2 anos e 3 meses depois
Era sexta-feira o céu estava nublado, o relógio marcava 19:45 PM. Mayane estava em frente a faculdade esperando seu irmão buscá-la, ela já estava no 4° período da faculdade e essa era a terceira vez que ele ia pegá-la, o que não era nada agradável pra ela, já que a primeira vez que ele fez isso era pra informar que ele viajaria para nova York e passaria 6 meses lá por causa de um assunto de negócio, a segunda vez ele anunciou que tinha comprado um apartamento e iria se mudar com verônica para o apartamento, ela deveria permanecer na mansão, e hoje ela sentia um embrulho no estômago, pois sabia que independente de qual era a notícia ela com certeza não iria gostar. - será que ele vai demorar muito? Gabriela sua amiga pergunta olhando para o relógio em seu pulso. Ela tinha uma certa queda pelo irmão da amiga, mesmo sabendo que já tinha namorada, ela gostava de olhar para ele de longe e tentar flertar com ele ( infelizmente pra ela nenhuma tentativa dela havia dado certo, mas ela nunca desistia) e sempre usava a desculpa de querer deixar Mayane sozinha esperando. - Eu não sei, ele só disse que me pegaria, mas não.... o telefone dela toca e imediatamente ela o tira da bolsa pra atender. - alô? - Chegarei um pouco tarde, mas já estou a caminho. Ela reconhece a voz de seu irmão e se pergunta porque o número é diferente. - se quiser posso pedir para o motorista vim. - não é necessário, eu já estou a caminho, em 10 minutos chego aí. Dito isso ele desliga o telefone sem que haja tempo dela retrucar. Um enorme desconforto cresceu dentro dela, ela tinha absoluta certeza que a notícia que ele daria não seria do seu agrado. De repente ela pensou que talvez fosse para fazer um cortejo a seus pais ou apenas para vê se estava bem, afinal hoje fazia 12 anos do falecimento deles e amanhã seria seu aniversário, o dia que ela simplesmente odiava tanto, afinal para ela, a culpa daquele acidente era dela, eles estavam correndo atrás dos preparativos do aniversário que acabou se tornando um velório. - o que houve? era seu irmão? Gabriela pergunta se aproximando mais dela. - sim era, ele vai chegar um pouco tarde - poxa amiga, não posso esperar mais, tenho um encontro hoje. Ela diz dando um beijo no rosto e se levantando imediatamente. - não tem problema, segunda a gente se vê. Ela fala com um sorriso singelo no rosto. Mayane passará a vida inteira estudando em casa com professores particulares, quando foi para a faculdade, finalmente ela pode compreender melhor a rejeição do seu irmão quando ele a beijara pela segunda vez, sempre sendo protegida pelo pais e sem contato com mais informações ela não sabia que irmãos não podiam se relacionar amorosamente. Deste daquele dia, eles se distanciaram, ele literalmente evitava ficar sozinha com ela em qualquer lugar da casa, até que decidiu sair de lá e seguir sua vida com verônica. Ela sabia agora que os sentimentos podem acabar e as pessoas podem se relacionar com outras pessoas, como sua amiga Gabriela que já havia trocado 3 vezes de namorado e agora estava solteira, mas a caminho de um encontro, mas ela não conseguia seguir em frente como seu irmão o fez, ela não conseguia olhar para outros homens do mesmo jeito, ninguém além do seu irmão fazia seu coração acelerar e ter a vontade de beijar, ela sempre que o via com a verônica, ela se perguntavq porque ela não pode amar outro alguém. - May, o que faz aqui sozinha, não sabe que é perigoso? caleb pergunta ao se aproximar dela com uma sombrinha. - Porque tá com sombrinha? - Tá chuviscando, não percebeu? ele pergunta com um certo espanto, dela tá ali em pé no chuvisco sem perceber. - Ah é mesmo, ela fala olhando pro céu e de repente sua visão fica coberta pelo tecido preto da sombrinha de Caleb. Quando ela olha para o lado ele está extremamente perto dela, ela automaticamente tenta se afastar dele, mas ele a segura pelo ombro, como se estivesse dando um abraço de lado nela, só que de uma maneira mais íntima. - relaxa, não quero que se molhe. - não é que.... ela ouve uma buzina e era o carro de seu irmão. - seu irmão, deixa eu lhe acompanhar. Ele a leva até o carro. - obrigada, ela diz sem nem olhar para ele e entrar. Ao entrar no carro, ela percebe que a atmosfera não estava das melhores. Seu irmão estava com um rosto sério e seu olhar estava bem fixo no rapaz que se encontrava fora do carro sorrindo. - Boa noite queridinha, verônica que estava sentada no banco ao lado do motorista, fala direcionado a may quebrando aquele clima o silêncio. - Boa noite pra vocês, diz