― Bom que você veio, já estava morrendo de saudades.
―Também andei pensando muito em você, para mim isso é ainda muito estranho
― Porquê?
― Logo eu, um gay, parecendo está apaixonado pela melhor amiga?
― Você não é mais um gay, meu bem, é um homem normal como qualquer outro
― Agradeço o incentivo. Mas deixa eu te contar as novidades: Advinha quem apareceu de repente no restaurante hoje cedo?
― Nem faço ideia, me fala
― O Henrique!
― De quem você está falando?
― Daquele meu primeiro amigo, quando ainda morava na casa de meus pais
― Desculpe, não recordo se ter lhe ouvido falar algo a respeito
― Eu lhe falei dele algumas vezes. O que devo lhe contar é que ele surgiu do nada, conversamos e depois fomos para meu apartamento, onde ficamos relembrando os velhos tempos
― Que bom, amor, as vezes é bom relembrar o passado
― Mas aconteceu algo muito sério
― O que foi?
― Ele se declarou um homossexual, confessou que nunca se envolveu sexualmente com homem ou mulher, ainda é virgem
― Minha nossa, André, mas parece que essa droga de homossexualismo se tornou uma epidemia nas pessoas, vai contaminando todos como se fosse um vírus maldito!
― Mas, o pior de tudo é que ele se confessou interessado em viver sua primeira experiência sexual comigo
― O quê? Ficou louco? Nem ouse cogitar tamanho absurdo em sua mente, de maneira alguma isso pode acontecer André, vai significar sua recaída!
― Calma, Karla, eu sei disso e tomei as devidas providências, cuidei para evitar que tamanha desgraça pudesse vir acontecer comigo
― Não me faça perder o limite de minha confiança em você, André, tome jeito!
― Calma, meu bem, já lhe disse que nada aconteceu, fui forte o suficiente para suportar a tentação
― Espero mesmo, porque não sei se serei capaz de perdoar este tipo de infidelidade, aceito ser traída com outra mulher, pois assim saberei que está cada vez mais macho, porém, ser trocada por outro homem é demais!
― Te entendo, prometo não permitir que você sofra com esta decepção
― Tudo bem, vamos mudar os planos de ficar em casa e iremos passear na Orla
― Você adora aquele lugar
― Sim, me traz boas recordações sobre nós dois
― Tudo bem, então vamos!
— Mas se prefere outro lugar, tudo bem
— Não, por mim tanto faz, o importante é estar com você
— Idem, meu bem, ficar ao seu lado é o que importa
— Então não percamos mais tempo e vamos logo nesse passeio
— De acordo, chega de conversa, vamos lá
O restante daquele dia foi maravilhoso para os dois, mas o futuro ainda lhes reservava sérias surpresas, e seus corações iriam precisar estar preparados para suportar muitas tristezas e decepções que a vida lhes reservava mais à frente. Os meses se passaram e a relação deles tornava-se cada vez mais sólida, aos poucos André aprendeu a sentir por Karla o mesmo amor que dela recebia. O enlace sentimental do casal estava ficando tão forte que pensavam em casamento.
Mas a trajetória de sucessivos acontecimentos na turbulenta vida de André Borges ainda não tinha terminado, e na noite de réveillon, quando festejava a entrada do novo ano com Karla e na companhia de amigos, funcionários eclientes num de seus mais requintados restaurantes. Um empreendimento recém construído na mais importante avenida da cidade, conheceu Rafael, o jovem de vinte e três anos era cadete da Aeronáutica, de bela aparência física e bastante másculo.
Foram apresentados por Fabiana, frequentadora assídua do estabelecimento, que aos poucos vinha conquistando o respeito e a amizade do empresário. Sem que Karla percebesse, os dois entraram numa conversa longa e bastante atraente a ambos.
Na verdade, começou a existir uma forte atração entre eles e Rafael convida André para no dia seguinte ir visitá-lo em seu duplex, localizado ali, bem próximo do restaurante. O restante da noite se fez de frequentes trocas de olhares e Karla, completamente envolvida na festa.
