Todos os capítulos do Maciço do Monte Rosa: Capítulo 1 - Capítulo 10
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A carta
O funeral foi deveras surpreendente, foi alugado uma parte inteira do cemitério somente para aquele momento, como se o próprio presidente da nação tivesse sendo sepultado. Naquele dia foi enterrado um dos maiores empresários da cidade de São Paulo, Senhor Douglas Clemente, dono das empresas Clementine e ao seu lado, a esposa, doutora em direitos criminais, Senhora Claudia Clemente. Estavam presente diversas celebridades amigas e grandes outros empresários, era um dia triste mas, mesmo na morte de seus pais Theodoro ouvia o murmúrio exaustivo que ele sempre ouviu toda sua vida e rondava toda a lápide cercada por pessoas que ele não conhecia.“ Dizem que ele nunca foi bom em nada a vida toda... O moleque não se compara nem um pouco ao pai e ele vai herdar tudo isso! “.Não se compara nem um pouco ao pai. Era o que ele mais escutou a vida inteira enquanto seu pai ainda era vivo
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Reeleitura
Theo percorreu as ruas da cidade em sua BMW chamando atenção de todos os pedestres que estavam nas calçadas, o ronco do motor assustava até quem estava tento a visão. Já era tarde, por volta de oito horas da noite e os postes iluminavam todos lugares, eram quase como holofote para o carrão que cruzava as avenidas. O céu estava nublado e sua casa não era tão distante de seu destino, não demorou muito para ele chegar até o local. Era dentro de uma pequena viela coberta pelos grandes prédios do centro, uma pequena loja de suveniers e no momento que ele chegou a loja já estava sendo fechada por duas mulheres. Ele parou o carro o que chamou a atenção das duas, o farol forte do carro iluminava o rosto delas. Uma era mais velha, bem vestida, um terno azul marinho e uma mais jovem, de calças jeans e casaco cobrindo quase o corpo todo. Logo desligou o motor e desceu do carro o trancando com a chave a distância enquanto caminhava em direção as duas. - Mil perdões senhoritas. - Disse T
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Planos
Já era quase onze horas da noite e Clarice finalmente traduziu a carta que Theo recebeu. - Então... O que fala na carta? Perguntou ele um pouco confuso, o que alguém da Suíça gostaria de contar sobre sua mãe? - Então... Eu vou ler a carta para você.   Bom dia ou boa noite senhor Theodoro. Sou amigo de sua mãe Talvez você não me conheça e talvez até não conheça sua mãe O nome dela é Eylin Meyer Uma mulher encantadora devo dizer, amiga de todos aqui em Zermatt Porém, tem um problema, ela desapareceu já tem um tempo Não sabemos onde ela está, a policia já procurou em todos os lugares Porém sem sucesso para acha-la Já tem um mês do seu desaparecimento e achei que seria hora para você saber Peço perdão por ser repentina a carta e estar com uma escrita difícil Porém temia
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Manhã seguinte
A manhã chegou e o despertador que Alice pôs para tocar a fez dar um pulo da cama, eram sete horas da manhã e ela não tinha o costume de acordar tão cedo, a loja só abriria mais tarde, então não fazia tanta diferença. Ela se levantou com seu pijama com estampa de banana e foi até a cozinha preparar seu café, uma das coisas que ela era viciada. Lá encontrou sua mãe, já tomando uma tigela de cereais e um chocolate quente, diferente de ontem que fazia sol, o dia de hoje era o completo oposto, chegando aos seus dez graus celsius, e um chocolate quente não faria mal a ninguém. - Mãe, já está acordada? - É... Meu despertador tocou... - Tá animada né? - Nem um pouquinho. - Clarice virou a cabeça e fez um beiçinho. - Aaah você está animada! - Talvez um pouco, mas não quero criar expectativas. - Ah para... Tem café para mim? - No bule. Alice pegou uma xícara de café e se sentou a mesa com sua mãe. - Já sabe que r
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O voo
Os três juntos então se sentaram para tomar um café ou no caso de Theo, um croissant recheado de chocolate, transbordando em cada mordida que ele dava. Uma visão inebriante para Clarice, que por sua vez odiava doces. - Que cara é essa mãe? - São dez horas da manhã agora e ele ta se enchendo de chocolate. Theo enquanto mordia o croissant parou a mordida no doce e olhou para ela com cara de bobo, se deliciando com o croissant. - Ahaha, tu é bobo não é? - Sou sim, Lice... - Lice? - É... Eu tava pensando, a gente vai passar um mês e pouco juntos, Clarice e Alice são nomes muito parecidos, posso te chamar te chamar de Clara, Clarice? - Clara? - Sim, Clara e você Alice, posso te chamar de Lice? - Por mim... - Tá né, pode... Mas Clara... Não tem nada haver com Clarice. - Clari.. Clara? Cla-arice... Rice! - Lice e Rice não são mais parecidas ainda? - Ae... Papo reto. Vai ficar Cla
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Um mistério
- Ai mãe... Já acabou, pode ficar tranquila. - Eu sei... Vamos sair logo dessa banheira. Os três então carregando suas malas, saíram do avião que já havia estacionado em uma das entradas e saídas de passageiros no aeroporto. A parte interna do aeroporto não era tão grande, mais parecia-se uma rodoviária chique do que um aeroporto internacional como qualquer outro. Alice estava já faminta, ela não havia almoçado dentro do voo como Theo fez então, pergunta se poderiam antes de pegarem um ónibus ou algo semelhante, comer. - Gente... To faminta, podemos comer algo? - Primeiro, preciso converter o dinheiro, vou até uma casa de câmbio e vocês me esperam em um restaurante, vocês tem meu número se precisarem de mim. Theo então se retira do lado delas e procura um casa de câmbio, um lugar feito para se converter moedas internacionais para as em utilização no país que eles se encontram, ou vice-versa. - Mãe. Qual a língua que se fala aqui?
