Início / Fantasía / Caenum Platearum / Capítulo 1 - Capítulo 10
Todos os capítulos do Caenum Platearum: Capítulo 1 - Capítulo 10
68 chapters
Prefácio
Desde o início somos ensinados que um filho é a maior benção que um homem poderia possuir em vida. O que para muitos é uma dádiva suprema, para o impassível imperador do fogo, o parto de sua mulher era tudo, menos uma benção sublime.Em outras circunstâncias, ele provavelmente estaria comemorando aos berros que sua amada Aleah era a mulher mais linda do mundo, e que seu filho seria o mais amado de todos, mas, que ledo engano! Sua mulher não passava de uma vadia adúltera que provavelmente lhe daria um bastardo anormal como castigo. Por muito tempo, Maxon quis acreditar que aquela criança era sua, mas o tempo e a postura incerta de sua esposa, lhe denunciavam quase sempre quando estavam a sós.Maxon nunca foi um homem rígido ou cruel, sempre foi citado como um governante passivo e benevolente. Por esse, e o fato de amar tão incondicionalmente a Aleah, ele permitiu que a criança nascesse, e também prometeu que não machucaria sua mulher de forma alguma.Era um homem bo
Ler mais
Cap. 01 - Heróis não morrem
Vitughill, lado oeste do reino do norteHá um vínculo criado por gerações atrás, no qual o detrimento de um filho era uma dádiva dos deuses. Uma mulher sempre obteve o poder de gerar vidas, tantas que o mundo só existia por conta deste fato. Uma mulher com tamanha honra sempre seria lembrada pelos seus no futuro, lembrada pelo que deu e o que ainda viria a dar. Vitughill era conhecida como a capital das mães do seio terno, tal conotação fora dada a séculos atrás por um antecessor da família primária dos Caphossìo, Hélio o gentil.Para Hélio Caphossìo, Vitughill era a cidade onde as mulheres mais prezavam e amavam os filhos. Nunca outro lugar fora abençoado com tanta fertilidade e amorosidade. Para muitos do contente, Vitughill era o lugar onde as mulheres eram as soberanas e por esse motivo, Ophélia Caphossìo, princesa do norte gelado do continente, precisou sair de seu conforto e mordomia para lembrar do porque era tão importante.Era intitulada a donzela da paz
Ler mais
Cap. 02 - Conflitos de poder
Milo, cidade dos exércitos do fogo - dois dias depois...Por gerações, a unidade regida nos portões de Milo no centro do império do fogo estava nas mãos da família Montgomery, que por séculos cuidou perfeitamente dos exércitos da família imperial. Para Calía, os Montgomery eram essenciais ao seu poderio, e com isso ela sempre parecia focada em não os desapontar, mesmo que de forma involuntária.O que muitos não tinham noção era que a presença de uma bastarda no trono imperial nunca foi muito atrativa ou encorajadora ao lorde Carleandro, líder da família de Milo. Para Carleandro, Calía era como uma praga colocada no império por puro capricho de um imperador tolo e apaixonado. Mas, apesar das circunstâncias irem contra ela, Calía nunca havia perdido uma batalha sequer, e de certa forma aos poucos, foi ganhando o respeito do velho homem.Calía sempre soube diferenciar os amigos dos apoiadores da coroa imperial, mas nunca soube de fato se os Montgomery eram tão sinc
Ler mais
Cap. 03 - Tradição ou morte
Aldova, fronteira com o SulA tradição que se seguia em uma colônia nortista, era basicamente encontrar meios termos para sobreviver aos ataques dos inimigos, e automaticamente ao frio colossal que o norte predominava em qualquer região que se seguia. Para um homem normal, aquilo era quase impossível, as condições que os soldados do reino do Norte viviam, eram quase desumanas! Por anos, o rei Thales ignorou os apelos aflitivos que Ophélia fazia em favor de melhores condições para aqueles que faziam a linha principal de defesa de todo um país! Com tamanho descaso, o reino ficou mais vulnerável aos ataques de outros continentes, como o povo bárbaro, que mesmo sendo problema do sul, acabou se aproveitando da situação crítica que ali estava presente.Mediante a tantos problemas, a rainha ordenou como seu primeiro decreto, que as condições de campo de batalha fossem melhoradas o mais rápido possível. Como recompensa por lembrar aqueles que os defendiam, os soldados
Ler mais
Cap. 04 - Sinônimo de poder
Calía não pôde deixar de expressar divertimento ao espanto visível na face do general nortista. Assim que seu espanto inicial passou, Ezioh se ajoelhou quase que imediatamente na frente da imperatriz do fogo, fazendo-a sorrir mais ainda.— Peço perdão, vossa majestade real imperial. — Ele declara com a cabeça agora baixa em sinal de respeito.Ela deixa o ar sair pela boca lentamente antes de dizer algo.— General Ezioh Belialuin. — Ela balbucia baixo. Ele a encara. — Conheço sobre sua família... Seu tataravô era sulista, se não me falha a memória.Ezioh mantém a expressão séria na face.— Ele nasceu no Sul, de fato! Mas, o sangue sempre foi do Norte! — Sua declaração arranca mais uma risada leve da imperatriz.— Vocês sempre tão orgulhosos! — Ela deixa um suspirar alto preencher o local. — Diga-me, qual seu interesse em falar comigo?Ele se surpreende levemente.Calía Vatra Le Fer não era nem um pouco como ele imaginou, ou, esperou que
