Pisquei, despertando lentamente do transe hipnótico da canção que cessou. Estarrecido, maravilhado e entregue, me coloquei de joelhos diante do ser mais lindo que já havia visto. Meu coração batia descompassado, algo se moveu por dentro o fio da vida, unindo-nos tão vivo como uma chama pulsante. Ela havia se tornado o mesmo ser que eu, tão escura, cruel e divina. E deveria ser batizada como tal. Mesmo machucado, sem fôlego e trêmulo, continuei de joelhos e virei o rosto para trás, olhando para meus aliados, soldados e companheiros. Meus olhos se tornaram negros como a noite e ao sentir a ameaça vinda, se colocaram sob os jeolhos, a unanimidade total para aquela deusa onipresente. - Se entreguem a Kéres. - anunciei com a voz grave e profunda.
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