Em nenhum momento percebeu o que acontecia. Era primeiro de janeiro daquele novo ano que já se iniciava revelando-se prometedor de muitas surpresas desagradáveis. Os dois homens reuniram-se no duplex, na companhia de outros rapazes, todos pertencentes às Forças Armadas.
Durante a continuada comemoração. André percebeu que o ambiente onde se encontrava não era nada propício à sua decisão em abandonar o homossexualismo. Pois todos os seus novos amigos eram gays e Rafael já dava sinais de querer lhe levar para a cama, ele já andava demonstrando-se mais insinuado em suas palavras.
Ao tentar fugir do assunto era abordado por outro de igual tema e, aos poucos, passou a se deixar envolver no assunto devido à forte influência do álcool. Leandro e Luís, os outros dois jovens que estavam no ambiente começaram a trocar beijos e carícias no sofá ao lado.
O som alto da música brega que tocava na sala já não incomodava seus ouvidos, a cerveja e o whisky começava a dominá-los. Rafael tenta convencer André a se entregar, "sair do armário". Mas ele ainda resistia. Karla ligou várias vezes, mas seu celular vibrava em vão.
A tarde finda e deu início a uma noite de lua cheia, quando certos supersticiosos acreditam existir maiores influências do mal sobre a terra. Finalmente, depois de insistir incansavelmente, Rafael começou a colher os primeiros frutos de sua conquista.
André parecia ceder a seus encantos, deixando-se tocar. Num ímpeto inesperado passou a beijá-lo. No princípio não houve reação, mas aos poucos sentiu o corpo dele vibrar. Ao ter acariciado suas intimidades que de imediato responderam aos estímulos, André havia sido novamente dominado pelo maldito desejo que tantas vezes tentou evitar, no entanto seria salvo da desgraça que lhe ameaçava a uma queda de princípios morais incalculável, visto que havia tomado a decisão de evitar permanentemente tal fraqueza em seu corpo. No exato instante em que iria se entregar aos apelos sexuais de Rafael, toca o celular e impede tamanha loucura:
― Deixe tocar!
― Desculpe, mas preciso atender, pode ser importante!
Era Karla, pedindo explicações do porquê de sua ausência. Depois de ter se explicado perdeu o clima e voltou em si, percebendo a insanidade do que quase fez contra si mesmo, aceitando estar com aqueles três gays naquele lugar e se expondo ao risco de ser outra vez vencido pelos desejos imorais dos quais tanto esforçava-se para se libertar. Criou novas forças e decidiu agir com sabedoria:
― Desculpa, pessoal, mas por hoje é só, estou indo embora, nos vemos outro dia
― Calma, o que houve?
― Nada, Rafael, tudo certo, apenas tenho que atender a uma pessoa que necessita de mim neste momento
― E desde quando você é médico para atender emergências de seus pacientes?
― Não é nenhuma emergência médica, mas trata-se de dar atenção a uma amiga
― Entendo, e esta amiga parece ser mais importante na sua vida do que o prazer que começamos a sentir um pelo outro
― Não há dúvidas!
André deixa o duplex e dirige-se a casa de Karla, onde ficou por várias horas e lhe relatou sobre os últimos acontecimentos, deixando-a bastante irritada e apreensiva quanto a sua recente experiência:
― Não consigo acreditar que mais uma vez você se permitiu passar por uma situação dessas, André, até quando terei que suportar suas fraquezas sexuais?
― Calma, Karla, não fique irritada, juro que não rolou nada!
― Rolou sim, seu cínico, ainda tem a cara de pau para negar suas safadezas?
― Mas que droga, já lhe disse que nada de grave aconteceu, graças aquele seu telefonema, foi minha salvação!
― Não entendi
― Já estava rolando um clima entre a gente, quando o celular tocou.
