Eu tinha tentado dormir, aproveitando a calmaria do fim de tarde e Camila deitada comigo na cama, mas eu não conseguia desligar, minha mente ficava a todo momento me lembrando que Miguel foi baleado no quarto ao lado, que a qualquer momento Bruno poderia aparecer com mais homens e matar todos nós.Ouvi um latido na rua e me levantei com cuidado para não acordar a ursinha, fui até a janela e fiquei lá olhando, procurando qualquer sinal de algum invasor ou movimento estranho na rua.— Não consegue dormir? — ouvi a voz sonolenta e me recriminei por tê-la acordado, ela tinha que descansar depois de toda a agitação.— Desculpa, não queria te acordar. — murmurei ainda focado na janela, procurando qualquer coisa na rua, qualquer perigo.— Vem aqui, senta do meu lado e me conta. — aquilo não era um pedido, dava pra ver que ela estava ordenando, mas eu continuei ali olhando para a janela. — O que aconteceu?Bufei ainda tenso, me sentindo incapaz de tirar as imagens da minha cabeça, toda aquela
Depois de quase seis dias enfiado naquele hospital, preso naquela cama, eles me mandaram para casa com uma lista de coisas que eu deveria fazer, de como deveria me comportar nesses primeiros dias em casa.Pro inferno que eu ia me importar com isso, não estava nem ai pra tudo que aqueles médicos falaram, só queria estar em paz dentro da minha casa com minha família.— Anda, quem disse que você pode ficar deitado assim, do jeito que você quer? — aparentemente eu não tinha vontade própria, não importava o que eu queria, Camila estava determinada a me fazer seguir as ordens do médico.— Você é um amor sabia? — dei meu melhor sorriso, querendo vencê-la, mas a ursinha só semicerrou os olhos e enfiou outro travesseiro em baixo do meu tronco, me deixando na posição que o médico mandou.— Não adianta sorrir pra mim, não vai conseguir me comprar com isso. Vamos seguir certinho tudo o que o doutor falou. — segurei os braços dela e a puxei para a cama comigo. — Miguel! Está querendo se matar?— S
Todos estavam nervosos depois de ouvir Juninho chamando Bruno durante o pesadelo, nas noites que estive junto com ele nunca o ouvi dizer nome nenhum, mas agora ele tinha dito e chorado pelo irmão.— Nós temos que descobrir o que aconteceu, porque eu vou matar esse desgraçado se ele tocou no meu irmãozinho! — Vitor gritava andando de um lado para o outro quando voltei pra casa.— Tia Nalva está aqui. — avisei entrando na cozinha com ela, dava pra ver o nervosismo dos dois.— Eu preciso saber o que Bruno fez com Juninho enquanto estavam na casa da Dany. — Miguel pediu assim que paramos na frente deles.— Porque gente, o que aconteceu?— Tia só foca em contar tudo o que você viu Bruno fazer, o jeito que ele se comportava com Juninho, essas coisas.Minha tia ficou calada por um momento, provavelmente tentando se lembrar das coisas que aconteceram lá. Por sorte Juninho tinha voltado a dormir depois que Miguel o acordou de forma desesperada, eu fiz um leite quente pra ele e o ninei até que
Eu sabia que eles estariam indo embora no dia seguinte, no primeiro raiar do sol meus dois homens iam pegar um ônibus de volta ao Rio de Janeiro pra destruir o maldito que tocou em uma criança.Miguel tinha convocado seus aliados, todos estavam esperando só uma chance para se vingar de Bruno pela traição, quando souberam do que ele fez com Juninho a notícia se espalhou como fogo e gasolina, todos agora queriam um pedacinho dele, até mesmo os chefes dos morros em volta, ele não ia ter onde se esconder.Mas mesmo com todo esse apoio, todas as pessoas junto com eles, não me fazia sentir melhor, eu continuava com medo do que poderia acontecer.— Sei que o que vão fazer amanhã é bem importante e jamais pediria que não fossem, aquele desgraçado merece pagar pelo que fez. — murmurei começando o assunto.Tínhamos nos deitado os três naquela cama espaçosa, mas nenhum parecia capaz de dormir com tantas coisas prestes a acontecer.— Sinto que tem um "mas" nessa sua fala. — Vitor falou quando viu
