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Todos os capítulos do O filho secreto do CEO: Capítulo 11 - Capítulo 20
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Pedido
O restante da noite foi exaustivo. Apesar de só ter que sorrir, cumprimentar e interagir, não conseguia prestar atenção no que lhe diziam. Ser namorada de um artista não a tornara expert no assunto, mas as pessoas achavam que era obrigada a ouvir sobre traços, texturas, luminosidade com a mesma capacidade de compreensão de Lucas. Fingir admirar o conhecimento delas não estava fácil.Quando Marcos e Alex apareceram, Ana acabou em uma discussão acalorada com o namorado e Penélope não hesitou em largar uma senhora, admiradora de Lucas, falando sozinha para ajudá-la. Robson também foi apartar o casal, conduzindo-os para fora da galeria. Ana estava tão irritada que aceitou a carona oferecida pelo Gomes, e Penélope aproveitou para ir junto.— Amor, ainda tenho algumas coisas a resolver.— Pode ficar.— Queria levá-la para a minha casa depois da exposição. Faz dias que não ficamos sozinhos — Lucas reclamou envolvendo-a em um abraço, que só piorara o humor da Teixeira por atrasar sua partida.
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Deserdo
Penélope viu o momento exato em que a surpresa deu lugar à indignação, instantes antes de Diego lançar um olhar feroz em sua direção. De queixo erguido, Penélope cruzou os braços e sustentou o olhar. Nunca mais abaixaria a cabeça sendo inocente.O choque atravessou o corpo de Diego e o olhar incrédulo, movendo-se do pai para Penélope, gradativamente tornou-se opaco de raiva e ressentimento.— A proximidade da morte o deixou louco? — proferiu entredentes, encarando o pai com fúria. — É a ideia mais estúpida que ouvi. Nunca casarei com uma Teixeira.Tensa e cansada de ser tratada como um objeto sem vontades pelos dois homens, Penélope moveu-se para a porta.— Concordo com seu filho. Devo colocar-me em meu devido lugar, que não é como esposa de um Freitas. — Agarrando a maçaneta com raiva completou com a voz fragilizada: — Mereço alguém melhor.Sem se despedi saiu. Precisava se distanciar deles e da mágoa que a declaração de Diego despertava.A atitude e o princípio de choro, nos olhos e
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Cafeteria
Com a atenção fixa nas três amigas, Enrique atravessou a cafeteria Dulce, batizada assim por causa do nome da proprietária, mãe de Jéssica, sem olhar para as outras pessoas presentes.— Bom dia, Jessy!Alheio a reação que causava na jovem, Enrique a estreitou em um abraço empolgado, antes de se voltar para as demais com um largo sorriso, cumprimentando Ana e Penélope da mesma forma empolgada.Como cliente assíduo, Enrique acostumara-se a ver as três conversando e com o tempo tornou-se parte do grupo. Gostava das três, embora seus sentimentos para com Jéssica estivessem longe de ser só de amizade.— Ouvi que o Diego chegou ontem — disse Enrique ocupando sem cerimônia a cadeira vazia na mesa ainda ocupada por Ana e Penélope.— Chegou...Enrique a observou com interesse, mas não disse nada por perceber a palidez da amiga. Imaginava que o reencontro não foi agradável.Penélope lançou um olhar apressado para o relógio na parede da cafeteria.— Tenho que ir trabalhar. — Levantou, agarrando
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Não é esquisito?
Diferente dos Freitas, os Mendez tinham construído a moradia na cidade, em uma parte com subida, de forma que se destacava das construções ao redor. O fato era que, enquanto Roberto prezava a privacidade, impondo distância dos populares; Leonardo Mendez, pai de Enrique, preferia se misturar à população de Cezário. Tal atitude lhe garantiu o posto de prefeito da pequena cidade.As diferenças entre os sócios também era perceptível em seus gostos. Apesar de a casa ser tão grande quanto as dos Freitas, o lar dos Mendez não era opulenta por dentro e nem fria, constatou Diego ao pisar novamente na casa do amigo.Antes de o pai manda-lo estudar fora do país, Diego passava mais tempo na casa do amigo, do que na própria, por causa daquela sensação de aconchego. Mostrando que nada mudara no lar dos Mendez, Erika, mãe de Enrique, recepcionou ambos com abraços apertados e lanches antes de deixa-los sozinhos na sala de estar.Aproveitando o lanche, mesmo após ter tomado um café da manhã fortificad
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Namorado?!
O dia de Penélope foi agitado. Reuniu-se com o encarregado das máquinas; passou horas acalmando um cliente irado com o atraso de uma entrega; e destrinchou uma pilha de documentos. Foi com alívio que encerrou o trabalho para buscar Samuel na escola.De mãos dadas com Samuel, caminhando em direção à mansão, ouvia distraída o irmão narrar tudo o que aconteceu no dia dele, enquanto imaginava quanto tempo mais teria a frente da fábrica. Agora que Diego retornara a cidade, e até visitara a fábrica, era óbvio que em breve a dispensaria. Era hora de procurar um novo emprego e uma casa. Ficar na mesma que Diego não era uma opção.Olhou para Samuel, que continuava tagarelando, e imaginou como prepará-lo para a mudança de casa e de estilo de vida. Não havia maneira de manter o padrão da mansão Freitas quando fossem somente os dois... Somente os três. Sorriu ao se corrigir.— O vovô vai ficar feliz com as minhas notas. Vamos assistir vingadores para comemorar.Os filmes de super-heróis era a pai
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Talvez...
