelética e fraca, mais fraca que uma criança. Ele deve ter usado muito do restante de suas forças para conseguir vir até aqui e me derrubar no chão, e a adrenalina da raiva que também estava presente, agora se dissipou.Ajoelhei-me ao seu lado e segurei sua cabeça no meu colo.– O que está acontecendo comigo? – Sussurrou ofegante.– Você só está fraco, mas eu posso te ajudar.– Me ajudar?! – Ele franziu o cenho. – Por favor, me mate! – Suplicou.– O quê!? Não! – Disse perplexa.– Eu não aguento mais! Por favor, Karolina, me mate!– Lúciu, e-eu não posso te matar, não depois de você finalmente estar de volta! Deixe-me ajudá-lo.Ele balançou a cabeça em negação.– Po
Ele me de um selinho demorado, e com a língua pediu passagem, cedi, ele estava sendo bem delicado e calmo dessa vez, até que nosso beijo se aprofundou enquanto sugávamos os lábios um do outro, lambendo. Lúcius me apertou mais contra seu corpo e soltou um gemido baixo na minha boca, era mais de alívio do que excitação. Passei a mão pela sua nunca e depois acariciei seus cabelos, eu estava extasiada e feliz por tê-lo de volta, por ter conseguido salvar sua vida, era como se nosso beijo profundo fosse a prova concreta de dizer para nós dois que estava tudo bem. Nossas respirações ficaram ofegantes, mas nenhum queria interromper o beijo, ao contrário, nos apertávamos mais ainda enquanto eu permanecia sentada nos seus braços.Com as mãos no seu cabelo e outra na nuca enquanto ele me segurava forte pela cintura, buscamos ar nos pulmões enquanto nos abraçávamos de olhos fechados.Até que ele respirou fundo, seus pensamentos o consumiam, ele parecia estar sofrendo por algo. Lúcius estava estr
Ainda no meio da floresta e longe de todos, eu permanecia sentada, chorando e soluçando. Eu queria muito não sentir isso, esses sentimentos confusos me deixavam sufocada e o único modo de desabafar era entre lágrimas. Como o Lúcius pôde fazer isso comigo? Na minha cabeça é que ele tem algum motivo por trás da rejeição, mas o quê? E eu estou disposta a enfrentar qualquer coisa por ele, já passei esses meses tentando me manter forte enquanto o Lúcius permanecia em coma, tentei esquecer tudo que passei enquanto era sua escrava, todo o rancor e ódio que tinha. Chorei mais forte de cabeça baixa. Funguei e lembrei daquela coisa que possuiu o Lúcius. Foi por causa daquilo que ele não me quis? E o que foi aquilo? Limpando minhas lágrimas, fiquei de frente à Lua, juntei minhas mãos e comecei a falar umas palavras antigas que meu tio ensinou quando eu era criança. “O Sol é teu brilho, a floresta tua escuridão, o sangue estampado na tua Lua é o mesmo do teu coração. Eu vim da terra, mas