Sete anos e 9 meses depois
A claridade invadia aquele quarto, fazendo com que toda aquela decoração amarela parecesse mais radiante. Debaixo de um cobertor branco com flores amarelas, estava uma garota linda, doce e gentil, dormindo, mas com certeza não sonhava. O sol já estava quase chegando em seu belo rosto quando seu irmão entrou no quarto com uma bandeja cheia. Ele deixa a Bandeja numa mesa próximo a cama de sua irmã e para, para observá-la, ele olha seus cabelos ruivos se destacarem naquele lençol florido, olha seus lábios rosa e lembra do breve selinho que deu neles quando ainda era criança. Seu coração dói, de vergonha por ter feito isso com sua própria irmã, quando ela era uma menina indefesa. Seu olha acaba passeando pelo resto do corpo que apesar de estar coberto com o lençol dar para nota suas pequenas curvas. De repente ele se assusta com o que está fazendo e se vira para sair do quarto dela, mas esbarra na beira da cama a fazendo acordar. - uhmm..... - bom dia, desculpa fazê-la acordar. - bom dia, eu devo ter dormido muito, que horas são? - acabou de dar 09:00am, mas não precisa ter pressa, hoje é sábado. - vamos sair hoje? - seu coração começa a bater de felicidade por lembrar que o Will tinha prometido levar ela ao shopping. - claro que sim, assim que Verônica chegar, vamos logo depois do almoço. - você disse que seria só nós dois, porque Verônica tem que ir? Verônica wok era uma modelo conhecida na cidade e recentemente havia assumido relacionamento sério com o empresário Will Barcelar Figarellla, que é o irmão de Mayane. - eu sei, mas verônica se ofereceu e eu imaginei que uma companhia feminina seria bom pra você. - eu só preciso da sua companhia. - você acordou mal humorada hoje. - por favor Will, vamos só nós dois - Mayane se ajoelhou na cama e tentou persuadir seu irmão. - está bem, mas preciso ligar pra verônica primeiro. - ebaaaaaa_ ela pulou em seu colo de tanta felicidade, ele a abraça e sente um calor em seu peito crescer, ver ela feliz fazia uma emoção em seu coração aparecer. - Se arrumar e tomar seu café da manhã_ fala apontando para a bandeja que estava na mesa e até esse momento ela não havia percebido_ assim que estiver pronta desce e a gente sai, eu estarei no escritório_ assim que ele terminar de falar se retira do quarto. Ela imediatamente corre até a bandeja e começa e engolir tudo que pode sem exitar, faz isso o mais rápido possível, assim que ela acha que comeu o suficiente, ela tira a roupa e vai tomar seu banho pra começar a se arrumar. Uma semana antes ela havia comprado um vestido online apenas para sair hoje, mas o vestido ficará até o meio de sua coxa, o que a deixará um pouco desconfortável, pois ela nunca havia colocado um vestido curto assim, mas o vestido ficará perfeito em seu corpo, destacando cada detalhe dele e mostrando suas belas pernas. Assim que ela sai do banheiro e coloca sua roupa, ela se olha no espelho e vê que está parecendo uma mulher, e sente satisfeita com o que vê, ela arruma seu cabelo, tentando ajeitar os leves cachos que se formam na ponta para ficar em harmonia, assim que pega sua bolsa e coloca um saltinho ela vai em direção do escritório. - Will, ela chama assim que b**e na porta. - entra, estou sozinho. - estou pronta, ela entra devagar e um pouco nervosa, pois seu maior objetivo é ver se ele gosta do que vê. Assim que ela entra, ele está assinando alguns papéis na mesa e não a nota de primeira, ela permanece em pé perto da porta esperando vê sua reação quando a olhar. - vou só assinar esses documentos e já va..... Ele fala levantando a cabeça e assim que ele a vê ele engole em seco, ela estava linda aos seus olhos e terrivelmente sensual, o vestido destacava seu corpo de uma maneira que seria impossível manter os olhares de outros homens longe, ele sente seu coração acelerar e o pior é que ele sente que meu amigo quê despertar em baixo. Isso o irrita profundamente, você não vai com esse vestido né? A irritação na sua voz era notável, parecia que ele estava com muita raiva e estava, mas não era com ela, era com ele mesmo. - tá feio? Você não gostou?seu coração se aperta e ela acredita que ele não achou ela bonita, que ele a achou feia e se entristece. - Vai tirar essa roupa_ ele fala seco, sem olhar pra ela, apenas tentando se concentrar nos papéis. Ela sai devagar da sala e fecha a porta. Assim que ela fecha a porta ele suspira profundamente e só agora percebe que estava segurando o ar. Ele morde sua mão com força e soca a mesa ao senhor levantar. - Droga, droga, mas que porra que eu tô pensando_ ele grita ao colocar suas duas não na cabeça_ ele se vira pra um