O coração de Penélope disparou ao ouvir o apelido na mesma entonação doce que ele utilizava quando estavam juntos. As íris cor de avelã se fixaram nas pre.tas vendo, pela primeira vez desde seu retorno, o seu Diego. Algo se remexeu em seu âmago e Penélope sentiu os olhos umedecerem sem motivo.— Vamos, Penélope! — Lucas a chamou, puxando-a para a realidade.Penélope hesitou entre ficar ou sair, entre Diego e Lucas, seu passado e seu presente. Inspirou fundo e tomou a decisão correta para seu futuro.~*~Empurrando a comida para o canto do prato, Penélope forçava-se a apreciar o jantar com o namorado, porém, enquanto seu corpo estava no elegante restaurante, seus pensamentos estavam em Diego, relembrando a decepção dele quando se negou a conversar. O instinto de proteção, adquirido duramente após anos de rejeição e desconfiança, era maior que a curiosidade.Pousou o garfo e a faca, a ironia da situação acabando de vez com sua fome. Anos atrás ela pedira para conversarem e ele não quise
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Já foi sua
Sozinho após a partida de Enrique, Diego pegou uma garrafa de conhaque no barzinho e subiu as escadas, no entanto, no lugar de ir para seu quarto, foi na direção contrária. Andou devagar até o dormitório que o falecido irmão dividia com a esposa.Ao entrar surpreende-se ao encontra-lo do mesmo jeito de anos atrás. Móveis e jogo de cama perfeitamente limpos e arrumados, como se o cômodo não estivesse abandonado e a qualquer instante Luiz e a mulher fossem ocupa-lo.Viu um retrato de sua família sobre a estante e o pegou. Sentou no chão, ao pé da cama, destampou a garrafa e bebeu direto do gargalo. Com a garganta ardendo observou a fotografia. Seus pais lado a lado, ele e Luiz em cada ponta. A família que os Teixeira destruiu.Seu olhar recaiu sobre a imagem séria de Luiz, a saudade abatendo-o e o fazendo dar outro longo gole. Se Luiz estivesse vivo o ajudaria a expulsar os Teixeira e acabar com a ideia de casamento.Casar com Penélope...Seu pai estava maluco, só isso explicava o pedid
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Pensar?!
— Eu... Muito diferente do que Diego imaginou, Penélope ficou pálida e com os olhos arregalados. Tranquilizou-se ao supor ser a surpresa. — Diga sim e me faça o homem mais feliz do mundo. — Sorriu sedutor. — Sou um grande partido. — Eu... preciso pensar... — Pensar?! Em sua confusão Diego afrouxou o abraço e Penélope fugiu de seus braços. — Também te amo Diego. Muito. Mas tudo está rápido demais. Preciso de um tempo — justificou apressadamente vestindo o short que resgatou de perto do guarda-roupa. — Podemos esperar que se forme antes de casarmos — ofereceu, acreditando que o empecilho fosse o curso da namorada. — Podemos falar disso depois? — pediu sem olha-lo. Ela se concentrou em se arrumar, ignorando o silêncio pesado envolvendo ambos. ~*~ Horas depois de deixar a namorada na frente da pensão decadente que Penélope preferia em vez de seu loft, Diego remoía o ocorrido. Sua concentração era nula e remexia-se na cadeira, aborrecido tanto com o atraso de seu pai quanto pela
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Vai mesmo?
A lembrança da última vez que falou com o irmão fez Diego tomar um novo gole. Luiz tentou alerta-lo, mas ele - cego de amor - ignorou. Se soubesse o que aconteceria com o irmão, teria acreditado nele e o procurado após a reunião daquele dia em vez de esperar que Luiz o procurasse. Teria ido à fábrica confrontar Paloma e Penélope. Mas, imbecil que foi, planejou casar com a jovem de sorriso inocente, só para dias depois ver seu castelo de fantasias ruir. Sempre lamentaria que, enquanto fazia papel de bobo apaixonado, Penélope e sua mãe tramavam contra sua família. Jogou a garrafa longe, amaldiçoando o dia em que conheceu Penélope e prometendo transformar a vida dela em um inferno. Observando os cacos de vidro no chão e o líquido que restava na garrafa escorrer pela parede, ergueu-se apoiando as mãos no colchão. Bambeou para fora e caminhou para o próprio quarto. No meio do caminho viu Penélope sair do quarto de Samuel. A raiva, aliada ao álcool, o fez segui-la e entrar no aposento del
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O combinado
Trancada em seu quarto, Penélope afundou o rosto no travesseiro e gritou de frustração e medo. Uma combinação perigosa que a deixava a beira das lágrimas.Passou a pior noite de sua vida, revivendo o beijo de Diego, pensando no que deveria ter feito e não fez, nas palavras que não disse. Pouco antes de o sono vencê-la, concluiu que a recaída foi culpa da decepção com Lucas. Prometeu ser forte e evitar velhos sentimentos, no entanto, assim que o despertador do celular a acordou, as lembranças do dia anterior voltaram a atingi-la.Sua angústia não era por causa da briga com Lucas e nem por causa do beijo, embora deveria ser. Era antiga e profunda. Anos atrás tinha uma vida tranquila e repleta de sonhos apaixonados. Perdeu tudo em questão de meses. Primeiro o grande amor de sua vida, o homem que a pediu em casamento, virou as costas as suas súplicas. Depois abandonou a estabilidade do lar ao fugir com a mãe para outra cidade, e a viu definhar por amor e morrer. Por fim, desiludida e com
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