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Todos os capítulos do O Chef - Livro 1: Capítulo 31 - Capítulo 40
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Agnes — Estou sonolenta, acho que preciso dormir um pouco — digo quando terminamos de tirar a mesa e deixamos a cozinha arrumada. São duas e meia da tarde e o sol está tinindo lá fora. — Venha, vou te levar ao seu quarto — diz segurando a minha mão e me levando para um corredor largo. — Meu quarto? Quer dizer que ficarei sozinha nesse lugar desconhecido? — pergunto sugestivamente. Ele enlaça a minha cintura e me puxa para si, ganho um beijo cálido e rápido. — Eu não sabia se ia querer dividir um quarto comigo, então… — Eu quero! — O corto. Ele sorri. — Ainda bem! — Me puxa para um beijo mais audacioso. Minhas mãos alcançam a sua nuca, acaricio os cabelos cheios e atados a uma liga, e eu solto um gemido apreciativo no meio ao beijo. Entramos no quarto assim, atracados um no outro, totalmente entregues e não deu outra. Fizemos um sexo gostoso antes do merecido descanso. *** O sítio, como o Adonis disse, é enorme e a cada passo que damos, é praticamente impossível não se deslumbra
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Adonis Suspiro baixinho quando sinto o seu corpo quente colado ao meu. A nossa frente, o fogo crepitando na lareira, nos aquece, enquanto os grilos cantarolam lá fora. Ao nosso lado há uma garrafa de Bourbon vazia e duas taças pela metade. Agnes geme baixinho em minha boca, enquanto a minha língua invade a sua boca, duelando com a sua língua. Quatro dias e depois, o que farei? É impossível não pensar nisso. É tão injusto não poder parar o tempo e manter o que temos aqui. Por que ela precisa pôr esse limite entre nós? Agnes se mexe debaixo de mim, um movimento que faz o meu corpo deitar sobre os almofadões largados sobre o tapete macio. Ela monta sobre o meu corpo e eu admiro o corpo completamente nu, banhado pela luz amarelada da lareira que está a nossa frente. Ela se inclina e volta a me beijar. Os cabelos compridos caem em cascata a minha frente. Eu os seguro firme, na proporção certa e aprofundo o nosso beijo. Um gemido alto e apreciativo escapa da minha boca, quando ela se me
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Passos rápidos e largos… Lithe My Fuse soa nos fones de ouvidos na voz de Bastien Slice, enquanto corro pela longa estrada de barro. Definitivamente essa história de me envolver com a minha chefe com prazo de validade está me tirando o sono. Enquanto corro, consigo ver as cenas de nós dois juntos, em cada canto daquela velha casa e em cada pedaço desse sítio. Nós dois fazendo sexo debaixo da pequena cachoeira. Nós dois, será que um dia existirá isso? Sinto os meus pulmões protestarem e as pernas fazem o mesmo logo em seguida. Paro a corrida e ofegante inclino o meu corpo, levando as mãos aos meus joelhos e puxo o fôlego e quando ergo a cabeça percebo que estou longe demais da casa. Merda! Preciso voltar. Enquanto caminho de volta, penso que tenho pouco tempo para conquistá-la e que terei que fazer o meu melhor para ela começar a me ver com outros olhos. Mas, o quê? — Bom dia, patrão! — Pedro diz assim que passo pelo portão. — Deu formiga na cama hoje? — pergunta com o seu sotaque int
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Agnes Ai Deus, se isso for um sonho, não quero acordar nunca mais. Nunca fui tão paparicada assim na vida. Os beijos que ele insiste em dar a todo momento, as carícias que acompanham os beijos, acordar e dormir assim. Adonis é um homem maravilhoso, é encantador e apaixonante. Apaixonante não pode. Não posso me apaixonar outra vez, já me deixei levar duas vezes pelo amor e só deu em merda. Bufo internamente. Estou trancada no banheiro a quase vinte minutos. O chuveiro está derramando água e eu se quer entrei debaixo dele. Estou remoendo essa situação a algum tempo. O que era para ser um caso de uma noite só, e agora, já estamos no terceiro dia e pior parte? Estou amando tudo isso. Melhor tomar banho logo, ou pensará que aconteceu algo. Não dá para fechar os olhos. Quando os fechos, sinto logo o seu toque na minha pele. Isso é normal? Não era assim com o Adam. Não era assim com o Jonas, o garoto do colegial. Estou ficando maluca? Será que foi pelo tempo que fiquei sem transar? Não
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Agnes — Quer uma bebida? — pergunta quando nos afastamos um pouco e ficamos no cantinho perto da cerca.— Quero — digo admirando a lua amarela no céu escuro e sem estrelas.— Eu volto logo — avisa me dando um beijo rápido na boca. Suspiro. Acredito que poderia me acostumar com a vida do campo. Ela é simples, tranquila e sem toda aquela agitação da cidade. Penso sonhadora.— Ele é uma pessoa especial. — Uma voz feminina soa atrás de mim, me fazendo virar para encontrar Tina, a garota de conheci a poucas horas. Ela caminha e para bem ao meu lado, se encostando na certa, contudo de frente para as pessoas animadas da festa. Eu me viro, ficando na mesma posição e noto que ela está olhando o Adonis perto do barril, conversando com alguns amigos.— Sim, ele é — digo olhando na mesma direção. Ela tira os olhos de cima dele e me encara com um semblante sério.— Escuta só, eu só pedirei uma vez. Não machuca ele. — O tom sério e ameaçador me faz olhar nos olhos da garota atrevida.— Escuta aqui