espelho que tem no escritório e se olhar_ ela é sua irmã seu bosta, como você pode ter desejos assim?Ele esmurra a parte perto do espelho e começa a respirar profundamente tentando conter a raiva que ele sente de si mesmo. Enquanto isso ela começa a tira o vestido no quarto e a chorar em silêncio, ela havia se preparado toda para está bonita pra ele e ele não havia gostado, e principalmente havia a tratado com desgosto, seu coração aperta e ela simplesmente decide que não quê mais sair, pois ela não conseguiria olhar pra ele novamente hoje sem chorar e ela não quer chorar na frente dele. Ela coloca uma camisola de dormir mesmo, bota um roupão por cima e vai para o quintal. No quintal há uma casinha construída entre duas árvores que ele fizeram para ela brincar quando criança, mas com o tempo eles aperfeiçoaram dentro, colocando uma tv, e um coxão com vários travesseiros. Ela subiu a escada, se deitou na cama e colocou o filme de comédia para assistir, o mesmo filme que ela assistirá com ele quando ele lhe deu o seu primeiro beijo. Ele em seu escritório havia terminado de assinar os papéis e estava sentando em sua poltrona olhando para o teto lembrando da cena que virá, lembrando das pernas brancas a mostra, e de como aquele vestido tinha ficado perfeito nela, da alça do vestido que parecia querer escorregar por aqueles ombros lindo e suave, e agradecia mentalmente por não haver decote nele. De repente ele se lembra do motivo dela tá arrumada e olha o relógio em teu pulso que marca 11:45am - será que ela ainda não tá pronta_ ele fala ao levantar da cadeira e vai em direção ao quarto dela. Assim que ele entra vê o vestido que ela estava jogado no chão, b**e na porta do banheiro, mas ela não responde, então ele entra e vê que ela também não está, ele sai do quarto e pergunta aos empregados se a viram e o mordomo, senhor Antônio o informa que a viu daí para o quintal. Ele acena com a cabeça sabendo exatamente onde ela está. ***************************************** O filme já havia terminado e ela decide colocar de novo, não porque ela ache ele fantástico, mas quando ela assiste o filme ela consegue imaginar e lembrar de cada momento que passará com o Will naquele dia e principalmente lembrar do selinho que ele dera nela naquele dia antes de seu aniversário. Ela fecha seus olhos e começa imagina cada momento novamente quando ela ouve passos na escada. Ela imediatamente se senta e se ajeita, pois sabe exatamente quem a procura. - oi, tá tudo bem?Ele pergunta com a voz de culpado por ter gritado com ela. - tá sim_ ela diz sem tirar o olho da tv - me desculpa por ter gritado com você, eu não sei o que deu em mim. - tá tudo bem_ ela diz tentando segurar o choro que começa a querer se formar. - você não quer sair?Ele pergunta sentando aí ao seu lado e olhando em seu rosto, ele sabe que ela quer chorar e isso parte o coração dele . Ela apenas balança a cabeça olhando para a tv que já havia começado a produzir o filme. - tudo bem então a gente pode assistir juntos aqui_ ele olha pra tv e imediatamente reconhece o filme e lembra daquela noite nossa eu não lembrava mais desse filme. Ela ao ouvir essas palavras morde a mandíbula e pensa que ele não lembra mais daquela noite, então não significou nada pra ele, ela começa a repetir em sua mente, você não pode chorar, você não pode chorar, de repente ela sente uma lágrima descer de seu olho direito e agradece por ele tá sentado do lado oposto, ela aperta mais forte sua mandíbula e finalmente a vontade de chorar passa. Com o passar do filme eles começaram rir espontaneamente, ela percebeu que o filme era realmente engraçado, antes ela apenas ouvia e ficava lembrando do passado sem prestar atenção em absolutamente nada, mas com ele ali do seu lado ela assistiu. Quando eles menos perceberam, ela já estava deitada no seu peito e ele com os braços dele estavam por trás de sua costa, ambos deitados e rindo como um casal. Quando o filme chega próximo do fim, Mayane olha fixamente para Will. - você lembra do presente que você me deu, sai quase com um sussurro. Claro que ele lembrava, mas pensava que ela tinha esquecido. - porque?sua voz sai rouca, seu coração acelera e a vontade que ele tem é de se desculpa, mas ao mesmo tempo se ele falasse me desculpa em voz alta seria como se ele tivesse assumindo que o que fez é errado, ele sabe que foi errado, mas ainda assim ele não consegue colocar pra fora. - Eu queria aquele presente de novo agora_ ela fala sem olhar em seu rosto, pois a vergonha toma conta dela, depois voltar a olhar em seus olhos verdes e vê sua sonbrancelha estreita faz pensar que ele dirá não. Ambos