Todos os capítulos do Iviston - A cidade Gelada: Capítulo 41 - Capítulo 50
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Adendo 1-2
Assim que o rosto encostou nas águas negras um arrepio percorreu o corpo, era o frio retraindo os músculos e diluindo a pouca coragem de continuar a tarefa. Mas era isso ou achar um jeito de vencer Malcon em um combate, onde a única espada por perto uma hora estaria sobre o seu pescoço. Então continuou torcendo que fosse mais rápida que o sol traspassando o horizonte, estava correndo contra a bola amarelada avermelhada que nunca se atrasava, até mesmo contra o tempo, e por um momento que a lenda do lago fosse verdade. “É impensável, impossível, sereias não existem, não deviam existir. Não naqueles lago gelado e coberto de folhas.” Era o que dizia pra si entre as espiadelas na rocha fora d’água.  A mão presa a espada mais atrapalhava do que ajudava entre as braçadas, isso quando a lâmina cega não atingia o corpo e o rosto, da garota, durante a primeira volta. Mas foram as pedradas motivacionais do comandante que a motivaram a continuar dando braçadas com os dois bra
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Adendo 1-3
Ela não viu nada antes ou chegou a sentir que alguma coisa estava se aproximando, mas tinha a estranha sensação que alguém a estava observando. Era constante, estava intrínseca em sua alma, na pele arrepiada e nas braçadas que ganhavam força e velocidade graças ao medo, ao desejo de não ser a refeição de bom dia. Mas já era tarde demais, já estava sendo carregada ao fundo do lago.  A água densa tinha o odor podre de decomposição, o gosto amargo e ferrosos de lama preenchia a garganta, enquanto empapava a saliva na boca e fazia os tímpanos ruir, como se estivesse tomado umas boas pancadas.Não havia visibilidade nas águas negras e a pouca luz só mostravam a direção correta pra seguir, mas teria que arranjar um jeito de se livrar do que a estava puxando. Não adiantava segurar a respiração ainda que tentasse o ar dava um jeito de escapar pelos lábios selados ou pelas narinas enquanto a água entrava.Aylilins se manteve calma conforme era arrastada
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40
Endy abriu os olhos na turva penumbra, que os abraçava junto com o calor dentro da minúscula barraca, e fitou o rosto imóvel do caçador, os lábios rosados entreabertos, as bochechas mais pálidas que o habitual, e as pálpebras seladas por uma pequena crosta líquida que descia a face, feito uma lágrima. Mas não era. Tudo isso informava ao consciente, a razão e a lógica que não tinha como ele estar vivo, mas como todos as coisas vivas estava morto. “Não pode ser verdade? É uma mentira tão ruim que não tem como acreditar. É impossível...” Era o ceticismo que repercutia nos pensamentos de Endy, enquanto seu rosto aguardava a sensação do toque úmido roçando suas bochechas e o suave ruído do ar penetrando as orelhas. “É tudo coisa da sua cabeça. Foi só uma brisa no
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Assim que abriu os olhos a primeira coisa que Orion tentou fazer foi levantar, mas o corpo não obedeceu se recusando a engolir a dor e a se por de pé. As ires ainda estavam descompassadas tentando por em ordem o montante de pele sobre seu corpo, as costas da garota a sua frente com uma corda presa entre os dedos e um pedaço de gelo na outra mão. Fitou ao redor se dando conta do trenó, da mochila que estava sendo usando de travesseiro e permaneceu em silêncio por algum tempo, até que a viu fazer a coisa mais estúpida que podia ser feita.- Não coma neve, coloque-a no cantil e deixe dentro das suas roupas. – Informou à garota que mastigava alguns pedaços de neve.Não faltava muito talvez uns dez a vinte quilômetros que naquele ritmo podia se prolongar por mais dois a três dias. O problema seria a nevascas, a tempestade se intensificando de momento a momento. O céu calmo não o enganava de forma nem uma sabendo que quando a tormenta começasse não ce
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Na última vez que abriu os olhos Endrelina estava abraçando-o, buscando algum calor em seu corpo gelado. Os cabelos castanhos tocando seu rostos enquanto a cabeça descansava em seu peito, ele subiu as mãos pelas costas da garota, não sabendo aonde colocá-las, e a abraçou de volta colando seu corpo ao dela. Era bom ter ao que se agarrar, sentir o calor transitando dele pra ela e descobrir que havia mais alguém que lutaria por ele, para mantê-lo vivo. Era reconfortante. Essa seria uma boa memória se ainda se lembrasse dela. Se não recordasse da dor e de quantas vezes cogitou a hipótese de deixá-la a própria sorte e não levá-la consigo. Mas tudo que se lembrava aos poucos dava lugar ao breu e então a luz.Orion agradeceu aos céus quando abriu os olhos e percebeu que estava em seu quarto, e não fazendo parte de um amontoado de gelo. As ires serpentearam o cômodo procurando qualquer desordem, mas tudo estava em seu devido lugar, nas prateleiras com seus poucos livros,
