‒ Vamos, Benedito, vamos sair daqui. - pede Rosália, puxando oesposo pelos braços.Sem acreditar no que estava acontecendo, o casal parte para a casa.O que fazer? Como pagar as dívidas? Como sustentar as crianças?Como sobreviver? Essas perguntas não foram ouvidas, mas podiam serapreendidas no olhar do humilde casal. Os quilômetros ficaram maislongos, não se ouvia nenhuma palavra, apenas o som que a carroça e oscavalos faziam. Por algum tempo, o casal permaneceu de boca fechada,até que Benedito quebrou o silêncio.‒ Deve estar me odiando, Rosália.‒ Quando nos casamos, jurei estar contigo, na alegria, na tristeza,na saúde e na doença, até que a morte nos separe.‒ Ainda me ama?‒ Não estamos no melhor momento para falar de amor, Benedito.‒ Sei que este não é o moment
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