Sangue, tiros, frio, era nisso que tinha se transformado as primeiras horas na casa nova. Segurei o corpo de Miguel em meus braços enquanto esperava a ambulância e não importou o quanto eu pedi ou dei tapinhas em seu rosto, ele não voltou.Ainda não conseguia acreditar que Bruno estava por trás de tudo aquilo, confiamos nele durante tanto tempo, ele vivia na casa, comia com a gente, sabia de tudo sobre nós, e isso me deixava ainda mais incrédulo, se eu não tivesse visto ele saindo correndo da casa com o braço sangrando teria dito que foi apenas invenção de Miguel.Quando os paramédicos chegaram me arrancaram de cima de Miguel enquanto o examinavam. Pulso fraco, perca de muito sangue, foram as palavras que ficaram gravadas na minha mente. Miguel estava mais branco do que de costume, os lábios pálidos e sem vida, eu não podia perder o meu irmão, isso eu não suportaria.Juninho chorava quando eu o peguei do colo de Bianca, a cena de Miguel sendo levado para fora de casa em uma maçã era a
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