estão tão nervosos que conseguem sentir os rápidos batimentos de seus corações, por favor sua voz sai mais baixo que um sussurro e ele só entendeu porque estava olhando seus lábios tão próximo dele. Enquanto ele a olha, seu ser interior luta, a consciência dizendo " Não pode; É errado; Não podemos nos beijar" e o seu desejo gritando, " Beija logo; um beijo não faz mal; Vocês são só meio irmão; ela que pediu", por fim seu lado que a deseja venceu a briga e ele coloca sua mão esquerda em seu rosto, acariciando seu lábio, devagar ele se aproxima para encostar em seus lábios, ele deposita um pequeno selinho, mas ela imediatamente abre a boca dando espaço para seus lábios encaixarem no dele, ele sem resistir continua com um beijo simples e calmo, mas quanto mais ele sentia seus lábios macios, mais ele a beijava com vontade. De repente ela se estica mais para cima de seu peito, fazendo com que seus seios por debaixo daquela camisola tocassem no peito, mesmo que por cima de suas roupas ele conseguiu sentir que ela estava sem sutiã e seus mamilos estavam duros. Sua ereção começa a subir e ele sente uma louca vontade de tirar a roupa dela e tocar em todo o seu corpo, mas de repente a tv faz um barulho e ele se espanta o fazendo se levantar. - Vamos almoçar, ele diz de pé e começa a sair da casinha com medo de perder um pouco do alto controle dele e terminar o que tinha acabado de começar.2 anos e 3 meses depois Era sexta-feira o céu estava nublado, o relógio marcava 19:45 PM. Mayane estava em frente a faculdade esperando seu irmão buscá-la, ela já estava no 4° período da faculdade e essa era a terceira vez que ele ia pegá-la, o que não era nada agradável pra ela, já que a primeira vez que ele fez isso era pra informar que ele viajaria para nova York e passaria 6 meses lá por causa de um assunto de negócio, a segunda vez ele anunciou que tinha comprado um apartamento e iria se mudar com verônica para o apartamento, ela deveria permanecer na mansão, e hoje ela sentia um embrulho no estômago, pois sabia que independente de qual era a notícia ela com certeza não iria gostar. - será que ele vai demorar muito? Gabriela sua amiga pergunta olhando para o relógio em seu pulso. Ela tinha uma certa queda pelo irmão da amiga, mesmo sabendo que já tinha namorada, ela gostava de olhar para ele de longe e tentar flertar com ele ( infelizmente pra ela nenhuma tentativa dela havi
Assim que ele estacionou, May tentou abrir a porta do lado direito onde estava, mas ele travou todas as portas, não dando essa alternativa de fugir. Ela sabia que ele havia feito de propósito, mas mesmo assim tentou manter a calma e falar de maneira desentendida. - a porta está trancada - eu sei, ele disse passando para o banco de trás do motorista ficando ao lado dela. Ela automaticamente tentou virar de costas para ele, mas ele segurou em seus dois ombros sussurrando em seu ouvido, você está tentando fugir de mim? sua voz era rouca e cheia de autoridade. - não, estou apenas tentando sair pra entrar no restaurante em que sua adorada namorada deve estar nos aguardando, sua voz quase tremia, mas ela ainda se esforçava para manter a calma. - porque não me disse nada sobre seu namorado? - não tenho nada pra dizer - como não? eu preciso saber quem ele é e se ele vai cuidar bem de você, ele apertou com mais força seu ombro, só de pensar nela e na situação em que viu aquele rapa
O aniversário - moço me vê um Hambúrguer e um suco de maracujá, por favor. May pede logo após Will e verônica realizarem seus pedidos. - Séria muito legal se fizessemos uma festa pra comemorar como se deve, assim você poderia convidar seus amigos e se divertir um pouco, o que acha? - eu não tenho muitos amigos e não gosto de festa, mas agradeço a preocupação. May responde tentando parecer amável com verônica, afinal ela está sendo simpática e gentil com ela, o que a faz se sentir estranhamente desconfortável. - Que tal uma viagem? a gente poderia ir a Dubai tomar muito banho de praia, e pegar um sol. - Will não gosta de praia, num é Will??? ela pergunta olhando pro irmão que até o momento se manteve calado observando a verônica tentar convencer May a festejar seu próprio aniversário. - Bom, não é que eu não goste, mas se você quiser ir a gente vai. - Não sei se quero, não sei se gosto, afinal nunca fui pra praia. - Perfeito, assim é uma oportunidade você conhecer alg