E fomos interrompidos, o que deu forças para me concentrar no propósito de evitar tal absurdo em minha vida. Depois me retirei do local onde estávamos e vim para cá.
― O que mais me irrita é perceber ser você o único culpado em estar sendo assediado por este bando de machos!
― Pare com isso, meu bem, não tenho culpa em despertar neles este tipo de interesse
― Ah, não? Por acaso não é você que, mesmo ciente desta possibilidade ainda se relaciona com tais pessoas? Entenda de uma vez por todas que para se libertar dessa maldição você precisa ficar longe de outros homossexuais, sequer fazer qualquer tipo de amizade ou contato!
― Assim está parecendo preconceituosa demais
— Não é preconceito, mas sim a realidade. Ou você segue esse caminho ou não funciona
— Ainda soa como preconceito
― Pense como quiser, mas por favor se afaste deste círculo de amizade! — Ela levanta-se e abre a porta com lágrimas nos olhos ― Por favor, vá embora e não volte mais aqui sem ser convidado!
― Calma, meu bem, vamos nos entender
― Não me chame assim, se eu de fato fosse mesmo importante para você não me causaria essa vergonha, trocando-me por um gay nojento!
― Tudo bem, vou respeitar sua decisão, outra hora te procuro, quando estiver mais calma
― Sai logo daqui, André!
A porta foi fechada violentamente e ela ficou em prantos, numa mistura de ódio e decepção. Olhava para trás e percebe o tempo imenso que perdeu na ilusão de ver seu grande amor ficar liberto do homossexualismo e optar pela postura digna de um homem sem as manchas morais que possuía, mas até aquele momento o que podia ver eram suas constantes recaídas e repetidos tropeços.
Cansada de esperar que André finalmente se firmasse na decisão de assumir seu lado masculino. Enterrar por completo seus desejos impuros no esquecimento, decidiu levantar a cabeça e seguir em frente. Foi à procura de algo novo que lhe pudesse trazer novas esperanças de ser feliz. Alguns dias se passaram desde da última vez em que se viram. Ambos estavam tristes e desmotivados, André ficou recluso em seu apartamento sem ir ao trabalho e ela seguiu sua rotina normalmente.
Sem deixar que os problemas e a tristeza existente dentro do peito a fizesse parar, com bastante esforço, economia e dedicação, Karla passou de um simples consultório a uma clínica de psicologia, inaugurada com todo requinte merecido, contando com a presença da ilustre sociedade paraense. Porém André não foi convidado a se fazer presente, seu crescimento profissional também ficou notório e passou a ser conhecida pelas altas classes sociais.
Primeiro no Estado e depois por todo o país, principalmente após participar de vários congressos sobre os avanços da psicologia. E se destacar dentro desta área como uma das mais conceituadas pesquisadoras, desenvolvendo projetos em favor das classes mais pobres. Antes da forte atuação da psicóloga em tentar levar o tratamento para as camadas mais baixas da sociedade.
A psicologia era vista como uma necessidade apenas dos mais ricos, suas crianças, adolescentes e jovens, quando apresentavam algum distúrbio na personalidade, eram imediatamente conduzidos à presença de um destes profissionais. De imediato eram tratados de suas deficiências, enquanto as classes menos abastadas viam seus filhos condenados a loucura ou ao desvario mental.
Condenados a permanecerem inclinados a condutas errôneas ou para a rebeldia que lhes declinaram para a marginalização, por não possuírem princípios básicos advindos do lar onde nasceram ou de um profissional, tratando suas falhas de personalidade. Ao participar de discussões referentes a esta necessidade social.
Karla conseguiu, com muito esforço, convencer as entidades voltadas ao comportamento humano de que a população da periferia também necessitava destes cuidados. E com isto deu-se início a uma conscientização maior a este respeito, o que veio beneficiar a todos. As recentes mudanças ocorridas na vida da jovem doutora, ocorreram num período de cinco anos. Todos ao lado de André, porém ele pouco participou destas conquistas, pois vivia preocupado apenas em vencer suas fraquezas.
