Ao estacionar o carro simples em frente ao prédio, um longo suspiro escapou dos lábios de Sara. No porta-malas, algumas roupas, acessórios, notebook e o unicórnio antigo – presente dado pelo pai no seu aniversário de oito anos – compunham sua bagagem. Buscou o envelope dentro da bolsa e conferiu o número do local. Pelo vidro, avaliou a fachada. De tijolinhos à vista, três andares, janelas marrons, sem portaria, a não ser uma grande porta maciça de vidro, com trava e interfone, o prédio a fazia lembrar-se das casas antigas que conhecera em uma de suas visitas à Nova York. Procurou por uma entrada de garagem, mas não encontrou. Que lugar é esse, vô?. Em nada combinava com a extravagante mansão dos Tisiros. Será que tem elevador, Sara se perguntou. E, por mais que a simplicidade fizesse parte de suas características, a falta de um jardim aparente, onde pudesse se alimentar da energia da terra, a fez questionar sobre a decisão de abandonar seu antigo lar. Determ
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