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Todos os capítulos do Filho da Escuridão : Capítulo 11 - Capítulo 20
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CAPÍTULO X
Nas duas semanas seguintes, passei a pesquisar alguns clãs com a ajuda de Ash, que tinha se mostrado uma incrível aliada. Mas, mais do que isso, uma excelente amiga. Nós bebíamos, contávamos histórias antigas e viajamos para os Estados Unidos onde provavelmente haveriam grupos que talvez quisessem se aliar ao nosso propósito. Eu sabia perfeitamente que um ataque direto em Alloces não daria certo. Porque seria como matar apenas uma abelha em um enxame inteiro agitado. Precisava dar o tiro correto para derrubá-la de uma vez só.  Passei a evitar mulheres depois do episódio com Halldren e nós estávamos hospedados em um hotel em Washington. Voltei a ser alguém apresentável e não mais um bicho do mato como era desde que havia ressurgido. Então, havíamos voado e aproveitei para
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CAPÍTULO XI
Passei meus braços por Kendra deitado em minha cama. Ela estava em silêncio, depois de chorar algum tempo enquanto eu limpava a bagunça de Zahir. Depois dela tomar um banho, despejei meu sangue em um copo e entreguei para que ela bebesse. Ela se recusou, mas insisti pelo bebê.  Aleguei que não deveria mais se alimentar de um animal, que força isso traria para meu filho?  Kendra tomou e a depositei na minha cama para que dormisse. A gravidez deixava seu corpo suscetível ao sono e queria que ela descansasse. No entanto, ela me puxou e ficamos abraçados sem dizer nada.  - Você ficou comigo por prazer, não é? - Kendra soltou, quebrando nosso clima quieto.  Meu queixo estava repousado no
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CAPÍTULO XII
Ash parou na sala de reuniões ao meu lado. Ainda mancava, mas nós dois havíamos tomado um banho e trocado de roupa. Ela se posicionou ao meu lado e segurou meu braço, me dando apoio. - Você vai manter Halldren até quando naquela sala?- Não sei. - respondi com sinceridade. Arrumei meu cabelo e respirei fundo. - Vou buscar uma alternativa para isso. Mas, ela tem razão em querer a morte dessa maldita. Só que ela é apenas uma criança. Halldren ainda tem muito que viver para se colocar em coisas assim. Não quero vê-la misturada com tudo isso. - gesticulei para aquela sala onde seis demônios entrarão logo. <
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CAPÍTULO XIII
O telefone tocou mais uma vez e desviei o olhar da porta, deslizando o dedo na tela de meu celular e atendendo. Caminhei para a sacada com uma vista panorâmica e impressionante dos Cárpatos. Ali havia um pequeno divã e me sentei. - Que merda você fez? - a voz de Kendra estava furiosa no telefone.  Revirei os olhos.  - Do que está falando? - murmurei.  - Que porra você fez ao dormir com minha sobrinha?! - ela gritou.  Fiquei alguns minutos em silêncio.  - Você é mesmo inacreditável, Hadria. - ela entoou meu nome como um xingamento. - Melahel acabou de me ligar para
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CAPÍTULO XIV
Estava com Halldren nos braços, respirando em seu cabelo quando ouvi passos na manhã seguinte. Eu já havia colocado a porta no lugar dela presa por uma cadeira e ouvi que Ash foi diretamente para meu quarto, bateu na porta e ficou aguardando no corredor. Levantei meu rosto e Halldren se sentou enrolada no lençol de seda. Ver aquela mulher que tinha sido tocada por mim a noite toda, tão risonha e vermelha me deu um tipo diferente de fome, que poucas vezes havia sentido na vida. Sorri e toquei seu queixo. Os olhos dela piscaram dourados, seu sorriso aumentando mais. Não sabia explicar a paz, o conforto, mas ao mesmo tempo gratidão por Halldren estar ali. Nossos momentos juntos foram incríveis e ainda não poderia acreditar. - O trabalho me chama. Você tem meu número e qualquer
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CAPÍTULO XV