Meu coração acelera, sei que é ele apesar da enorme diferença, mas tenho medo de não ser e ter acabado de confundir as pessoas, então continuo andando e passo bem ao seu lado. - May? Me viro quando ouço sua voz perguntar tão próxima a mim - sou eu, você é? - Victor, lembra de mim? ele sorriu e apareceu aquelas covinhas que eu tanto admirava. - claro, nunca esqueci. Retribuí o sorriso e ele logo me puxou para um abraço quentinho. - hum hum, com licença. Ouço a voz de Will bem próximo a gente, me afasto do seu abraço e logo vejo a cara de poucos amigos que ele está fazendo, sei que Will é super protetor, mas honestamente não precisava sempre agir dessa forma. - Will esse Victor meu amigo, Victor esse é Will meu irmão favorito. Digo fazendo sinalização para ambos apertarem a mão e é exatamente o que não fazem. - Sou o único irmão dela, e ela é tudo pra mim. Will fala num tom que parecia mais uma ameaça e entende a mão para ele, ele aperta a mão de Will um pouco confuso, afin
Will começou a se afastar de mim depois que eu praticamente implorei para que ele me beijasse, ele nunca me tratou mal, ele havia ficado distante e um pouco frio, mas tá com uns meses que ele realmente passou a ser mais grosseiro e parece que de alguma forma eu o irrito. Talvez a responsabilidade de cuidar de uma criança por muitos anos tenha sido uma enorme responsabilidade e o fato dessa criança ter lhe pedido um beijo na sua adolescência tenha mexido um pouco com ele, me sinto mal de pensar que sou um fardo na sua vida, mas mesmo assim não lhe dá o direito de me xingar ou me tratar mal - Sua noiva desfila de lingerie na frente de uma plateia e mesmo assim não a chama de puta. Grito praticamente na sua cara. Will agarra meus braços numa velocidade na qual eu não estava preparada, me fazendo dar dois passos para trás- É o trabalho dela e ela não sai às escondidas para se agarrar com ninguém. sua voz era fria e carregava um certo ódio. - E quem aqui está saindo às escondidas? Te
Conheci Victor quando eu tinha 14 anos, o que me chamou mais atenção era a semelhança que ele tinha com meu irmão, não posso dizer que ele era idêntico, mas tinha algo no rosto dele que me fazia lembrar de Will, ambos eram brancos coma pele meio dourada, mas Will tinha cabelos negros como nosso pai, já Victor tinha cabelos castanhos e sobre o sol pareciam até um loiro escuro, os olhos de Will eram verde, o de Victor era castanhos com de mel, mas agora Will era adulto e tinha uma aparência mais velha que Victor, pois Victor tinha minha idade, já Will tinha 6 anos a mais, mas tinha algo no rosto deles que era semelhantes, não sei exatamente o que é, mas vou reparar bem em Victor hoje para saber o que tanto parecia com meu irmão. Coloco um vestido verde claro de alça meio rodado, decido deixar meu cabelo solto. Coloco um tamanco branco pra combinar com meu casaco e bolsa. Não passo maquiagem, pois não estou habituada a usar. Olho para o relógio que marca às 17:45. Ele deve está preste
Me afasto da mesa com o coração acelerado, olho para a tela do telefone e fico pensando se vale apena atender, é Will, ele com certeza está atrás de mim. - Alô? - May, aonde você está? - Vim ao cinema assistir a estreia de um filme. - Com quem você está? - Qual é o seu problema? Não posso mais sair? Digo um pouco irritada com esse interrogatório. - Porque não avisou que ia sair? - Pra quê? Você com certeza não iria deixar ou mandaria alguém vim comigo. - Mas é claro, pra sua segurança eu mandaria um dos seguranças ir com você. - Eu não tô em perigo, não preciso de segurança. - Me diz onde você tá, que eu vou lhe buscar. - Não precisa vou chamar um aplicativo. - May, por favor, se você não disser vou ter que rastrear você, facilita as coisas vai. - Você está estragando minha noite sabia? - Me desculpa eu não tenho essa intenção, só quero saber se você tá bem. - Mas eu tô bem, eu tô ótima, me deixa comer primeiro, depois te passo o endereço. - Tá me passa o endereço qu
Quinta- feira 18:30 PM Hoje tenho apresentação de um trabalho que era pra amanhã, mas como verônica inventou essa viagem, não vou poder estar presente amanhã na aula. Ainda não caiu a fixa que amanhã vou viajar com Will e verônica, faz tanto tempo que eu não fico perto de Will, imagina passar três dias na sua companhia, só de imaginar me dar um certo calafrio no estômago. Ainda não preparei minha mala, pretendo fazer isso hoje a noite, nem sei o que vou levar, será que preciso levar muita coisa? não sei se tenho biquíni, mas com certeza tenho maiô, acho melhor usar maiô, nunca me acostumei usar biquíni..... - Mayane Figarella, você já pode apresentar seu trabalho. O professor diz me tirando dos meus desvaneios. - Ah sim, claro professor. Me levanto meio desajeitada da cadeira, levo meu notebook para conectar no datashow e poder apresentar um slide junto da minha apresentação. Fiquei um pouco nervosa, mas