Vince sabia que não estava causando uma boa impressão; ou, pelo menos, não a impressão que gostaria de causar. Afidalgava-se dentro de sua blusa social mais cara, e seus sapatos encerados poderiam cegar uma pessoa. Ainda assim, por baixo do broche, do gel de cabelo e do perfume importado, sentia-se um marceneiro bronco que, decerto, não pertencia àquele lugar. No trigésimo sétimo andar da OneBionics, aguardava chamarem seu nome. Estava sentado num grande sofá em forma de círculo, com um tornozelo sobre o joelho, lutando contra o ímpeto de sacudir o pé nervosamente. Tudo desde a recepção era magnânimo: cômodos grandes, interconectados por corredores grandes e iluminados por janelas grandes; frequentados por mulheres e homens grandes, com suas maletas, bolsas, saltos e — considerando a maneira como levantavam o nariz — ego e expectativas grandes. No mesmo dia em que conversara com Estefen, enviara-lhe sua carta-proposta — a verdadeira, embora ainda imperfeita; também l
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