Todos os capítulos do Hotel Califórnia: Prazer garantido ou seu dinheiro de volta: Capítulo 11 - Capítulo 20
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Bordel Califórnia
Tínhamos o costume de tomar o café da manhã em torno das 15 horas, todos os dias. Minha mãe exigia que todas as meninas dormissem no mínimo oito horas. Antes que começasse a confusão e gritaria dos momentos de refeições, eu e Cristiano fomos falar com nossas mães. Não podíamos mais esperar para contar-lhes sobre nosso envolvimento. Ele tentou pegar minha mão quando entramos no quarto delas, mas afastei-me, impedindo o toque. Não queria chegar daquela forma contando a notícia. Corinne estendia os lençóis enquanto minha mãe organizava as roupas jogadas no chão, dobrando algumas e outras jogando num canto para lavar. Fui até minha linda mãe e lhe dei um beijo. Antes que me afastasse, ela me grudou com força, abraçando-me. Olhei para Cristiano, que ajudava Corinne na arrumação da cama. — O que fez na sua noite de folga? — Candy me questionou. Eu? Perdi minha virgindade, mamãe! Foi horrível, mas não sou mais uma mulher de 21 anos que nunca
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Bordel Califórnia (II)
— Cristiano é filho da minha companheira. E vocês estão se “pegando” pelas nossas costas há três anos. TRÊS anos — enfatizou o tempo, decepcionada. — Enfim... Já fiz e não há como voltar atrás. Me desculpe. — Sabe o que eu acho? — Que eu deveria ter contado? — revirei os olhos. — Detesto quando você revira os olhos para mim. Ri: — Eu sei... Por isso mesmo revirei. Ela não resistiu e começou a rir também: — Quando faz isso, parece seu pai. Minha mãe ajeitou uma mecha dos meus cabelos que caía sobre o olho. Sempre que o mencionava, eu via a tristeza em seus olhos. — Difícil um homem revirar os olhos. — Mas ele fazia isso, acredite. Toquei o rosto dela, liso e bem cuidado: — Não quero que fique chateada comigo, mamãe. — Liah, eu gosto muito de Cristiano. E não seria clichê dizer que como um filho. — Eu sei. — Mas ele não é homem para você. Suspirei, le
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Hotel Califórnia
Enquanto as meninas se preparavam para o início do trabalho, Paty reclamou:— Estas roupas estão cada vez piores.Olhei o traje branco, já mais para bege, de tão usado e o tecido que já não voltava à cor original.Ela vestiu o bustiê branco de lantejoulas e a saia da mesma cor, em corino. Imaginei que a bota de cano longo faria parte do look. Deus, o criador da moda devia estar se revirando no túmulo.Fui até uma das araras e encontrei um casaco em tule fino. Peguei meus materiais de costura e rapidamente procurei por plumas de cor branca. Alinhavei-as nos punhos e entreguei a peça para a mulher:— Ponha por cima do bustiê, fechado.— Fechado? — ela arqueou a sobrancelha, olhando para o casaco que entreguei, feito às pressas.— Pensa pelo lado que tem mais peças para tirar enquanto dança. Quem sabe chama
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Hotel Califórnia (II)
Paty considerava o que fazia um trabalho e levava muito à sério. Também era bem requisitada, por ser falante e despachada. O que ninguém sabia é que o sonho da morena de cabelos cacheados e olhos claros era ser atriz ou cantora. Por este motivo, ela sempre focava em clientes em potencial, que pudessem realizar seus sonhos.Diany era um caso especial. A morena de olhos escuros e cabelos castanhos, dona de um corpo maravilhoso e um sorriso encantador, era dependente química. Minha mãe era muito afeiçoada a mulher e por este motivo não a mandava embora. Também tinha o fato de ela ter uma boa clientela fixa, geralmente bons consumidores dentro do Bordel também. Não sabíamos muito sobre o passado dela.Ketlin, além de trabalhar bem, era minha melhor amiga. Tínhamos a mesma idade e gostávamos de nos divertir juntas nos poucos momentos que conseguíamos, quand
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Cris e Liah
— Como assim o que eu estou fazendo aqui? Agora somos namorados. É oficial. Inclusive já falei com a sua mãe.Comecei a rir:— Quase teve que confessar suas verdadeiras intenções com a filha dela.— Bem isso... — ele me apertou contra seu corpo.— Dona Candy Smith ficou puta comigo — avisei.— O que vocês falaram depois que eu e mamãe saímos?— Ela ficou furiosa por esta mentira ter se arrastando há tantos anos e eu não ter falada nada... E fiquei envergonhada por ter agido desta forma.— Não fique assim, meu amor. Nós não fizemos nada errado. Esconder não foi intencional.— Claro que foi, Cris. Eu sempre tive uma boa relação com a minha mãe. Deveria ter contado... Por mais que ela não fosse favorável, tinha o direito de saber.— Não vamos nos preocupar com isso agora, minha flor — a mão dele que estava a me abraçar foi descendo pelo meu quadril pretensiosamente.Suspirei, indecisa sobre continuar aquilo.— Tudo bem? Algum problema, flor?— Não, my baby.— Não sou seu bebê, Liah.— Ne
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Cris e Liah (II)