E libertar-se da homossexualidade que via como uma mancha sobre seu caráter, mas que hora por outra lhe dominava e o plano de libertação ia água abaixo. Agora, depois da separação, ela decidiu dar maior ênfase a seus projetos sociais. Então, mergulhou de cabeça no novo projeto de fundar um instituto.
Seria para o tratamento de deficiências na personalidade de jovens das comunidades carentes de todo o Estado. Tudo aconteceria de forma gratuita, onde contaria com a cooperação do poder governamental e de recursos federais. Além da contribuição voluntária de profissionais da área e da oportunidade de dar estágios supervisionados para estudantes de psicologia das universidades públicas e privadas.
Formando, assim, assim, um excelente corpo clínico que pudesse atender aos pacientes com qualidade e eficiência. Enquanto ela seguia seu caminho rumo ao sucesso profissional. Realizando um sonho existente dentro de si desde a mais tenra idade, André estagnou-se entre seus restaurantes e o solitário apartamento, onde decidiu enclausurar-se. Ficando longe das possíveis amizades que sempre o conduziam a viver situações constrangedoras e que o fizeram perder por completo a confiança da mulher.
Era uma belíssima tarde de verão, o sol se deitava sobre o rio e o olhar da moça descansava sobre o sereno movimento das águas, quando um desconhecido se aproxima da pequena orla às margens do Guajará e ao longe ela o observa, um homem elegante, pensativo e com um ar de tristeza que o deixava distante dali, mesmo estando presente a poucos metros de onde ela estava. Tudo indicava que aquele encontro não era nada casual, o destino traçava mais um de seus vários planos para levar a personagem da história que ele mesmo criou a viver mais uma grande aventura. O homem elegante e de semblante triste, que se manteve recostado no parapeito feito à base de massa e tijolos, cujos traços de expressões espalhados pelo olhar cansado e sem esperança chamava-se Vítor, e vinha de um passado feito de grandes decepções no amor. Ela observava em silêncio, admirando-o em segredo. Depois de algum tempo, percebendo que ele parecia distante em seus próprios pensamentos,
Naquela manhã, quando Karla chegou ao seu consultório, foi-lhe anunciado que uma visita lhe aguardava desde bem cedo. Tratava-se de Vitor que estaria ali para esclarecer algumas questões de ordem pessoal, visto que depois do último desentendimento em razão de suas constantes ausências ficaram incomunicáveis e, apesar dos muitos telefonemas, não foi por ela atendido. A presença inesperada do namorado pareceu incomodá-la: ― Eu poderia saber qual a razão desta visita ao meu local de trabalho, assim tão cedo? ― Bom dia, minha querida! A resposta é bem simples: Se a montanha não vai até Maomé, ele irá até ela ― Pois então que sejas breve em seu discurso, Vitor, pois tenho muito o que fazer por aqui! ― Pelo que me consta você confiou a mim a responsabilidade de dar prosseguimento a administração deste instituto porque queria se dedicar mais ao atendimento direto ao público nas comunidades mais carentes, fazendo um trabalho social que admito considerar impor
Na noite daquele mesmo dia Roberta ousou visitar Karla para tentar se redimir de suas atitudes que a levaram a envolver-se sexualmente com ela, reconhecendo que fez proveito de seu momento de carência afetiva, usando suas experiências de conquista para influenciá-la neste sentido. Porém, o resultado não foi o esperado e ao bater à porta do apartamento da amiga foi surpreendida com seu brusco rompante: ― Como ainda ousa vir aqui depois do que me fez? Por favor, retire-se e não me procure mais! ― Calma, amiga, vamos conversar! ― Você se aproveitou de meu momento de fraqueza para usar nossa amizade afim de despertar em mim desejos imundos que eu abomino, e por fraqueza me deixei dominar, mas não quero mais voltar a praticar tal coisa em minha vida, por isso fique bem longe de mim e leve com você essa maldição! Ao proferir estas palavras fechou a porta com grande ímpeto e a visita saiu dali envergonhada, seu olhar contemplava o piso em porcelanato e
