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Todos os capítulos do Diário de uma Han-yõ Youkai: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Uma companhia inesperada...
             Os primeiros raios de sol da manhã irromperam por entre as cortinas brancas me acordando de um sono sem sonhos, sentei-me na cama e estiquei os braços alongando os músculos das costas, uma longa cascata de fios negros desprendeu-se do elástico, mas ignorei. Depois de alguns minutos ainda naquela posição, levantei-me e segui para o banheiro adjunto ao quarto.Ler mais
Um homem impertinente...
Pela primeira vez em anos, acordei me sentindo disposta e feliz até mesmo pelos raios de sol que iluminavam o quarto e minha vida que antes parecia viver sob uma escuridão profunda. Bocejei tentando me erguer e então senti algo pesar levemente sobre meu corpo, olhei para baixou e fitei o pequeno Kappa que dormia serenamente, deitado sobre minha barriga, suas pernas escorriam por cada lado de minha cintura o que lhe dava uma aparência engraçada, poderia confundi-lo com uma criança humana se não fosse por sua pele esverdeada.A água em sua cabeça não escor
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Conhecendo-o...
A sensação de deslocamento esteve constantemente me perseguindo antes mesmo de me entender como uma criatura sobrenatural, não importava onde estivesse, ou com quem estivesse, aquela sensação de não pertencimento estava sempre presente e nunca aprendi a lidar com isso. Mas curiosamente, essa sensação deixou de me incomodar, ao passo em que Haru tornava-se um ente mais importante para mim, conseguindo minha confiança com uma facilidade absurda, e isso me assustava. Em momento nenhum deixei que alguém se aproximasse tanto, mas por algum motivo, eu gostava de estar perto dele
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Marcando território...
Haru, depois daquela conversa, ganhou um grande espaço em minhas emoções, me fazendo corar sem graça sempre que estava por perto, ou desejar sua presença quando estava longe, e antes que pudesse perceber, tínhamos nos tornando muito mais que amigos, o que me surpreendia visto que nem isso eu queria no início. Haru, depois daquela conversa, ganhou um grande espaço em minhas emoções, me fazendo corar sem graça sempre que estava por perto, ou desejar sua presença quando estava longe, e antes que pudesse perceber, tínhamos nos tornando
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Dando um tempo...
Minha mente fervilhava em perguntas assim que o loiro se afastou de nós, era a primeira vez que conhecia um mestiço assim como eu, e estava muito empolgada, mas instintivamente sentia que havia algo de errado acontecendo, como se a chegada de outra raposa demônio representasse algum tipo de perigo. Respirei fundo, esfregando as têmporas que começavam a doer e voltei minha atenção a Haru que parecia perdido em pensamentos também. – Espero que o que estou sentindo seja apenas demarcação de território! O ouvi dizer baixo, como se falasse para s
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Cuidando...
          Haru levou-me na porta de casa naquela noite depois de uma romântica caminhada de mãos dadas sob a noite estrelada, beijou-me novamente em despedida e seguiu seu próprio caminho. Subi a longa escadaria, balançando o corpo levemente enquanto cantarolava uma musiquinha animada e quando entre no pequeno apartamento notei que meu filhotinho já dormia, ainda com a televisão ligada em um programa culinário, decidi que lhe contaria sobre minhas aventuras na manhã seguinte e depois de verificar se
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Descobrindo-se...
Depois daquela conversa tensa, acabei sugerindo que saíssemos um pouco da casa, havia me engraçado com seu jardim e estava muito curiosa em descobrir quais outros seres sobrenaturais eu poderia encontrar, o puxei pela mão, e praticamente o arrastei para o pequeno pedaço de floresta que havia atrás da mansão.             Havia uma grande fonte de pedras no jardim, cheia de pedrinhas e carpas coloridas que nos olhavam de forma inteligente, o que me fez pensar se estaria diante de Youkais que não conhecia até ent&atil
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Continuidade...
Qual a minha surpresa ao perceber que meses se passaram desde que me mudei para aquela nova cidade, e enquanto tantas coisas aconteciam em minha vida, as estações passavam e aos poucos, o inverno chegava a suas últimas quedas de neve. Rapidamente os exames finais aproximaram-se, monopolizando meu tempo que já era curto, e mesmo incomodada com a sensação de perigo me rondando vinda de Look, decidi que não deixaria minha vida se perder ainda mais por conta de inseguranças e neuroses. Então, me esforcei-me ao máximo para concluir meus estudos com notas acima da média, afinal era a única forma de entrar numa universidade conceituada, ainda mais quando planejava concorrer a uma bolsa integral.

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O espirito do prédio...
Conseguir informações sobre o histórico daquele prédio foi mais difícil do que pensei que seria, tentei entrar em contato com a agencia de locação com quem fiz o contrato, mas não consegui nenhuma informação, supostamente porque não mantinham registros anteriores a compra do estúdio que havia acontecido apenas cinco anos antes e todos dos antigos moradores foram realocados por causa de uma grande reforma.Rapidamente descobri que a situação era maior do que aparentava, os filhos dos antigos donos não deixaram nenhum co
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No hospital...
No meio da confusão, acabei sendo levada para o hospital pelos paramédicos como uma testemunha do crime, julgando que sendo apenas uma adolescente, precisaria de atendimento psicológico após ver tamanha violência, ainda mais contra alguém do mesmo gênero. Inicialmente, a ideia de conversar com uma psicológica me pareceu desnecessária e até mesmo perigosa pois, ela poderia me hipnotizar e descobrir meus segredos, me causando problemas. Mas quando me vi sentada em frente a uma mulher jovem e negra que falava suavemente, como se entendesse todos os questionamentos que me afligiam, acabei contando sobre meus pequenos surtos de violência, e aproveitei para perguntar o que poderia fazer para ter mais controle sobre mim mesma.

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