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Adonis Uma fornada de pão fresco, uma salada de frutas, queijo caseiro, bolo de cenoura e um delicioso, e fumegante café preto. Está tudo pronto. Estou ansioso demais. Hoje é o nosso último dia aqui no sítio, logo mais no final da tarde, voltaremos a nossa realidade. Eu investi muito nesses dias e espero realmente que a Agnes tenha percebido isso. Ontem ela estava especialmente calada, se entregou em todos os nossos momentos e no final de tudo, o silêncio se apossou do quarto e se instalou entre nós. Senti-me incomodado, mas também permaneci calado, porque precisava apenas senti-la junto a mim. O cheiro do pão se espalha pela cozinha, me despertando dos meus devaneios. Eu pego a pá de madeira e o enfio no forno a lenha, puxando a bandeja com cinco pães dentro dela. Verifico a massa e sorrio, os levando para o balcão.— Você não dorme nunca? — Ela diz atrás de mim. O som da sua voz faz uma bagunça enorme dentro de mim. Eu me viro para olhá-la e mais uma vez sou assaltado. Agnes es
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Adonis — Nada — digo e volto a beijá-la. Minhas mãos ávidas passeiam por debaixo do vestido, sentindo a pele macia, apalpando. Estou fervendo por dentro, louco para tê-la em mim mais uma vez. Então volto a me afastar e começo a tirar as minhas roupas e ela tira as dela. Levo a minha mão ao seu tronco, fazendo-a deitar-se no piso de madeira outra vez e pego o pacotinho no bolso traseiro da calça, elevando as suas pernas aos meus ombros em seguida, ponho a camisinha e olhando em seus olhos, a penetro bem devagar. Agnes fecha os olhos, apreciando a minha entrada lenta e vigorosa, e começo a me mexer dentro dela, mas não há nenhum cuidado aqui, nenhuma delicadeza. Estou metendo forte e rápido, como se a punisse por não me querer outra vez. Uma vontade louca de chorar, de derramar todos os meus sentimentos em cima ela, de cuspir tudo o que está trancafiado dentro de mim, mas engulo cada palavra, cada sentimento. Escuto os seus gemidos altos e sôfregos. Ela está em seu melhor momento e não
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Agnes Alguns dias… Observo atentamente o rebuliço a minha volta, um vai e vem de modelos, costureiras, assistentes de palco e tudo mais. O Fashion Week é o mega evento que todos os anos, exige cada dia mais de mim, mas é gratificante e rende milhões de dólares para a minha empresa. Com um suspiro baixo olho o meu relógio de pulso. Pela primeira vez a Flávia está atrasada e isso não é bom. Isso não é nada bom. Hoje é sexta e ela foi resolver algo muito importante para mim, algo que eu mesma deveria ter ido resolver, mas fiquei presa no trabalho. Meu celular volta a vibrar insistentemente, me fazendo revirar os olhos com impaciência. Adam está impossível desde ontem e a sua insistência chega a me incomodar. Resolvo desligar o aparelho e o deixo guardado na bolsa. — Está tudo pronto, senhora Agnes. Quando quiser, já podemos começar — Luana, uma das assistentes de palco me avisa. Aceno um sim para ela e olho na direção da porta de entrada, sorrindo ao ver Adonis passar por ela. El
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Agnes — Sério? — Noto a empolgação na sua interrogação e sorrio. — Prometo pensar com carinho, tudo bem? Te ligo para dizer alguma coisa — falo e entro no banheiro.— Quer uma ajudinha com o banho? — sugere antes que eu consiga fechar porta.— Não senhor, Kappas — grito de volta, fechando a porta em seguida. De verdade, se o deixo entrar aqui, jamais conseguirei sair a tempo. *** Ôh, relógio ingrato! Bufo internamente saindo do carro e ando com passos largos para dentro do prédio da Flávia. Ela já deve estar subindo pelas paredes. Entro no elevador e impaciente bato com a ponta do meu pé no chão emborrachado, cruzando os braços e fitando os números piscar na tela do painel. As portas duplas de aço finalmente se abrem e eu sigo apressada para o último apartamento no fim do corredor. Toco a campainha e logo escuto os gritinhos animados de Kell atrás da porta. Ok, vocês não fazem ideia de quem seja a Kell, certo? Kelly Ferraço é a minha filha. Eu queria poder dizer que ela é só min
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Agnes Ele conseguiu mais uma vez. Outra vez estou desarmada e de mãos atadas sem saber o que fazer. Faz mais de meia hora que o Adam saiu da minha casa, me deixando arrasada e sem alternativas. Tudo depende dele agora e somente dele. Respiro fundo segurando o choro. O meu corpo parece que levou a pior surra da vida. Ainda estou atônita no meio da minha sala, pensando em uma saída que parece não existir. — Mamãe? — uma voz infantil e receosa me chama no topo da escadaria. As lágrimas chegam a pinicar os meus olhos, mas eu as empurro para trás, para bem longe, porque não quero que ela me veja assim. Então construo o meu melhor sorriso. Aquele escancaradamente feliz e me viro para a minha pequenina, ainda vestida de fadinha. Ela desce os três últimos degraus se segurando firme no corrimão e corre para mim, assim que alcança o chão de mármore da sala e eu a pego nos meus braços, sentindo o coração bater mais forte. As emoções afloraram em seguida e as lágrimas escapam em meio aos braç
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