Naquele dia eu estava radiante, tinha medo que as pessoas notassem aquela felicidade toda. Tinha acabado de tomar o chá de ervas, quando Lizibeth entrou. - bom dia senhora. - Lizibeth, olá. - ela abriu um sorriso de canto. - tem algo novo em seu olhar. - o que? - desviei o olhar, ela se aproximou. - é, um brilho novo. Fico feliz por vê-la tão contente. - a fitei cheia de sorrisos. - é... Eu estou feliz hoje. - é? E posso saber o motivo de sua felicidade? - uma noite de sono bem dormida. - ela gargalhou. Desci as escadas quase flutuando, e logo cheguei até o salão principal. - mas minha família precisa de ajuda! Eu imploro! - um homem velho, franzino e muito humilde. Estava aos pés de Gadriela, aparentemente implorando por algo. Ela o encarou sem vontade. - já disse a você! Isso não é permitido, você não deveria estar aqui assim. Volte para sua casa, e resolva isso.- mas minha rainha... - eu sou a rainha. - todos se voltaram para mim, o rosto de Gadriela se contraiu. O hom
O resto do jantar se seguiu em olhares estranhos, e conversas nada agradáveis entre os familiares. Quando enfim acabou, eu resolvi sair até o jardim. Para tentar respirar um pouco de ar puro, e também na esperança de que Eriel viesse ao meu encontro. Eu já estava distante, próxima das belas rosas brancas. Quando senti seu corpo pressionado contra minhas costas, enquanto suas mãos envolviam minha cintura. - tente ser um pouco mais discreto. - sussurrei nervosa. - estamos fora do castelo, qualquer um pode nos ver. - ninguém vai nos ver, acredite em mim. - sussurrou contra minha orelha. - ainda sim. - não pode tentar se acalmar princesa? - não assim. - ele sorriu de canto, e logo se afastou de mim. Me dando a mão, e guiando-me para um canto escuro dos muros do castelo. Ao passarmos por uma bela e grande árvore, chegamos na encosta escondida do muro. E sem demora, ele me pressionou contra a parede e começou a atacar meus lábios. Arfei agarrando sua nuca, puxando-o para perto de mim
As semanas que se seguiram, foram talvez as melhores de minha vida. Meus encontros com Eriel, estavam cada vez mais frequentes. E em vários lugares do castelo, muitas vezes em salas escondidas e bem trancadas. Eu me sentia tão livre com ele, tão desejada. Não havia um dia, que ele não me afirmasse aquilo. Eu estava deitada na mesa da biblioteca velha do castelo, minhas pernas estavam em seus ombros. Enquanto sua língua mergulhava em minha intimidade, várias vezes seguidas. Minhas mãos apertavam seus cabelos, enquanto eu tentava controlar os gemidos roucos que escapavam por minha boca. - Eriel, eu... Eu não posso mais aguentar... - gemi sem voz, quando então alcancei meu ápice. Mas ele se manteve ali, sentindo eu me contorcer contra seu rosto. Minha respiração estava irregular, meu corpo trêmulo. Ele começou a subir, depositando beijos em minhas pernas, e enfim, chegando até meus lábios. - seu gosto é melhor do que qualquer alimento eu poderia consumir princesa, eu viveria de você p
Levantei tarde naquela manhã, minha noite de sono havia sido péssima.Sem demora, resolvi sair do quarto. Subi até o andar de cima, à procura de Eriel. Mas ele não estava lá, franzi o cenho. Em seguida, desci até o salão de jantar. Ele também não estava lá, me empertiguei. Uma das criadas se aproximou, logo toquei seu ombro. - ah com licença, você poderia me informar onde está o príncipe Eriel? A rainha viúva está procurando por ele. - minha senhora, acho que ele está no estábulo. - muito obrigada. - rapidamente segui em direção ao estábulo, estava feliz em encontrá-lo. Queria muito conversar, já estava quase entrando quando ouvi uma conversa. - você sabe que é arriscado, que é perigoso. E continua agindo como se não fosse nada! - era voz de Lizibeth, eu sabia. Me escondi mais no canto, ouvindo atentamente. - você acha que eu não sei? - não! Você não sabe! - ela estava brava, era óbvio em sua voz. Ela falava com ele de forma tão íntima. Será que eles... - eu já avisei a você ma
