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Todos os capítulos do Noites Quentes De Verão: Capítulo 1 - Capítulo 10
44 chapters
A notícia
Acordei com o som do despertador, senti minha cabeça girar devido à ressaca infernal.Às vezes ainda me pergunto qual o objetivo disso tudo, dessas festas, desse jogo de palavras e tentativas de agradar desconhecidos.Levanto-me rapidamente e sinto a pressão abaixar, minha mão vai até a testa em uma tentativa falha de parar minha tontura.Caminhando lentamente até o banheiro, sinto o peso em meus músculos devido às horas de dança alcoolizada.— Você precisa dar um jeito na sua vida. – Digo olhando para meu reflexo no grande espelho do banheiro.Apoio minhas mãos na pia e o gelo do mármore faz meus pelos se arrepiarem, analiso meu rosto encontrando maquiagem borrada e olheiras em meus olhos azuis. Desfaço a trança do meu cabelo loiro claro e entro no box em seguida.— Anna? Onde você está? – Sua voz soa confusa.Coloco a cabeça para fora do box e chamo alto o suficiente para que ela me ouvisse. Escuto o som do seu salto batendo em meu piso.— Você entra na casa alheia com frequência? –
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Um encontro desagradável
Minha mente vagueia até memórias do meu último relacionamento amoroso, e isso me faz beber a vodka em um gole. Prefiro a ardência do álcool do que as memórias de uma traição traumática.Parece que todos os meus relacionamentos terminam de forma traumática, é como uma sina. Diego, Peter, Ian, Otto... Todos eles partiram meu coração.A cada copo de álcool que eu ingiro, mais eu penso em como a vida pode ser uma droga às vezes, na verdade, quase sempre. Parece uma piada sem graça de um ser superior que apenas me criou para ver a desgraça e se divertir às minhas custas.Me viro em direção ao bar e sinto alguém sentar ao meu lado.— Well, well, olha quem temos aqui. – A voz rouca soa debochada.Sinto um calafrio na espinha ao ouvir o sotaque norte-americano tão conhecido por mim. Olho para o meu lado direito e vejo Otto usando um terno preto. Suas tatuagens no pescoço estavam parcialmente cobertas pelo tecido do terno, sua pele morena fazia contraste com seus olhos castanhos claros e seu ca
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Um homem misterioso
Saio do banheiro sentindo a determinação que estava adormecida em mim, talvez devido à quantidade absurda de álcool que consumi durante a noite.Um garçom passa por mim, pego uma taça de champanhe e caminho em direção à varanda do salão.Suspiro antes de tomar um gole da bebida, olho para a paisagem da praia e escuto o som das ondas.Minha mente vagueia em pensamentos melancólicos e depressivos. A lua refletindo no mar me traz um pouco de paz em meio ao caos que toma conta da minha mente.Sinto alguém se aproximar, olho para o lado e vejo um homem alto usando um terno azul escuro. Seus olhos pretos estão fixos no mar, e em sua mão há um copo de uísque.— É uma bela vista, não acha? – Sua voz rouca preenche o espaço.— Sempre gostei de praias, especialmente em noites de lua cheia. – Sorrio timidamente. – Acho que quem construiu este restaurante escolheu o local perfeito.O homem me observa por alguns segundos, seu cabelo preto é agitado pela brisa, e ele passa a mão pelos fios lisos, o
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Estados Unidos, aí vou eu.
As semanas se passaram e, em meio a várias sessões de fotos e trabalhos avulsos, consegui tirar minhas tão sonhadas férias de verão.Arrumava minhas malas com a ajuda de Sophia; eu iria passar as férias com a vovó em seu rancho no sul dos Estados Unidos.Confesso que a ansiedade me matava. Sentia medo de perder a minha querida avó para o câncer e ansiedade em vê-la novamente depois de 5 anos.Será que ela havia mudado muito? Como estariam as pessoas na cidade? E meus amigos de infância, eles me reconheceriam?Certo, muita coisa da qual estava pensando se tratava apenas de paranoia. Foram apenas cinco anos, não é muito tempo para que as coisas mudem, ainda mais em uma cidade no interior.Ao avisar à vovó que eu passaria minhas férias com ela, consegui sentir sua animação através da ligação. Ela finalmente estava mais receptiva a visitas; acho que o tempo realmente é o melhor remédio.Arrumando as malas, ainda rondavam em minha cabeça muitos medos e incertezas. Eu realmente precisava des
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Reencontrando a família
Acordei com a aeromoça avisando que íamos pousar, prendo o cinto e encosto a cabeça no assento. Foi uma viagem longa e cansativa, mas estava morrendo de saudades da minha família, da minha terra natal, o rancho onde eu cresci.Quando pousamos, foi tranquilo achar minhas malas, acho que pela primeira vez em uma viagem, o destino conspirava a meu favor.Olho ao redor e vejo um rosto conhecido, meu querido primo Ross.O abraço fortemente e escuto sua voz grossa reclamar, dou uma risada e um beijo em sua bochecha repleta de sardas. Seus olhos azuis brilhavam devido à emoção de um reencontro após longos cinco anos longe. Seu cabelo loiro em estilo militar me faz lembrar de quando ele se alistou e a notícia quase matou o tio Daniel, ele temia que seu garotinho se machucasse. Ross era um garoto magricela que evitava brigas a qualquer custo, mas esse homem forte e alto em minha frente era totalmente diferente do meu frágil primo.— Vejo que meu soldado preferido anda malhando bastante! – Falo
