12 - Olá, Realidade

Desperto.

Sento-me na cama com os olhos arregalados, suando e com a respiração ofegante. Eu quero saber o que aconteceu. Olho em volta e decepciono-me quando noto que eu estou novamente em meu quarto.

Aquele sonho foi tão real... cada sentimento, cada sensação, cheiro e toque. A vontade que tenho é de chorar por ser jogado violentamente de um lugar em que meus sentimentos ruins não me afetavam e que, quando tentavam, eram escorraçados de forma incrível, que deixava minha mente em paz.

Toco cuidadosamente em meu olho esquerdo e o sinto inchado. Que droga!

Em um salto, levanto-me, corro até a porta, abro-a bruscamente e vou até o quarto dos meus pais. A cama está forrada e não há sinal deles. Vou até a sala de jantar e Cristal está arrumando a mesa.

– Que horas são? – Pergunto-lhe, tentando recuperar o fôle

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