Lizibeth se manteve imóvel, olhando para nós dois com terror. - Lizibeth por favor... - eu não vi nada, me perdoem. - e logo ela saiu correndo da biblioteca, Eriel se empertigou. Mas ele não parecia tão nervoso quanto eu. - Deus, isso... Isso é terrível. - não se preocupe, vou falar com ela. - ainda sim Eriel, ela viu! Imagine só o que ela está pensando de mim. - meu coração estava acelerado, ele tocou meu rosto mas me afastei.- não, nós precisamos resolver isso agora. Você sequer parece preocupado! - Amerie você... - então você está aqui, filho. - Gadriela se aproximou. Eu quase tive um ataque, minha respiração ficou acelerada. O quanto daquela conversa ela tinha ouvido? - procurei você, e o encontrei aqui. Que... Coisa. O que me intriga, o que vocês estão fazendo aqui sozinhos? - eu vim atrás desse livro. - eu sequer tinha notado que ele estava segurando um livro, tentei me conter. - e acabei encontrando com Amerie. - ela me encarou como se soubesse de tudo o que eu estav
- obrigada majestade, que Deus a abençoe. - sorri Gentilmente para a senhora que havia me dito aquilo, enquanto lhe entregava algumas sacas de comida. Felizmente, eu havia conseguido convencer Elder a fazer uma visita a aldeia junto a mim. Para que pudéssemos ajudar quem precisasse, após uma forte tempestade que havia caído sobre delmar. Ele não estava nada feliz, sentado dentro da carruagem. Enquanto os plebeus se aproximavam, haviam guardas para todos os cantos, sem a menor necessidade. Lhe lancei um olhar cortante, mas ele sequer olhou para mim. Já Eriel, estava mais a frente. Ajudando alguns aldeões a consertarem suas casas. Ele estava em cima de um dos tetos, batendo firmemente com o martelo. - você está encarando demais. - Lizibeth adverteu ao meu lado, abaixei a cabeça sorrindo. - não estava olhando tanto assim. - tem certeza disso? - bufei entregando mais uma saca de comida. - eu não posso ficar viajando o tempo todo, tem que se controlar. Sabe disso não é? - você está e
Nossa noite havia sido realmente longa. Quando deitei ao seu lado, os galos da aldeia já estavam cantando. Suspirei meio sonolenta e cansada. - acho que exageramos, você está exausta. - não é nada demais. - é claro que é. - acariciou minhas costas. - tente dormir um pouco. - logo teremos que levantar, não faz sentido eu dormir. - podemos ficar um pouco mais. - não, vai levantar suspeitas. - pode tentar me ouvir apenas uma vez? - foi por ouvir você que estamos nessa situação. - ele sorriu, eu não pude evitar fazer o mesmo. Comecei a acariciar seu peito nu, enquanto sentia ele tocando meus cabelos. - Eriel, você sempre quis isso? - como assim? - dormir comigo, você sempre quis? - não seria meio inapropriado para você ouvir essa verdade sórdida? - você já me disse um milhão de coisas inapropriadas. - poderia lhe dizer mais um milhão se quiser ouvir. - sussurrou contra minha cabeça, sorri de canto. - responda a pergunta. - ele ficou quieto por alguns instantes, enquanto
- Eriel... - acordei sobressaltada, ainda meio distante por conta do que havia acontecido. Olhei para todos os cantos, e avistei Lizibeth sentada no chão. Com os pulsos presos por uma espécie de corrente, a um tronco no canto do local escuro aonde estávamos. O chão era de terra fria, fedia muito. - você está bem? - ela me questionou apreensiva. - eu... Eu estou, e você? - sim, eles ainda não vieram aqui. - tentei mover minhas mãos, mas descobri que também estava acorrentada. - quem são eles? - estou imaginando que possam ser ladrões de estrada, mas... A forma como eles agiram, e as máscaras que estavam usando. Me deixaram em dúvida. - tentei mover as mãos novamente. - Eriel, ele... Ele caiu no chão. Você acha que... - não, não de forma alguma. A flecha atingiu o ombro dele, eu vi. - tentei respirar aliviada. - então por que ele desmaiou tão depressa? - eu não sei Amerie, eu também estou nervosa. - olhei ao redor, parecia que estávamos em uma espécie de casa de barro. Não havi