Mais irritado que antes, me levantei da cama e ajeitei minhas vestes, procurando meu telefone. Disquei o número de Kendra e esperava que ela pudesse atender. Mas, o número chamou durante vários segundos e retornei a ligação mais uma vez. - Merda!Ajeitei meu cabelo e saí de meu quarto, indo para baixo, para a sala de reuniões e passei no corredor a tempo de ver Halldren conversando com Ash no quarto dela, as duas sorrindo e virando peças de armadura feminina. Trinquei meu queixo, lembrando de como ela havia me deixado como um idiota. A questão é que as coisas não funcionavam assim. Eu era o Senhor ali, não poderia deixar que ela passasse por cima de mim ou que tudo seria conquistado por sexo. Parei na porta do quarto de A
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CAPÍTULO XVI
Lá dentro a escuridão era dominante, mas meu elo se tornou mais intenso, iluminando cada canto. Era um corredor pequeno, baixo e lapidado em pedras laranjas claras. Olhei por todos os lados e sem paciência pela dor que emanava de minha barriga assim como de meu maxilar. Por algum motivo os ferimentos não estavam se curando rapidamente, então para não perder tempo invoquei minhas gavinhas que obedientes ficaram em meu encalço, ordenei que varressem cada canto procurando por Alloces. Após quase um quilômetro, o sangue estava escorrendo de novo e minhas pernas pareciam quase dormentes. Me segurei na parede e respirei fundo. Precisava me alimentar e isso ajudaria a parar o sangramento. Vi que não conseguiria ir mais adiante, me sentei sobre umas pedras caídas e mantive minha respiração profunda para não desmai
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CAPÍTULO XVII
Seis meses. Durante os meses que seguiram me tornei o mais frio e calculista líder do Inferno. Correndo com soldados na calada da noite, caçando um por um dos demônios de Alloces e toda a trupe que havia estado separada dela naquele dia. Conquistei novos aliados como dois príncipes do Inferno, matei cada um que achei necessário e deixei que a carnificina me distraísse do que de fato estava fugindo. A mim mesmo. A questão era que depois de finalmente me vingar de Alloces, pude enxergar por trás da máscara da raiva. E atrás dela, havia dor. Havia muita dor, que eu não sabia lidar. E porque oras um Deus com um império todo para tomar lidaria com isso?Simplesmente porque me
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CAPÍTULO XVIII
Antes de sairmos de casa, estudamos um mapa com os pontos de referência para ter alguma ideia de onde começar. Os soldados estavam sem armadura, vestidos casualmente e todos eram mais antigos, da primeira guarnição de Lúcifer, sendo alados e ficariam nos quarteirões pelo perímetro. Seria menos de uma hora voando e Ash tinha um sorrisinho malicioso ao pular da sacada do quarto para voar, suas asas douradas, brilhando com a luz da lua cheia. Olhei enquanto ela alçava piruetas e espirais pelo Céu, antes de ir atrás. Meu demônio interior sorrindo ao ver aquela mulher estonteante. Que havia sido minha casa, meu conforto e me colocado lá em cima todas as vezes que caí. Era amor, mas um tipo diferente de sentimento, mas tão profundo quanto. Seria fácil ignorar todas as mulheres, não seguir suas opin
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CAPÍTULO XIX
- O que você pensa quando vê isso? - Ash balançou os pés, fazendo pedrinhas caírem pelo desfiladeiro. Tínhamos voado até uma das montanhas mais altas, nos montes Tantras longe de Cracóvia, para poder colocar os pensamentos no lugar. Bem, eu tinha voado. Briguei com Ash quando ela estendeu suas asas e a convenci a não fazer nenhum tipo de esforço pelo fim de semana. Sua recuperação da noite para o dia havia sido muito boa, mesmo que os ferimentos ainda estivessem muito visíveis e aparentes, levaria mais algum tempo para cicatrizarem. Toda vez que os olhava, a culpa recaía em minha mente como um lembrete doloroso e merecido. Também não iríamos mais para nenhum tipo de orgia, me recusava a deixar Ash se esforçar para isso. Queria
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