capítulo 36: durma

Passamos a noite caminhando pela floresta fria e escura, a tocha que eu segurava já havia se apagado há muito tempo. Lizibeth me lançava olhares furtivos a todo instante, enquanto o noturno andava apressado mais a frente. Parei por um instante, meus joelhos doíam. E eu já não podia mais ouvir os gritos há algum tempo.

- por que você parou?

- estou exausta, nós duas estamos.

- não me diga, eu não me importo. Apenas... Andem! - olhei para ela de relance.

- o dia já está nascendo, podemos parar um pouco para beber água?

- está vendo algum rio aqui?

- eu estou ouvindo, parece ser água corrente. - ele se voltou para Lizibeth.

- certo, vão indo. - começamos a seguir o som da água, e após alguns minutos encontramos um lago cristalino no meio da floresta. Foi um grande alívio, me ajoelhei bebendo o máximo que podia. Lizibeth fez o mesmo, se juntando a mim.

O noturno se manteve atrás de nós, vigilante e desconfiado.

- temos que agir agora. - ela sussurrou tentando não levantar suspeit
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