Assim que ele estacionou, May tentou abrir a porta do lado direito onde estava, mas ele travou todas as portas, não dando essa alternativa de fugir. Ela sabia que ele havia feito de propósito, mas mesmo assim tentou manter a calma e falar de maneira desentendida.
- a porta está trancada - eu sei, ele disse passando para o banco de trás do motorista ficando ao lado dela. Ela automaticamente tentou virar de costas para ele, mas ele segurou em seus dois ombros sussurrando em seu ouvido, você está tentando fugir de mim? sua voz era rouca e cheia de autoridade. - não, estou apenas tentando sair pra entrar no restaurante em que sua adorada namorada deve estar nos aguardando, sua voz quase tremia, mas ela ainda se esforçava para manter a calma. - porque não me disse nada sobre seu namorado? - não tenho nada pra dizer - como não? eu preciso saber quem ele é e se ele vai cuidar bem de você, ele apertou com mais força seu ombro, só de pensar nela e na situação em que viu aquele rapaz tão próximos, subiu uma raiva que ele não notará que estava apertando demais. - hahaha, ela rir alto empurrando suas mão do seu ombro e virando para olhar em seus olhos, como você cuidou? Você me trancou naquela mansão a minha infância e adolescência toda, não tive contato com ninguém além de você e os inúmeros empregados que você contratou pra cuidar de mim em seu lugar, ainda tentou me persuadir a não fazer faculdade, pra quê? pra não sair da mansão?, o pior é que você se mudou, foi embora viver sua vida com vitória e eu continuei lá, eu não posso sair sem pedir permissão e sempre que saio tem a droga do motorista pra me vigiar, você não cuida de mim, você paga pra alguém cuidar, você me liga um ou duas vezes ao ano e acha que tem o direito de saber de quem eu gosto? eu não sou mais criança, você não pode controlar minha vida inteira. Ela ficou tão alterada que começou a gritar e a esmurrar ele no peito. - desculpa, calma, calma por favor, numa tentativa de acalmar ela, ele a agarrou e se deitou por cima dela no banco, até que ele só podia ouvir seus soluços. Me desculpa, você não entenderia! é complicado. - me deixar foi fácil pra você, sua voz estava cheia de mágoa e decepção. - não, May, não foi fácil, ele disse olhando em seus olhos. Ele finalmente afrouxou seu abraço, tirando uma mão e acariciando seu rosto que estava vermelho por ter chorado. Isso partiu o coração dele, pois ele realmente imaginava que seria melhor para ela ficar longe dele, mas naquele momento ele percebeu que pra ela tinha sido muito difícil esses anos todos. - então porquê? porque me deixou lá sozinha? - achei que fosse melhor pra você, sem perceber ele começou a acariciar os lábios dela com o polegar e se aproximar seu rosto do dela. Ela agora era uma mulher e estava mais bonita e encantadora do que nunca, quando ele se aproximava dela, ele esquecia completamente o motivo de se manter longe, ele a queria mais do que tudo e ele sabia disse, sabia também que não era possível, mas ali embriagado pelo cheiro dela, era impossível manter o controle. - não foi melhor pra mim, a voz dela saiu como um sussurro tão baixo que se ele não estivesse tão concentrado olhando seus lábios ele não teria entendido. - agora eu sei que não, ele se aproximou e estava prestes a beijá-la quando alguém bateu na janela do carro fazendo ele se levantar imediatamente de cima dela. Verônica nem tentou esperar eles no restaurante, ela apenas confirmou a presença deles e disse que eles já entrariam, dito isto ela imediatamente foi à procura do carro. Ela sabia que eles eram irmãos, mas ela sempre achará estranha a relação deles, pois apesar dele se manter longe da sua irmã, quando ela estava por perto, ele não tirava os olhos dela e não parecia uma proteção de irmão, parecia que havia algo a mais, mas a maioria das vezes ela tentava afastar esse pensamento de sua cabeça, mas