Era um sábado, o calor da tarde naquela época do ano era intenso, principalmente numa região de clima árido, André e Karla retornavam à casa de Sueli e Alberto, era o filho pródigo buscando mais uma vez a paz com seus familiares. Foi sua mãe quem os avistou primeiro, correndo e os abraçando com muita ternura. Ao se aproximarem do pátio puderam avistar um homem idoso sentado numa cadeira de balanço, cuja estrutura era de ferro, mas revestida de material artesanal. Bastante confortável, ele movimentava-se nela lentamente, num balançar tranquilo, admirando as diversas plantas no quintal. Sueli avisou-lhes que se tratava de Alberto que a vários meses permanecia naquela situação depois de ser acometido de Alzheimer, parte de seu corpo paralisou e sequer conseguia falar. André se aproximou cauteloso, o homem tinha o olhar congelado, firmado nas arvores que dançavam com o suave soprar do vento, ele se ajoelha na frente do pai que parecia distante dali, e lhe fala carinhosam
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