Era um sábado, o calor da tarde naquela época do ano era intenso, principalmente numa região de clima árido, André e Karla retornavam à casa de Sueli e Alberto, era o filho pródigo buscando mais uma vez a paz com seus familiares. Foi sua mãe quem os avistou primeiro, correndo e os abraçando com muita ternura. Ao se aproximarem do pátio puderam avistar um homem idoso sentado numa cadeira de balanço, cuja estrutura era de ferro, mas revestida de material artesanal. Bastante confortável, ele movimentava-se nela lentamente, num balançar tranquilo, admirando as diversas plantas no quintal. Sueli avisou-lhes que se tratava de Alberto que a vários meses permanecia naquela situação depois de ser acometido de Alzheimer, parte de seu corpo paralisou e sequer conseguia falar. André se aproximou cauteloso, o homem tinha o olhar congelado, firmado nas arvores que dançavam com o suave soprar do vento, ele se ajoelha na frente do pai que parecia distante dali, e lhe fala carinhosam
André era o caçula de uma família radicalmente religiosa, composta por quatro pessoas: Sua mãe, uma assistente social de amplo reconhecimento pelos serviços públicos prestados em favor dos menores infratores, por quem não media esforços para libertá-los das drogas e do mundo do crime, onde viviam às margens da sociedade. Seu pai, um pastor evangélico ortodoxo, extremamente rígido quanto a moralidade e os costumes litúrgicos de sua igreja, e Rogério, seu irmão mais velho que o desprezava por causa de sua homossexualidade. Os dois filhos do casal foram desde cedo educados de acordo com a doutrina cristã pentecostal imposta pelo líder religioso. Preparando-os para no futuro darem continuidade a seu ministério pastoral. Porém, ele jamais foi totalmente aceito e amado pelo pai, devido seu jeito afeminado que lhe tornava diferente do outro irmão. Os desentendimentos eram constantes entre o casal por conta disso e o clima familiar era quase sempre insuportável:<
Na análise da futura psicóloga o homossexualismo é uma condição reversível do caráter humano, um estágio opcional da sua sexualidade que poderá ser mudada, no momento em que o homem ou a mulher decidem dizer "não" a este desejo contrário à sua própria natureza, e procura convencê-lo disso: ― Você, como outras pessoas, pode até ter nascido com tendência homossexual, mas isto não quer dizer que são obrigados a viverem em tais condições, é uma escolha, uma opção ― Mas como dizer não a um desejo que queima dentro de nós? Como ter forças para ir de encontro a essa vontade louca que sentimos de nos envolver a outras pessoas semelhantes a nós, ao invés do sexo oposto? Você não faz ideia do quanto é difícil lutarmos contra nós mesmos, é uma batalha na qual quase sempre perdemos ― André, já somos amigos a algum tempo, você hoje tem dezesseis anos e manteve-se esse tempo todo sem qualquer envolvimento sexual, seja como homossexual ou não, ainda está puro, virgem.
― Então porque não desiste desta condição vergonhosa e assume seu lado masculino?― Você fala como se fosse algo fácil de fazer― Pode não ser fácil, mas com certeza não é impossível, basta esforço. A homossexualidade é apenas uma declinação psicológica, uma falha moral que vem na bagagem ao nascermos e que, ao não ser praticada desaparece por completo de nossas vidas, é apenas um desejo contido na sexualidade do homem ou da mulher que deve ser combatida com veemência― Você parece ter mesmo nascido para ser uma psicóloga, sabe convencer seus pacientes de que realmente podem mudar o rumo de suas vidas― Não estou tentando apenas convencê-lo desta verdade, mas também lhe fazer entender que todos nós, seres humanos, temos poder de mudar aquilo que somos, independentemente do que venha a se