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Pela primeira vez Endy percebeu algo na voz, tinha um ar de fraqueza, de convicção mesclada a uma infantilidade que beirava o egocentrismo, mas também o imaginou dizendo com lágrimas descendo o rosto, com um suspiro exausto de uma alma cansada de lutar, de perder, de nunca desistir. Pela primeira vez seu caçador deixava o plano das deidades, das pessoas que não se quebravam pra revelar os mais sutis traços humanos, a fragilidade e a dúvida. Era só mais um menino correndo atrás de um sonho, um bebê tentando tocar a lua do seu pequeno berço sem de dar conta da distância que havia entre eles, um desejo condenando a não se realizar, a falhar todas as vezes.- Faz parte do meu sonho. – Continuo ele a fitando, enquanto seus olhos ganhavam uma nova audácia, uma versão dupla e reforçada da convicção que já estiveram entre as ires sem vida, mas agora estavam mais fortes, renovadas pelo constante desgaste. Então devolveu com a mesma coragem que respondeu, com um novo ânimo. P
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Devia ser cedo, a luz do sol nascente mal invadia o quarto através da cortina e tudo que ouvia pela janela aberta era o som estridente de água caindo. Foi a curiosidade que a levou a desvendar o mistério do que havia lá fora? O que fazia aquele barulho? O que ou quem estava acordado, aquelas hora? Por isso esgueirou os olhos pelo tecido ao vento, enquanto aos poucos observava os fatos solucionando o intrigante caso que estava em sua mente. Os cabelos curtos ganhavam tons mais escuros conforme a água passava por eles, e ao fitar as costas, expostas, cheias de cicatrizes perguntas se formavam questionando qual seria as histórias por trás delas? Mas não era esse o foco, não naquele momento. Ao lado dele uma tocha presa ao poço fornecia a pouca luz que corroía o delicado véu do que restava da noite. O balde foi julgado no poço e depois de alguns segundos água despencava a partir da cabeça levando toda a sujeira do corpo embora.Conforme acordava perguntas surgiam e as i
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Adendo 2
Ailyn saiu do quarto de Aylilins, mas antes fitou o cômodo e por um momento se perdeu no seu próprio reflexo, nos olhos cristalinos azuis que tinham um toque incontido, como as ondas do mar tentando tomar a praia, onda a pôs onda, o queixo levemente quadrado dava uma certa elegância aos traços finos e concretos do rosto, já os lábios finos e rosados ​​se destacavam na pele de porcelana, enquanto o nariz suavemente sardado harmonizava cada minúsculo detalhe da face em uma obra de arte completa. Mas não foi isso que parou, que o fez pensar ou o prendeu frente ao grande espelho embutido na cômoda repleto de joias, pendentes e cosméticos, mas o reflexo da cama que preenchia o imenso quarto.- Uma hora vão te
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Adeneo 2-2
O rei Kripnor notou o movimento, os olhos atentos de seu sobrinho na vasta sala e a expressão confusa a cada novo fato revelado na luxuosa câmara. Por um momento ele invejou seu irmão, por toda a eternidade desejaria que Ailyn fosse seu filho e não dele. A riqueza, a fama, ou as mulheres dentre a nobreza não conseguiam atrair ou manchar aquele cabelos dourados e envolver como altivas ires azuladas com a cobiça, com como armações e como luxúrias palacianas. Aos olhos esverdeadas do imperador aquela criança deveria herdar o reino, necessária governar o trono, a todo custo, e se fosse necessário a força. Mas sabia que como seu pai ele não o faria, era um cão tão leal que mesmo oprimido voltaria sorrindo ao seu dono, era esse tip
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Adendo 2-3
- Então é possível!? – Questionou Kripnor levando uma das mãos ao queixo do lobo negro. – Escriba redija. – O governante se pôs de pé alçando seu cetro real ao peito continuo. -  Eu, Kripnor Obverkes Alkis Terceiro, incluo a cláusula que o direito de ensino nas escolas mágicas pode ser negados aos novos e velhos estandartes nobres que faltarem com desrespeito as suas autoridades Mors. – Proclamou o rei assentando em seu trono. – Segundo este novo adendo eu Imperador Kripnor restrinjo o direito do Príncipe Ailyn de estudar magia pela a forma descortês de se portar a corte, sobre o crime de invadir a sala do trono e de se dirigir ao imperador de forma desrespeitosa. E até que de case com a filha da condessa Obnurs como forma de retratação pública estará plenamente com este direito suspenso.- Você não fez isso?! – Disse o príncipe  duvidando do que estava ouvindo e mantendo um pensamento em mente. O príncipe respirou fundo e recuou o passo que havia dado sup
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