Abri o frasco de lubrificante e lambuzei meus dedos antes de esfregar entre as bandas da bunda dela. Tinha estado sonhando em fode-la assim desde o dia que aquela bunda empinada e atrevida entrou na minha vida, mas tinha estado tão concentrado nos outros problemas que nem chegamos a isso.Eu já teria me enterrado em sua boceta quente e gozado dentro dela até a última gota, se os dois não viessem com essa ideia, mas não estava reclamando, estava adorando sentir seu corpo relaxado enquanto Vitor tocava seus peitos, coxas, boceta, e eu me concentrava na buraquinho intocado.— Você é a coisa mais linda, tentadora e perigosa pra sanidade mental. — meu irmão falou e nisso eu tinha que concordar totalmente.Dei uma olhada pra Vitor e ele ergueu a perna dela, como se quisesse ver melhor o que eu estava fazendo. Esfreguei duas pregas até sentir que estava lubrificada o suficiente, então deslizei dois dedos para dentro dela.— Ahhh meu Deus...— Deus não está aqui ursinha. — rosnei enfiando o r
Nós saímos de madrugada bem cedo, antes que o sol raiasse ou Camila e Juninho acordasse. Era melhor assim ou seria bem pior a despedida, a noite de ontem foi regada a sexo e risadas, mesmo com toda a merda que descobrimos conseguimos trazer um clima divertido.Mas hoje era a hora de encarar a verdade, não tinha mais para onde correr, precisávamos encontrar aquele desgraçado e acabar com a vida dele.— É uma longa viagem. Porque não descansa um pouco? — questionei Miguel que não saía do celular enquanto eu dirigia.— Não conseguiria dormir nem se estivesse morrendo de sono, minha cabeça está cheia. — ele tirou os olhos do celular e me olhou por um momento. — Vai dizer que você não está assim?Suspirei sabendo que estava do mesmo jeito, não conseguia parar de pensar no meu irmãozinho, em Camila e pior, no nosso bebê.Estava começando a me questionar o quanto seríamos péssimos pais se deixamos aquilo acontecer com Juninho bem de baixo do nosso nariz.— Acha que vamos ser bons pais? Não p
Aquilo não podia estar acontecendo, eu não conseguia acreditar que tínhamos sido estúpidos desse jeito. Ficamos tão confiantes que o problema estava concentrado no Rio de Janeiro que não pensamos em mandar homens para fiar de segurança em casa. Se algo acontecesse com a ursinha, nosso filho ou Juninho, eu não me perdoaria, nem mesmo matar aquele infeliz seria o bastante.— Fala logo desgraçado o que você quer?— Vocês vão me deixar sair daqui livre, sem nenhuma gracinha, não vão nem sequer me seguir e o assunto morre aqui, porque se uma palavra sair daqui eu mato aquela vadia e o fedelho que ela carrega. — apertei mais uma vez no número dela e só chamou. — Afinal de quem é o filho? Vitor ou seu Miguel?Meu sangue ferveu, mas ele estava enganado se achava que aquilo me deixava irritado, não me importava com aquela bobagem, se me afetasse com aquilo não teria aceitado estar com ela.— O filho é nosso e é só o que qualquer pessoa tem que saber. — Vitor rosnou me mostrando que pensava com
Eu estava uma pilha de nervos, meu corpo estava todo tenso desde o momento que eu acordei e não os vi ali, a cama estava fria e vazia em comparação com a noite passada.Mas tentei ver pelo lado bom, eles estavam resolvendo um problema, se livrando de um assassino, do fantasma que podia acabar com todos os nossos planos. Sem Bruno nas nossas vidas finalmente poderíamos seguir em frente deixando tudo aquilo para trás, íamos ficar em paz para criar nosso filho e dar uma vida boa para aquelas crianças.Levantei tomei café e fiz o que sempre fazia todos os dias, Juninho acordou animado, parecendo ter esquecido tudo de ruim que conversamos no dia anterior. Então saímos para brincar no quintal aproveitando o sol, mas uma batida na porta me assustou. Tia Nalva ou até mesmo Bianca não bateriam na porta, elas tinham a chave e podiam entrar sem problema.— Fica aqui lindinho, eu já volto. — murmurei mesmo que ele não estivesse prestando a menor atenção em mim.Mas foi só chegar a porta para minh