O sol tocou a borda da banheira e a água se tornou translúcida. Olhei para Ash e ela sorriu como o anjo que era.
Os cabelos presos em um coque frouxo, os cachinhos caíam sobre seu rosto e abri um sorriso preguiçoso, passando a ponta de meus dedos pelos tornozelos que estavam postos sobre a borda da banheira ao meu lado. Ela mordeu o lábio e automaticamente abriu as pernas, dando-me uma vista privilegiada de sua região íntima.
- Me mostra. Como chega ao limite do prazer. - pedi baixo.
Os ferimentos em seu corpo estavam marcados com cascas e Ash deslizou uma mão suavemente por suas curvas, acompanhando seus traços curvilíneos e encantadores. Ela apertou um seio e tocou o centro de suas coxas. Semicerrei os olhos, sentindo um arrepi
Atravessei para o outro lado e meus passos ressoavam ocos em um chão escuro, terroso e ecoou durante alguns segundos.O portal se fechou em dois segundos e o bebê em meus braços começou a chorar. Balancei-o carinhosamente e um aperto se formou em peito. Não sabia explicar a desolação que subiu por minha mente, como uma terrível dor. Senti uma leve mão arranhar minha garganta e respirei fundo, apertando Donn que estava inquieto em meus braços.Levantei o rosto e estava em uma caverna subterrânea profunda e escura. Só não era mais escura pela luz intensa de meu elo. Lembrava vagamente daquele esconderijo e eu deveria estar um ou dois quilômetros além da entrada escondida por magia. Intensifiquei a luz, tornando as paredes irregulares de pedra cinza ch
Pisquei, despertando lentamente do transe hipnótico da canção que cessou. Estarrecido, maravilhado e entregue, me coloquei de joelhos diante do ser mais lindo que já havia visto. Meu coração batia descompassado, algo se moveu por dentro o fio da vida, unindo-nos tão vivo como uma chama pulsante.Ela havia se tornado o mesmo ser que eu, tão escura, cruel e divina. E deveria ser batizada como tal. Mesmo machucado, sem fôlego e trêmulo, continuei de joelhos e virei o rosto para trás, olhando para meus aliados, soldados e companheiros. Meus olhos se tornaram negros como a noite e ao sentir a ameaça vinda, se colocaram sob os jeolhos, a unanimidade total para aquela deusa onipresente.- Se entreguem a Kéres. - anunciei com a voz grave e profunda.
Fazia algumas horas que estava caminhando pelo deserto procurando uma entrada lateral nas planícies alaranjadas do Novo México. Havia vindo voando com minhas próprias asas, mas Malthus havia sido específico sobre o novo esconderijo dos caçadores humanos e de alguns anjos. Halldren estava responsável por eles, Melahel concentrado em outra base. Eles tinham grupos separados, liderando uma matança por qualquer coisa cuja natureza fosse próxima a uma criatura mística.Meu coração doeu ao lembrar de minha despedida com Kéres, o bebê agitado em seus braços como se soubesse para onde eu estava indo. Eu os amava tanto que chegava a doer. E só por isso estava ali, atravessando as linhas inimigas, procurando uma ex amante para fingir que era apaixonado por ela. Handora me mataria se soubesse disso, mas eu j&
Atravessando pelo portal, algo totalmente paralisante aconteceu.Envolto em sombras, névoa e fumaça o tempo pareceu paralisar. Olhei em meio a escuridão, não consegui identificar onde estava. Automaticamente, me lembrei do Vazio, há quase um ano atrás. Mas, esse lugar era bem mais frio, estranho e como um pesadelo inerte.Foi então que ouvi estalos crepitando pelo ar e fui arremessado com violência pelo portal. Gemi de raiva e rolei por um descampado. Grama grudou-se em meu rosto, meu corpo, minhas asas. Me coloquei sobre os cotovelos, meu cabelo caindo sobre a face. Mas, o que Diabos estava acontecendo?Me sentei sobre o chão e o sol iluminava ardentemente meus olhos.Estava em uma cam
Castelo de EverestSob a base do lago, os três príncipes se elevaram com pompa, pousando a poucos metros de Kéres.A Senhora do Inferno os aguardava fazia cinco dias. A demora para achá-los e ainda mais de trazê-los a deixou completamente possuída. Mas, o importante era que agora eles estavam ali para marcharem com ela para onde Hadria estava. Vestida como a rainha, usava algo terrivelmente belo, um vestido longo transparente e sob sua testa uma coroa dourada de cinco pontas. Suas gavinhas, mais discretas que a de seu parceiro, estavam enroladas em seus braços como se parecessem mangas do tecido preto em renda.Ela lembrava dos nomes perfeitamente.
Alguém deu um tapinha no meu rosto e acordei sobressaltado.Pisquei com apenas um dos meus olhos abertos e vi a realidade crua de minha cela, muito distante daquele lugar surreal com a mulher que amei um dia. Trinquei meu maxilar e a dor estava excruciante. Mas, estarrecido notei que uma figura estranha ao meu cotidiano de tortura, praguejava ao tentar arrancar as presilhas de metal dos fios de choques, que estavam tão enterrados em minha pele, que soltaram um pedaço de minha carne neles.- Droga. - ele xingou.Mesmo com a visão embaçada, consegui ver alguns traços dele e diante de mim estava um homem alto. Os cabelos loiros escuros, incríveis olhos azuis intensos com uma pele clara de alabastro. Achei seu rosto familiar, mas não estava consciente o
Atravessei para uma parte de sombras entre dois coqueiros.Donn chorou irritado com a passagem turbulenta pelo portal, pois eu ainda estava em recuperação pelo que sofrera nas mãos de Melahel.Sob a ponta da areia fina e pálida, um Sol aquecia meu elo. Observei a ilha de Príncipe, um lugar que ficava no minúsculo país de São Tomé e Príncipe, na África Equatorial. Me lembrava de algumas coisas do lugar, mas em vista do que era antes, a população de média renda baixa, havia se espalhado pela área central e não sabia exatamente se o pequeno clã de bruxas ainda residia ali.Os Malakai eram velhos e antigos amigos.Grande parte do pode
- Você vai cuidar dele? - perguntei com o coração quase saindo pela garganta.Chandra assentiu.- Não se preocupe. Não tem lugar mais seguro para ele do que aqui. Você não pode levá-lo para onde está indo, Hadria.Por um minuto, hesitei.- Como poderei conviver com isso? - minha voz falhou.Chandra ninou Donn. Nós três estávamos na borda da floresta tropical.- Escute, filho. O que está fazendo não é ruim. Está buscando o bem para todos. Como seria para Donn conviver no Inferno? É esse tipo de criação que quer que ele