sem deixar de olhar para seu irmão que em nenhum momento a olha. Enquanto ele dirigia o silêncio tomou conta novamente a fazendo se sentir enjoada. Ela não parava de notar que seu irmão não afrouxou a mão, parecia que ele iria quebrar o volante que segurava com tanta força. - seu namorado aquele rapaz, verônica pergunta quebrando mais uma vez o silêncio e fazendo a cara de Will se tornar mais sombria - É.... may iria responder é meu amigo mais verônica a interrompe, fazendo parecer que ela disse sim. - ele é muito bonito, precisa marcar um dia para nos apresentar ele. - não sabia que você estava namorando, dessa vez Will finalmente a olhou, mas seu olhar estava sombrio. De repente uma raiva cresceu em seu peito, ela começará a se perguntar: ele passar tanto tempo longe e sem se comunicar e agora estava com raiva por não saber nada da minha vida? ele não tem esse direito. - como você ia saber, mal fala comigo ou mantém contato, ela queria que sua voz saísse num tom sem importância, mas a decepção tristeza e mágoa transpareceram em suas palavras. o caminho continuou num longo silêncio até o restaurante. Quando param na frente do restaurante Will pediu para que verônica fosse verificar as reservas enquanto estacionava o carro, ela imediatamente concordou e saiu, quando May estava prestes a descer com ela, Will saiu com o carro para estacionar, apesar de passar por algumas vagas vazia, ele estacionou o mais longe possível da entrada. May se mantivera totalmente em silêncio esperando o momento exato de descer e correr para a entrada mais próxima.Assim que ele estacionou, May tentou abrir a porta do lado direito onde estava, mas ele travou todas as portas, não dando essa alternativa de fugir. Ela sabia que ele havia feito de propósito, mas mesmo assim tentou manter a calma e falar de maneira desentendida. - a porta está trancada - eu sei, ele disse passando para o banco de trás do motorista ficando ao lado dela. Ela automaticamente tentou virar de costas para ele, mas ele segurou em seus dois ombros sussurrando em seu ouvido, você está tentando fugir de mim? sua voz era roupa e cheia de autoridade. - não, estou apenas tentando sair pra entrar no restaurante em que sua adorada namorada deve estar nos aguardando, sua voz quase tremia, mas ela ainda se esforçava para manter a calma. - porque não me disse nada sobre seu namorado? - não tenho nada pra dizer - como não? eu preciso saber quem ele é e se ele vai cuidar bem de você, ele apertou com mais força seu ombro, só de pensar nela e na situação em que viu aquele rap
Há doze anos atrás, o princípio de tudo. Hoje é a véspera do aniversário de Mayane, uma garotinha doce, meiga, gentil e de um sorriso encantador. Sua mãe Marcia havia saído bem cedo para terminar os preparativos de sua festa de oito anos. Ela havia chamado ela para ir junto, mas Mayane escolheu ficar em casa para esperar sua amiga Jennifer chegar e, assim, poderem brincar na sala de jogos. Ela não sabia que aquele seria o último dia de uma vida normal e tranquila. Depois, tudo ficaria de cabeça para baixo, sua vida mudaria completamente e não teria como voltar atrás, apenas seguir em frente e tomar as decisões necessárias, mas nem sempre corretas, apenas necessárias. A mansão, nesse dia, estava bem agitada. Todos os empregados passavam apressados por aqueles corredores longos e espaçosos. Todos os membros da família haviam se hospedados lá. Aquelas tias chatas e interesseiras, que eram mães daqueles primos irritantes e mimados que dá vontade de vomitar de nojo. Aqueles tios que
Sete anos e 9 meses depois A claridade invadia aquele quarto, fazendo com que toda aquela decoração amarela parecesse mais radiante. Debaixo de um cobertor branco com flores amarelas, estava uma garota linda, doce e gentil, dormindo, mas com certeza não sonhava. O sol já estava quase chegando em seu belo rosto quando seu irmão entrou no quarto com uma bandeja cheia. Ele deixa a Bandeja numa mesa próximo a cama de sua irmã e para, para observá-la, ele olha seus cabelos ruivos se destacarem naquele lençol florido, olha seus lábios rosa e lembra do breve selinho que deu neles quando ainda era criança. Seu coração dói, de vergonha por ter feito isso com sua própria irmã, quando ela era uma menina indefesa. Seu olha acaba passeando pelo resto do corpo que apesar de estar coberto com o lençol dar para nota suas pequenas curvas. De repente ele se assusta com o que está fazendo e se vira para sair do quarto dela, mas esbarra na beira da cama a fazendo acordar. - uhmm..... - bom dia, descu