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A cidade
Theo e Lier ficaram parados no meio da rua apenas observando o carro da senhora indo embora até perder de vista, Lier ficou muito consternado pelo situação, era o trabalho dele ajudar a todos que entrassem dentro do aeroporto e ele não ajudou nem a senhora e muito menos Theo, que estava ao seu lado com um olhar de confuso, mas não com a situação em que Lier o pôs, mas sim, quem era aquela senhora, o que ela queria com ele e ainda por cima, morava na cidade onde era o seu destino. - Então chefe... Você mora em Zermatt? - Pergunta Theo enquanto os dois saem do meio da rua. - Hã... Moro sim. O senhor disse que iria para lá correto? - Sim, quando acaba seu expediente? - Meu expediente? Em algumas horas por que? - Você será meu guia pela cidade e não se preocupe, eu pago pelo guia. - Pagar senhor? Não precisa, eu te levo até a cidade sem problema algum. - Tudo certo então... Me avise quando acabar seu expediente, vou alugar um carro
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Um ponto uma bala
Não demorou muito para Lier chegar até Theo e os dois se encontraram na frente do café. Era por volta de dez horas da noite já e a cidade já estava mais iluminada do que antes. - Theo. - Disse Lier logo atrás de Theo. - Opa... - Theo se virou. - Vamos? Não é muito longe. - Claro. Os dois começaram a caminhar rua acima, quase em direção a casa de Lier. - Então Lier, tem quantos anos? - Cinquenta e dois e o senhor? - Vinte e dois ou por ai, já nem me lembro... - Não lembra da sua idade? - Muita coisa na cabeça... A idade é o que menos importa e você? Porque um aeroporto? - Sempre gostei de hospitalidade e um aeroporto é onde se mais precisa, afinal as pessoas estão chegando no país pela primeira vez, ou não. Encontrar alguém amigável logo de cara as deixa se sentindo acolhidas e querendo voltar quando forem. - Perfeito. - E você Theo? Faz o que? - Ahm... Faço nada, na verdad
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A casa
O dia seguinte chegou. Alice e Clarice se levantaram da cama juntas, estavam cansadas e seus olhos estavam vermelhos, o dia de ontem as cansou muito. Porém, as duas levam um pequeno susto ao ver que Theo não estava deitado na cama. - Aahmm... O-onde ele tá? - Pergunta Alice bocejando. Era por volta de dez horas da manhã e a duas saem do quarto o procurando, para o achar deitado roncando em cima do sofá, estirado no mesmo como um bebê. As duas dão uma leve risada para não o acordar e vão até a cozinha ver se tem algo para comer no frigobar, ao o abrirem, barras de cereal e latinhas de refrigerante, com um bilhete na porta. “ Consumo é pago no final da estadia. “ Alice pegou uma barra de cereal e uma lata de refrigerante. - Alice... Guarda isso a gente não tem dinheiro! - Exclamou Clarice tentando falar baixo para novamente, não acordar Theo. - Ahm... Podem pegar, eu pago no final. Respondeu Theodoro se levantando do seu estado d
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segunda carta
- Sabe... Quando minha mãe era casada com meu pai, ela amava ele, tipo, muito, muito mesmo. Era o sonho dela constituir família e ela estava realizando ele, sabe, coisa de velho. Os dois riem. - Porém, no final não acabou como ela queria, as vezes o que importa não é o começo ou o final e sim a caminhada. Ela foi feliz a maior parte do tempo, no final, não. Ela não deixou se abalar e hoje vive sem mágoas, se meu pai estivesse aqui agora, talvez ela o perdoasse, afinal, eu ainda sinto que ela ainda gosta dele, mesmo depois de tudo que houve. - Entendi... A caminhada que importa... E se o começo foi bom e a caminhada foi terrível a maior parte do tempo? Na verdade, todo o tempo. - Então o que importa é que no final você se sinta bem, como ela fez... Ela moldou algo ruim, para no final se transformar em algo bom e feliz. Não sei pelo que você passou Theo... Porém, a sua caminhada ainda está acontecendo, vamos fazer com que ela e o final sejam ótimos.
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