toda vez que ela estava presente, ela sentia um sentimento de como May fosse sua concorrente e não sua cunhada. Will tornou a voltar para o banco da frente, enquanto May se sentava e se ajeitava. O vidro do carro tinha Insulfilm, era quase impossível ver alguma coisa. Ele destravou a porta do carro e saiu, May saiu logo após ele. - Vocês estavam demorando, então vim chamar, se não vamos perder a reserva, verônica tentou desfazer seu ciúme num tom de inocência. - estava tentando conversar com a May, Will disse ficando ao seu lado. - me desculpa por atrapalhar, não foi minha intenção - não tem problema, Vamos. Os três caminhavam até a entrada, enquanto os dois iam na frente, may seguia em silêncio atrás ouvindo a voz enjoativa de verônica, ela só falava dos outros e de vestido, jóias e coisas que queria comprar. Will que não estava prestando atenção no que dizia, tentava sempre olhar pra trás, para olhar para sua irmã. Ele poderia estar preocupado com ela, mas a verdade era que ele estava impressionado em como ela havia mudado. Ela estava de calça e uma blusa bege frouxa, ele conseguiu ver que seu corpo estava mais bonito, suas curvas não mudaram, mas ela parecia uma mulher e não a garotinha que ele costumava lembrar. Sentados no restaurante, verônica realizou o pedido deles. Mayane sentava de frente para os dois, o que a deixava totalmente constrangida e incomodada. Ela olhava pra tv, enquanto verônica ficava alisando a todo momento a mão de Will por cima da mesa. Os pedidos geralmente chegavam rápido na mesa, mas hoje parecia uma eternidade. - e então vocês conversaram sobre seu namorado? - sim, May respondeu sem olhar para ela - e quando vamos conhecê-lo? seria maravilhoso marcarmos um almoço ou algo do tipo. - muito obrigada, mas não há necessidade. - porque? verônica pergunta com certa curiosidade genuína. - porque ainda não tenho um, Caleb é só um amigo e não tenho interesse nele. Will que a olhava com atenção não conseguiu segurar um leve sorriso de satisfação em seu rosto. - Poxa, que pena, mas nós temos uma notícia pra você. Dessa vez ela tirou o olhar da tv e em vez de olhar para verônica, seu olhar encontrou o de Will, que já até tinha esquecido o motivo deles estarem ali. Verônica vendo como eles se olhavam imediatamente enrolou os braços dela com o de Will e deitou em seu ombro, tirando o foco daquela situação. - Espero que você goste da notícia, ela disse com um sorriso sincero, pois apesar de tudo no fundo verônica gostava de May e tentava fazer uma amizade. - tô ouvindo. - Estamos noivos, ela disse mostrando a aliança em seu dedo. - Aaa, an parabéns era de se esperar né, já estão morando juntos a tanto tempo. Obrigada pela notícia é um ótimo presente de aniversário. Ela diz seca olhando para will Amanhã, May completaria 20 anos e hoje seus pais faziam 12 anos de falecidos. Will havia esquecido que amanhã era seu aniversário, e seu olhar não pode esconder a surpresa - aniversário? eu não tô.... aaaaa você faz aniversário amanhã cunhadinha, havia esquecido, nossa, precisamos festejar, fazer alguma coisa né Will? que tal a gente sair novamente ou passear no shopping? Ela sorri para May aguardando uma resposta. - sim claro, seria bom, não acha May? Will pergunta tentando disfarçar que havia esquecido o aniversário. - não sei, pode ser. O jantar inteiro verônica falou dos preparativos do casamento e May não tirava os olhar de seu irmão, lembrando da cena do carro, às vezes ela mordia os lábios quando ele a encarava, isso fazia ele olhar para outro lugar, e ele depois voltava a olhar novamente. Mayane tinha a certeza que seu irmão a desejava, assim como ela o desejava, mas que ele jamais permitiria que isso acontecesse entre eles, e depois dessa notícia ela tinha certeza que ele estava fazendo de tudo para criar uma barreira entre ele. No fim eles deixaram May na mansão e seguiram para