- como você pôde fugir com ela assim Lizibeth? - ele esbravejou com aquela carranca de bravo.- você queria que eu tivesse deixado ela vir sozinha? - não! Mas deveria tê-la obrigado a ficar. - ah... E você acha que eu não tentei isso? Ela estava decidida! - você só pode estar brincando comigo... - já chega! - me aproximei furiosa. - eu estou bem aqui, eu não queria que ela viesse comigo. Mas ela veio, e eu não ficaria naquele castelo, não depois do que eu escutei. - o que exatamente você escutou? - bufei tentando encontrar as palavras certas. - sua mãe... Ela já estava desconfiando da gravidez, e eu ouvi bem quando ela disse que se fosse verdade eu deveria ser morta. - seu rosto se contraiu de uma forma feroz. - eu poderia voltar lá e matar aquele incompetente do Elder. - de qualquer forma não importa mais, eu já estou aqui. - não importa mais? Amerie você foi embora daquele jeito! Poderia ter me esperado. - eu sorri sem felicidade, Lizibeth se colocou de pé pronta para ir e
Acordei pela madrugada, meu estômago estava se revirando mais do que o normal. Olhei para o lado, Lizibeth dormia profundamente. Logo pus os pés para fora da cama, e levantei. Dei uma olhada no canto do quarto, Eriel estava deitado lá. Mesmo contra minha vontade, ele não parecia nada confortável. Rapidamente corri até o banheiro, me abaixei ao lado da privada, e comecei a botar tudo para fora. Continuei vomitando sem forças, enquanto tentava segurar meus cabelos quando senti sua mãos em minhas costas. - tudo bem. - ele se agachou ao meu lado, segurando meus cabelos e acariciando minhas costas de forma gentil. Após alguns longos instantes vomitando toda a comida, enfim acabou. Ele me ajudou a sentar.- fique aqui. - não demorou muito e logo ele voltou, estava com um copo de água que prontamente me entregou. - beba tudo. - não ousei discutir, ele se aproximou um pouco mais. Tentando prender meus cabelos em uma espécie de coque, e após muito tentar conseguiu. Lhe entreguei o copo, e t
Tivemos mais dias de cavalgadas intermináveis pelos arredores de delmar, adentrando cada vez mais nas florestas escuras e montanhas distantes. - eu já disse que posso levar o cavalo.- é, mas eu posso fazer isso melhor. - você é insuportável, isso sim. - e você está adorando. - Caster e Lizibeth não paravam por um segundo com suas provocações, eu achava fofo e engraçado. - nem Lizibeth suporta ele e você ainda quer que ele fique. - bufei revirando os olhos. - você não sabe de nada então, é óbvio que ela gosta dele. - o que? Claro que não.- não foi você que os viu se beijando. - espera, o que? - sim, eles se beijaram. Não sei se só uma vez, mas se beijaram. - ele estava extremamente surpreso. - bem... Isso faz um pouco de sentido, eu acho. Então é por isso que você quer que ele fique, por causa da Lizi? - sim, em partes. - ouvi quando ele suspirou atrás de mim. - suponho que isso deixa você aliviado pelo visto. - nem imagina como. - sussurrou próximo de minha orelha. Naqu
Enquanto continuávamos nossa viagem pelas florestas, acabamos descobrindo que Gadriela havia mandando guardas virem atrás de nós. Aparentemente, ela estava determinada a conseguir algum tipo de vingança. O que só aumentou nossa determinação em continuarmos seguindo sem parar nenhum minuto. - eles podem estar por perto. - Caster sussurrou durante a noite, Eriel assentiu jogando um pedaço de madeira na fogueira. - por isso que não podemos continuar parando assim. - mas ela precisa parar, está grávida. - vi quando Eriel encarou Caster de relance, e se empertigou. - sempre quando olho para você, tenho a impressão de já te conhecer. Por quê? - talvez porque você me via no castelo. Eriel negou ainda o fitando. - tem algo a mais. - bem... Talvez esteja paranóico. - mas Eriel não respondeu nada, continuou em silêncio mexendo no fogo. Antes mesmo do dia nascer, já estavámos prontos, montados em nossos cavalos. Eu continuava quieta, afinal aquele momento com Eriel na cachoeira, ainda r
Elder apontou a tocha em nossa direção. - então ela está mesmo grávida. - eu engoli em seco. - eu podia arrancar essa coisa de dentro de você, e queimar na sua frente... O que acha? - Eriel cerrou o maxilar. - você sabe que ele vai nascer igual a ele não é? Um monstrinho... Que vai te rasgar de dentro para fora. - Gadriela cuspiu as palavras. - e se você tiver sorte de sobreviver... Ficará com as marcas para sempre. Pus minha mão sobre minha barriga. - se ela sobreviver? Mãe... Isso não vai acontecer. Porque ela vai morrer aqui, sua maldita meretriz traidora. Sorri sem felicidade. - você saia todas as noites para me trair, trocando de prostitutas como quem troca de roupas. E eu... Sou a meretriz? Você não passa de um monte de bosta de cavalo. - sua... - Eriel se colocou na frente. - mais um passo, e eu arranco sua cabeça fora. - Elder deu para trás e bufou. - quer saber? Dane-se. Matem esses três, a criada também merece sofrer. Eu estou farto, e só quero voltar para casa.
