Theo foi melhor do que previ, evitando minha mãe a todo custo, durante o feriado. E ela não perdeu uma única oportunidade de me provocar, dando em cima dele, como se não fosse nada demais. Mas pela primeira vez em anos, não senti a necessidade de discutir com ela, deixei o Theo resolver isso. Afinal, ele já é adulto e sabe bem se defender sozinho. E em todas as vezes ele saiu da situação muito bem. Não o vi abalando com isso, uma única vez. — Obrigada. — falei. Estamos em sua caminhonete, parados no estacionamento da faculdade. O dia está nublado, ameaçando chover bem forte, as nuvens estão carregadas e parece ser 17h e não 07h. — Pelo o que? — ele pergunta, sem entender. — Por aguentar toda essa dor de cabeça nesses dias. — respiro fundo, olhando para o céu. — Se fosse outra pessoa, tenho certeza que teria desistido de tudo isso. — minha voz sai baixa, deixando a insegurança que senti por todos esses dias em evidência. — Eu não sou qualquer pessoa, Cecília. — a voz dele
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