o apartamento deles.O aniversário - moço me vê um Hambúrguer e um suco de maracujá, por favor. May pede logo após Will e verônica realizarem seus pedidos. - Séria muito legal se fizessemos uma festa pra comemorar como se deve, assim você poderia convidar seus amigos e se divertir um pouco, o que acha? - eu não tenho muitos amigos e não gosto de festa, mas agradeço a preocupação. May responde tentando parecer amável com verônica, afinal ela está sendo simpática e gentil com ela, o que a faz se sentir estranhamente desconfortável. - Que tal uma viagem? a gente poderia ir a Dubai tomar muito banho de praia, e pegar um sol. - Will não gosta de praia, num é Will??? ela pergunta olhando pro irmão que até o momento se manteve calado observando a verônica tentar convencer May a festejar seu próprio aniversário. - Bom, não é que eu não goste, mas se você quiser ir a gente vai. - Não sei se quero, não sei se gosto, afinal nunca fui pra praia. - Perfeito, assim é uma oportunidade você conhecer alg
Meu coração acelera, sei que é ele apesar da enorme diferença, mas tenho medo de não ser e ter acabado de confundir as pessoas, então continuo andando e passo bem ao seu lado. - May? Me viro quando ouço sua voz perguntar tão próxima a mim - sou eu, você é? - Victor, lembra de mim? ele sorriu e apareceu aquelas covinhas que eu tanto admirava. - claro, nunca esqueci. Retribuí o sorriso e ele logo me puxou para um abraço quentinho. - hum hum, com licença. Ouço a voz de Will bem próximo a gente, me afasto do seu abraço e logo vejo a cara de poucos amigos que ele está fazendo, sei que Will é super protetor, mas honestamente não precisava sempre agir dessa forma. - Will esse Victor meu amigo, Victor esse é Will meu irmão favorito. Digo fazendo sinalização para ambos apertarem a mão e é exatamente o que não fazem. - Sou o único irmão dela, e ela é tudo pra mim. Will fala num tom que parecia mais uma ameaça e entende a mão para ele, ele aperta a mão de Will um pouco confuso, afin
Will começou a se afastar de mim depois que eu praticamente implorei para que ele me beijasse, ele nunca me tratou mal, ele havia ficado distante e um pouco frio, mas tá com uns meses que ele realmente passou a ser mais grosseiro e parece que de alguma forma eu o irrito. Talvez a responsabilidade de cuidar de uma criança por muitos anos tenha sido uma enorme responsabilidade e o fato dessa criança ter lhe pedido um beijo na sua adolescência tenha mexido um pouco com ele, me sinto mal de pensar que sou um fardo na sua vida, mas mesmo assim não lhe dá o direito de me xingar ou me tratar mal - Sua noiva desfila de lingerie na frente de uma plateia e mesmo assim não a chama de puta. Grito praticamente na sua cara. Will agarra meus braços numa velocidade na qual eu não estava preparada, me fazendo dar dois passos para trás- É o trabalho dela e ela não sai às escondidas para se agarrar com ninguém. sua voz era fria e carregava um certo ódio. - E quem aqui está saindo às escondidas? Te
Conheci Victor quando eu tinha 14 anos, o que me chamou mais atenção era a semelhança que ele tinha com meu irmão, não posso dizer que ele era idêntico, mas tinha algo no rosto dele que me fazia lembrar de Will, ambos eram brancos coma pele meio dourada, mas Will tinha cabelos negros como nosso pai, já Victor tinha cabelos castanhos e sobre o sol pareciam até um loiro escuro, os olhos de Will eram verde, o de Victor era castanhos com de mel, mas agora Will era adulto e tinha uma aparência mais velha que Victor, pois Victor tinha minha idade, já Will tinha 6 anos a mais, mas tinha algo no rosto deles que era semelhantes, não sei exatamente o que é, mas vou reparar bem em Victor hoje para saber o que tanto parecia com meu irmão. Coloco um vestido verde claro de alça meio rodado, decido deixar meu cabelo solto. Coloco um tamanco branco pra combinar com meu casaco e bolsa. Não passo maquiagem, pois não estou habituada a usar. Olho para o relógio que marca às 17:45. Ele deve está preste