Ler mais
Cap. 05 - Conhecendo o "inimigo"
(...)— Vossa majestade imperial real... — Ophélia curva-se diante da mulher, agora séria. — É um prazer incomensurável estar em vossa ilustre presença.Calía retribui o gesto com certa curiosidade no olhar.— O prazer sem dúvidas é todo meu, sua graça. — Ela responde por fim.O marco do que viria pela frente era desconhecido, mas sem dúvidas já esperado.Calía tinha noção de que não podia esperar que o Norte fosse um lugar amigável, ou acolhedor, e ver o desgosto estampado na face das muitas pessoas que se encontravam ali, de certa forma a deixou empolgada para o que viria a seguir. Afinal, seu desejo em conquistar era bem maior do que à vontade de seu falecido pai em não ter contato com aquele enorme mundo gelado.— Espero que sua viagem tenha sido prazerosa. — A rainha comenta tentando parecer atenciosa.Calía olha de soslaio para o general Belialuin ao lado da rainha, e involuntariamente sorri de lado. — O general Belialuin fez um
Ler mais
Cap. 06 - Implacável ao ódio
Tudo o que acontece na vida de alguém, ocorre de maneira intangível. Para uma mulher cujo poder é quase incomparável, a vida não mostra quando parar, muito menos quando desistir.Para Calía, ser imperatriz já havia se tornado monótono e até mesmo repetitivo, porém, ela possuía algo sempre lhe deixava animada; andar a cavalo todas as manhãs e treinar com Maud no fim da tarde, estas duas coisas eram quase lei na sua vida de soberania. Quando chegou à manhã seguinte naquele reino gelado, ela sentiu que precisava continuar em sua rotina, mesmo que a distância e sem seu precioso cavalo negro não estivessem ali com ela, faria o que precisava para ter um pouco de paz e sossego.— O cavalo está pronto? — Maud pergunta.O cavalariça assente saindo da presença da imperatriz e sua fiel general.Calía sorri encarando Maud. — Está tão amarga hoje querida, que te passa?O leve tom de ironia usado pela imperatriz fez Maud querer revirar os olhos em desdém
Ler mais
Cap. 07 - Tua verdadeira história
Dois dias atrás...As planícies frias de Clover nos arredores de Hestia eram duas vezes mais geladas do que a capital do reino gelado. Para pessoas que haviam nascido em solo sulista, àquilo era quase como um suplicio.Anastácia admitia que talvez viajasse naquelas condições era quase um milagre, agora entendia bem do que seu irmão tanto falava sobre o fogo nunca tocar o gelo. Calía era a chave pra alguma coisa grande, e algo lhe dizia que tinha muito haver com Ophélia Caphossìo e o encontro proibido de ambas. Maxon sempre fora meio vago quando se tratava de detalhes importantes, detalhes estes que fariam muita diferença quando Anastácia fosse explicar pra sua sobrinha o que ela fazia ali.Entre pensamentos e mais indagações sozinha com seu precioso vinho dentro da carruagem, a loira quase não percebeu quando tudo ficou silencioso demais e em seguida barulhento demais do lado de fora.— Que diabo está acontecendo? — Ela pergunta já pondo a cabeça para o l
Ler mais
Cap. 08 - De encontro ao fogo
Cidade de Parvel, arredores de HestiaNos arredores de Hestia, havia um vulcão inativo a mais de quinhentos anos, muito antes do país do gelo ser considerado como potência do continente junto com os sulistas que já predominavam por ali.Ezioh sabia da existência daquele lugar abandonado por causa das terras de sua família que ficavam ali em Parvel. Mesmo achando incomodo o pedido feito pela imperatriz, ele estranhamente não tardou em cumprir quase que imediatamente, não estava suportando vê-la com toda aquela dor. Ele havia visto nos olhos de Maud que ela não estava satisfeita com aquela aproximação dos dois, mas como sempre, não disse nada que contrariasse Calía.O trajeto de Hestia até Parvel fora muito tranquilo, tendo em vista que aquela era residência dos Belialuin, e como tal eram muito respeitados por todos que ali residiam. Aos poucos quando ultrapassaram os portões do castelo de Parvel, Ezioh desceu de seu cavalo rapidamente para ver como Calía estava n
Ler mais
Cap. 09 - Tal como poder
Estrada de Hestia, próximo ao palácio realCom um percurso quase no fim, Calía se mantinha silenciosa dentro da carruagem que seguia de forma lenta na direção da capital. Quando seu processo de cura finalmente teve fim, ela encontrou Ezioh já desperto com uma cara de poucos amigos, ele não disse nada muito menos a questionou sobre, apenas seguiram calados o trajeto todo de volta.Era certo que ele não estava feliz com a decisão dela em sair sozinha, mas, o que acontecia com ela quando aquilo lhe ocorria, era horrível de se ver. Calía tinha uma leve impressão de que Ezioh não saberia lidar com aquilo sem um estrago emocional, ou, talvez ela só não admitisse que ele era mais forte do que aparentava ser. De qualquer forma, ela não estava curiosa para descobrir.Seus pensamentos foram interrompidos com uma parada brusca da carruagem, Calía se manteve alerta quase que imediatamente para um eventual ataque de quem quer que fosse, especialmente de nórdicos ousados.Ler mais