Ouvi o som da porta fechando. Levantei com dificuldade, sentindo ainda muita dor. Fui até o interruptor e liguei a luz. Toquei minha intimidade e percebi sangue na mão. Levantei a coberta e constatei o líquido vermelho sobre o lençol branco. Certamente o hímen havia se rompido agora e não na primeira vez.Fui até o banheiro e regulei a água do chuveiro para morna. Detestava chorar e quando o fazia, procurava o banho, para que eu mesma não percebesse a fraqueza tomando conta de mim. Ainda escorria um pouco de sangue junto da água, manchando levemente o piso branco.Não era culpa de Cristiano. Será que era minha? O que, afinal, estava errado entre nós dois?Procurar minha avó e ouvir o velho “eu te avisei” em nada resolveria a situação. Mamãe falaria o mesmo: “nunca achei que ele fosse para você”, que foi o que ela fez questão de dizer. Ketlin viria com lição de moral e tentaria me ensinar, mas não me deixaria desistir. E só de pensar em fazer sexo com Cris uma terceira vez chegava a me
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Ranço
Procurei por Rosela no quarto, mas ela não estava. O enfermeiro me avisou que minha avó estava no jardim. Quando cheguei lá, a mulher estava rodeada por outras senhorinhas, sob o sol, sentadas em confortáveis cadeiras. Percebi as gargalhadas de longe e cruzei os braços, ouvindo a ex prostituta contar uma de suas inúmeras histórias. Sorri, orgulhosa de vir daquela família, descender de uma mulher tão forte e especial.— Minha neta querida... Aproxime-se destas velhas depravadas.Me dirigi ao círculo, dando um beijo no rosto dela, enquanto a observava rir alegremente.— Amo suas histórias — confessei.— Eu sei disto. Mas agora não é hora de contar mais histórias. Na verdade, estávamos organizando a festa de aniversário do lar... E acabei contando uma pontinha do que já me aconteceu nesta vida.— Quando sua avó morrer, as pernas dela finalmente se encontrarão — uma das idosas falou debochadamente.— Pode apostar que sim — confirmei. — Que festa de aniversário? Eu nem sabia nada sobre iss
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Ranço (II)
Olhei para os lados e percebi que Ketlin e minha mãe haviam saído dali. Mas Candy me observava atentamente, mesmo de longe.— Daqui alguns dias estarei casada com você sem ser avisada também? Saiba que noivado e casamento não é algo do tipo que se possa ser feito como surpresa.Deu meia-noite e as cortinas levantaram, revelando as meninas que se apresentariam naquela noite, enquanto as demais entraram no grande salão, vestidas de forma sexy.— Eu não quero isso para você — ele disse, observando as meninas iniciando a dança do strip-tease.— Você não tem que decidir nada por mim. Minha vida, minhas decisões. E se eu decidir tirar a roupa no palco, você não tem nada a ver com isso.— Sou seu namorado.— Não meu dono — saí, sem olhar para trás.O movimento não estava dos melhores naquela noite, o que deixava o trabalho menos cansativo. Eu fazia o pedido das bebidas nas mesas e os levava depois. Havia quem preferia ir diretamente ao bar e beber lá mesmo.Nunca houve uma noite em que eu nã
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Leia minha mão
— Oi... Vim cobrar minha maçã — brinquei.— Liah! O movimento está bom por aqui. Mas não imaginei ler a sua mão.— Eu quero ler a minha — Ketlin sentou-se na cadeira antes de mim, pondo a palma da mão sobre a pequena mesa de vidro.Irma, do outro lado, pegou a mão da minha amiga e disse:— Você tem uma mão pequena... Significa que é bastante atenta e observadora.— Realmente sou.— Uma mulher prática e pouco racional. Romântica e muito dedicada ao relacionamento.— Não tenho um relacionamento.— Mas vai ter... Irá se apaixonar. Mas não vai ser fácil conseguir a felicidade junto dele. Você é muito flexível e isso a deixa constantemente indecisa. É uma pessoal saudável e terá vida longa. É comunicativa... E otimista.Irma olhou para Ketlin:— Está pronta.— Mas eu quero saber mais.— Não há mais... Eu vejo as linhas.— Posso fazer perguntas?— Não sou vidente, leio as linhas da palma da mão.Ketlin levantou não muito satisfeita. Parecia querer descobrir todo seu futuro naquele momento.
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Leia minha mão (II)
— Eles vão ficar ouvindo? Isso é de praxe? — ele olhou para Ketlin e o homem que entrara junto dele.— Bem... Eu já encerrei a leitura da sua, senhorita — olhei para Ketlin. — Você pode ficar do lado de fora e aguardar, por favor? — agora pedi ao amigo dele ou seja lá quem fosse que entrou junto.Os dois saíram e ficamos eu e o homem, olho no olho. Abaixei meu rosto e observei o relógio caríssimo que ele trazia no braço. O cheiro de perfume era bom e sobressaiu-se ao incenso.— Você é muito criativo e concentrado — toquei numa linha qualquer da mão dele, sem imaginar qual fosse de verdade.— Hum, me conhece de onde?— Você deve saber que não nos conhecemos. Acabo de encontrá-lo. Ou seja, sou boa nisto — gabei-me.— Você é relativamente jovem para ler mãos.— Imaginou que encontraria uma velhinha na tenda?— Confesso que sim.Lembrei de Irma e imaginei que logo ela voltaria do banheiro. Tentei ser mais rápida:— Sua linha do coração se une a da cabeça. Isso significa que você é muito i
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