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Rancho Harry's Taylor
As pessoas somem durante o caminho, dando lugar a uma estrada vazia. Ao decorrer do caminho, o asfalto acaba dando lugar a uma estrada de terra, a luz da estrada é coberta pela copa das árvores, deixando o chão sempre com poças de lama.Enormes grades de ferro e um grande portão preto são vistos de longe. Ao se aproximar, os enormes portões de ferro se abrem e o carro passa rapidamente por eles.Demoramos alguns minutinhos até chegarmos à enorme mansão branca estilo vitoriana.Saio do carro rapidamente assim que ele para. Antes que eu tocasse a campainha, a porta é aberta por Rick, irmão mais novo de Ross.Seus olhos se arregalam, e seus lábios formam um sorriso, mostrando seu piercing no septo. Seus braços tatuados me envolvem em um abraço forte, me fazendo gemer de dor.— Priminha, que saudade de você! – Ele grita animado e enche meu rosto de beijos, me provocando risadas.Seu sorriso murcha, e ele resmunga algo incompreensível.— Infelizmente estou de saída, tenho algumas coisas par
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Pesadelo
Assusto-me ao perceber que a porta estava destrancada. Empurro-a e encontro a casa completamente em silêncio.— Otto? Amor, eu cheguei. – Falo com um sorriso no rosto.Provavelmente ele deveria estar no computador editando algum de seus trabalhos ou jogando algum de seus jogos online favoritos.Em minha mão estava uma caixa com seu presente de namoro: uma nova câmera fotográfica profissional customizada da sua marca favorita.Deixo a caixa na mesa de centro ao perceber a luz do corredor acesa. Ando até a cozinha, pego duas taças e vou até a pequena adega na cozinha em busca do vinho que compramos em nossa viagem à Itália. Era seu vinho favorito, e ele prometeu guardá-lo para nosso aniversário. A confusão se instala em mim ao perceber que a garrafa não estava na adega.— Eu poderia jurar... – Escuto a risada de Otto e sua voz abafada, o que impossibilita entender sua fala.Devolvo as taças ao armário, e o sentimento de confusão invade meu corpo ao ver uma bolsa Prada na bancada da cozin
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Atração pelo desconhecido
Sinto a brisa fresca enquanto sento em uma rocha, observando a luz da lua iluminar a água. A brisa fria b**e em meu rosto, e um sorriso brota em meus lábios. Fecho os olhos e suspiro, sentindo o vento balançar meu cabelo.— É uma coincidência encontrá-la novamente. – Uma voz grave sussurra em meu ouvido.Meu grito de susto faz minha cabeça latejar. Olho para cima e vejo um sorriso brincalhão. Espera, eu conheço esse homem!— Como você chega até alguém no meio da noite desse jeito? Eu poderia cair dessa rocha, sabia? – Falo com indignação.O homem se senta ao meu lado e ri brincalhão. Seus olhos escuros se fixam no horizonte e nos primeiros raios de sol. A luz ilumina seu rosto, revelando cada detalhe, como se fosse esculpido pelo melhor dos artistas. Seus olhos encontram os meus, e ele sorri, um sorriso genuíno.— Me desculpa, não tive a intenção de te assustar. Eu corro por essa trilha todos os dias... Confesso que não imaginei encontrar você aqui. Está me seguindo? – Sua voz rouca so
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O grego
O gosto de canela em sua boca era viciante, seu cheiro era inebriante, fazendo-me querer cada vez mais dele.Minha razão volta a controlar meu cérebro. Me afasto de seu corpo e vejo o seu olhar confuso.— Bem, peço desculpas… acho que foi o calor da emoção. – Digo envergonhada.Ele dá de ombros e, por algum motivo, sua atitude me deixa incomodada. Sua mão tatuada passa em seu cabelo, algo que reparei que ele fazia quando estava nervoso ou desconfortável.— Você e sua mania de me agarrar em momentos inapropriados. – Sua voz rouca diz sarcástica.O encarei confusa e ofendida; isso o fez revirar os olhos e rir sarcástico.— Vai dizer que esquece de todos os homens que você ataca em festas? – Sua voz é sarcástica e provocativa.Seu comentário faz com que meus olhos se arregalem e minhas bochechas corarem.Um flashback de minha desastrosa noite no restaurante grego vem à minha mente. Estava tão escuro que mal pude perceber seu rosto, os detalhes, suas tatuagens.Droga, mil vezes droga! De t
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Discussão
— Estava... aceitável. – Falo após limpar meus lábios com o guardanapo.Ele revira os olhos escuros e suspira.— Sempre arrogante, não é? Sua sorte é que você é muito... – Ele corta a frase e vira de costas rapidamente.Pego o prato e vou em direção à pia para lavar o mesmo.— Pode deixar isso comigo, tampinha. – Dessa vez, sua voz soou carinhosa e não provocativa ao falar o apelido que ele havia me dado.Encaro suas costas, agora eram largas, malhadas. Seu corpo havia mudado, era forte, cheio de tatuagens... ficava me perguntando quanto tempo ele gastou na academia para chegar nesse físico perfeito.— Eu sinto seus olhos me encarando, sabia? – Seu tom é sarcástico. Ele ri e se vira em minha direção.— Então, você sabia quem eu era na festa? – Pergunto envergonhada.Ícaro balança a cabeça confirmando e isso faz minhas bochechas corarem e meus olhos se arregalarem. E se ele achar que eu realmente faço isso com frequência? Pior, se ele contou a alguém?— Eu... eu quero que você saiba que
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