Me afasto da mesa com o coração acelerado, olho para a tela do telefone e fico pensando se vale apena atender, é Will, ele com certeza está atrás de mim. - Alô? - May, aonde você está? - Vim ao cinema assistir a estreia de um filme. - Com quem você está? - Qual é o seu problema? Não posso mais sair? Digo um pouco irritada com esse interrogatório. - Porque não avisou que ia sair? - Pra quê? Você com certeza não iria deixar ou mandaria alguém vim comigo. - Mas é claro, pra sua segurança eu mandaria um dos seguranças ir com você. - Eu não tô em perigo, não preciso de segurança. - Me diz onde você tá, que eu vou lhe buscar. - Não precisa vou chamar um aplicativo. - May, por favor, se você não disser vou ter que rastrear você, facilita as coisas vai. - Você está estragando minha noite sabia? - Me desculpa eu não tenho essa intenção, só quero saber se você tá bem. - Mas eu tô bem, eu tô ótima, me deixa comer primeiro, depois te passo o endereço. - Tá me passa o endereço qu
Quinta- feira 18:30 PM Hoje tenho apresentação de um trabalho que era pra amanhã, mas como verônica inventou essa viagem, não vou poder estar presente amanhã na aula. Ainda não caiu a fixa que amanhã vou viajar com Will e verônica, faz tanto tempo que eu não fico perto de Will, imagina passar três dias na sua companhia, só de imaginar me dar um certo calafrio no estômago. Ainda não preparei minha mala, pretendo fazer isso hoje a noite, nem sei o que vou levar, será que preciso levar muita coisa? não sei se tenho biquíni, mas com certeza tenho maiô, acho melhor usar maiô, nunca me acostumei usar biquíni..... - Mayane Figarella, você já pode apresentar seu trabalho. O professor diz me tirando dos meus desvaneios. - Ah sim, claro professor. Me levanto meio desajeitada da cadeira, levo meu notebook para conectar no datashow e poder apresentar um slide junto da minha apresentação. Fiquei um pouco nervosa, mas
Estamos a caminho do aeroporto, eu não sou uma pessoa que gosta de acordar cedo, mas o fato de estar indo viajar com meu irmão e sua noiva é motivo o suficiente para me tirar o sono. Veronica como sempre bem animada falando do pontos turísticos de Fernando de Noronha e de programações que só de imaginar me fazendo todas essas coisas num único dia me sinto cansada, mas Will permanecia sério e concentrado em dirigir, eu tentava interagir com ela para não deixá-la falando sozinha. Assim que entrei no avião me sentei no meu banco que dei graça aos céus que não era junto deles, dormir a viagem inteira até chegar no nosso destino. Pegamos um táxi assim que saímos do aeroporto, a viagem até a pousada que iríamos ficar não era longe do aeroporto, na verdade o trajeto era bem simples e rápido. - Uau, aqui é bonito. - teju Açu é a pousada que mais me agradou. - adorei, ela é bem rústica, me sinto em casa. Respiro o ar sentindo a brisa no vento batendo no meu rosto. - sabia que vo
O almoço estava excelente como verônica disse que a comida era maravilhosa, comemos frutos do mar e apesar de ser a primeira vez que eu comia, eu adorei. Will passou o almoço com a cara fechada, às vezes ele me lançava um olhar que eu não conseguia desvendar o que passava na cabeça dele. Fui para meu quarto me trocar e colocar um biquíni, hoje iríamos para a baia dos golfinhos. Escolhi um maiô simples, para não irritar Will que tinha um senso de proteção gigante comigo. Will alugou um carro para a gente melhor se locomover na ilha. Assim que entramos, verônica senta ao seu lado e lógico que eu estou atrás. - Será que vamos ver golfinhos? Pergunto animada, nunca havia visto um e só de imaginar a possibilidade me enchia de alegria. - Assim espero, por isso que é a primeira praia que vamos. - mas eles chegam até a praia? - claro que não, vamos numa lan