- isso, está perfeita agora. - mamãe disse toda animada, após a serviçal terminar de colocar o terceiro vestido em mim. Era lindo, rosa, longo e apenas um pouco justo na cintura. - tem certeza que está bom? Me encarei no espelho, meus olhos verdes me encararam de volta. - sim, Elder irá gostar muito. Sorri de relance, eu estava muito nervosa. Mas tentava não transparecer. - se tudo ocorrer bem, o casamento acontecerá logo querida filha. Você sabe como essa união será benéfica para nós. - assenti olhando para ela pelo reflexo do espelho. - sim mamãe, eu estou pronta para cumprir meu dever. - ela se aproximou tocando meu ombro. - boa menina querida filha, agora... Vamos descer. Minha mãe partiu na frente, seguida por mim. Eu estava nervosa, era óbvio. Mas não assustada, Pelo total contrário. Eu era a princesa de alestia, um reino lindo e primaveril. E desde a infância conhecia o príncipe Elder aladian, de delmar. Praticamente crescemos juntos, com o propósito de um dia nos casar
Me mantive encolhida no canto do quarto, enquanto encarando aquele homem que havia chamado Elder de irmão. Ele estava usando uma roupa dourada, entre aberta. Seus cabelos estavam bagunçados, e ele não parecia nada contente. Ele se aproximou um pouco mais, estendendo a mão para mim. Fiquei olhando para sua mão ainda meio confusa, mas logo aceitei. Ele manteve seus olhos em mim, e eu fiz o mesmo. Parecia impossível desviar o olhar dele. - você não tem o direito de entrar no meu quarto assim p*rra! Ainda mais na minha noite de núpcias. - o homem se voltou para Elder. - eu ouvi uma discussão, e aparentemente você está bêbado como um porco. - é meu casamento, eu tenho o direito de beber. - você se esquece que também é o casamento dela. Meu coração acelerou, ele voltou a me fitar. - você está bem? - ah eu... - é claro que ela está bem, o que você acha que eu iria fazer? - Elder se pôs de pé, se aproximando. Mas o homem não se afastou de mim. - ela não respondeu minha pergunta. -
O ladrão continou me segurando pelos cabelos, enquanto o outro puxava Elder. Mais a frente, haviam outros com os pais dele como reféns. Meu coração estava acelerado. - onde está o dinheiro? - o ladrão mais velho gritou para Elder. - não há dinheiro Aqui! - quer que eu acredite que a realeza anda sem dinheiro? Ele gargalhou de forma alta e sonora. - sim, nós estamos voltando de longe. Gastamos o resto do dinheiro que havíamos levado, nas paradas que fizemos, agora nos deixem em paz! E talvez vivam! - o outro ladrão pôs uma adaga em meu pescoço, todo o meu sangue gelou. - CADÊ O DINHEIRO? - você é surdo cac*te! Não há dinheiro aqui. - ele deu um soco forte em Elder, eu estava tremendo. - levem... Levem os colares, as jóias. Elas valem muito, por favor... Só não façam nada conosco! - implorei, o ladrão mais velho olhou para mim. - sua mulher tem mais atitude do que você majestade. - uma risada cheia de escárnio, ele se aproximou de mim. Ainda segurando Elder. - sabemos que tem