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Todos os capítulos do Não com Você: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Planos desfeitos
        - Claro que eu quero me casar, mas não com você.        O som das palavras ficaram fazendo eco para dentro do meu cérebro, penetrando meu ser. Me senti encolhendo gradativamente diante do par de olhos que me encaravam com um intensidade – antes irritada- e agora, claramente aliviada. Por alguns instantes, um surto de arrependimento me tomou, por ter entrado numa discussão sobre as flores do grande dia logo após um dia estressante de trabalho.       - Você não está falando sério. – falei baixinho fechando a agenda repleta de compromissos sobre o dia do casamento.       - Estou. – e ele se jogou no sofá, afrouxando a gravata. Claramente aliviado por estar falando sobre isso.        Eu não conseguia me mover do lado
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No sofá
               - Mas que maldito. – disse Brenda colocando os pés no encosto do sofá, cruzados na altura dos tornozelos.               Ela colocou a garrafa de vinho que pegamos no estoque da minha mãe no chão, entre nós duas. Eu estou deitada no chão, espalhada no tapete escuro da sala.                – E esta maldita Vivian. – acrescentou rancorosa minutos depois.             Isso me fez pensar de novo na Vivian sempre impecável. Desde o primeiro dia que a vi, lá na casa dos pais de Eduardo. Filha dos amigos mais íntimos da família, irmã do melhor amigo do Eduardo. Sempre enfurnada lá, sempre bajulando. Eu, jovem e insegura, me senti ameaçada pe
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Cuidado de irmã
                No sábado à noite, Brenda teve um encontro. Ela sempre tinha vários encontros, mas geralmente não chegavam a se repetir mais de três vezes com a mesma pessoa. E não porque os homens fugiam dela ou ela se envolvia com um tipo cafajeste, na maior parte dos casos a Brenda é que acabava se desinteressando de seus pares por algum motivo ou outro.                - Posso desmarcar. – ela me disse, escolhendo entre um brinco de argolas e um de pedras – Não é nada especial, na verdade. É o primeiro encontro.                - Não. – respondi sentando na cama, embora eu estivesse mesmo meio deprimida por ficar sozinha – E você está buscando defeitos no rapaz? – s
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Três amigas
Acordei com as risadas de Catarina e Brenda vindo da cozinha, um som capaz de me tirar um sorriso. Levantei e as encontrei lutando com uma forma de biscoitos fumegantes.- Bom dia. – falei encostando o quadril no balcão da cozinha.               - Oi! – Cat respondeu, animada como sempre – Estávamos testando essa receita, mas só sobrou essa forma.               - Sua irmã é um desastre. - Brenda disse com um gesto dramático para o chão, repleto de biscoitos.               - Bem sei eu. – sorri me sentando ao lado das duas.               Era reconfortante ter as duas por perto logo cedo, o café d
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Segunda-feira difícil
               - Até que enfim. – minha mãe me disse quando cheguei em casa segunda-feira de manhã, logo depois da Brenda sair do apartamento um tanto tensa na missão de deixar alguém cuidando da loja, e após um domingo feliz ao lado dela e da minha irmã. – Você conversou com o Eduardo? – senti a leveza das últimas horas ir se esvaindo de mim lentamente.                - Não, mãe. – respondi arrastando minha mala até meu quarto.                - Alice, você precisa ligar para ele! – ela me seguiu, gesticulando e aumentando o tom de voz. – Esse casamento ia fazer a sua vida, você ia ter total tranquilidade.       &nb
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Caixas lacradas
                - Quando essa viagem sai? – perguntei à Cat pelo celular, logo depois que consegui sair do restaurante, tentando não olhar o Eduardo novamente.                - Nossa. – Catarina riu do outro lado – Pouco tempo, se a Brenda estiver de acordo. Onde você está?                 - Saindo de um restaurante. – respondi acelerando os passos – Seria gentil da sua parte passar a noite em casa. – falei firmemente e Cat apenas concordou – Vou pensar numa forma de Brenda se ajeitar logo. – acrescentei antes de desligar e buscar o número da minha amiga na agenda.                - Estou enrolada. – ela disse sem nem m
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Euforia e pesar
               O resto da semana passou de uma forma estressante pois, tanto Catarina quanto Brenda – que aceitou sair no fim de semana e parecia ter amolecido com a nossa conversa –, estavam ocupadas demais com seus negócios. Minha mãe passou o tempo todo livre deixando claro o quanto ela achava absurdo eu sair quando o Eduardo estava por ai, começando a desfilar com outra.                A fofoca parecia, enfim, ter se espalhado e eu precisava me esquivar de telefonemas indesejados e campainhas insistentes. Pessoas que pareciam se condoer da minha situação, mas estavam apenas querendo observar a situação de perto.                Parecia mais sensato ficar trancada no quarto, em meio as malas de viagem e as caixas, que aind
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Roda-gigante
                - Ela parece uma criança com essa câmera. – Brenda comentou enquanto nós duas andávamos juntas pelo parque. Conseguíamos ver Catarina abaixando e levantando em busca de suas fotos perfeitas.                - Com certeza. – confirmei, olhando o parque cheio ao nosso redor.                Haviam muitas crianças com os pais e alguns adolescentes aproveitando a noite de sábado nos tradicionais brinquedos.                ­ - Vamos esperar aqui. – Brenda apontou um banco. Atrás de nós estava a imensa roda-gigante, cheia de luzes. – Te achei muito para baixo antes de sairmos. – ela comentou suavemente.
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Uma antiga casa
                A manhã seguinte estava chovendo, o que não ajudou no humor da Brenda – que não parava de repetir que não gostava de andar no mato – e no meu – que passei boa parte da noite tentando descobrir como me orientar e estava morrendo de sono.                Cat não se alterou nem um pouco com isso, e após o café da manhã na mesma lanchonete próxima ao hotel, estávamos seguindo viagem.                A chuva batia nas janelas, me deixando sonolenta, e em alguns momentos fiquei em dúvida se dormi ou não. Cheguei até a ter alguns sonhos confusos, todos relacionados ao casamento.              &nbs
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Chuva, culpa, medo e festa
                - Será que essa chuva não vai parar? – finalmente, depois de dois dias de chuva sem trégua, o humor de Cat começou a variar. Ela olhava pela janela da cozinha o céu completamente coberto de nuvens.                - Não estou achando tão ruim. – Brenda disse, deitada no sofá da sala repleto de almofadas e travesseiros, com o celular nas mãos.                - Vamos esperar mais um pouco. – tentei confortá-la com uma mão nos ombros. Sua expressão era tremendamente desapontada.                Nos juntamos à Brenda no ambiente aconchegante da sala, ouvindo o tamborilar insistente das go
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