Todos estavam imóveis, ainda tentando assimilar o que havia acabado de acontecer. Markus estava do outro lado do pátio, Merydia estava sentada ao seu lado. O encarando, o jovem macho ainda parecia um tanto desnorteado depois de levar um soco e acordar. Furiosa e nervosa, Canary andou até ele. Quando se aproximou, ela lhe deu um tapa forte no rosto. Merydia a encarou confusa. -- Canary... -- dissemos! Dissemos a você que não deixasse ela se aproximar, e você dançou com ela! Deixou ela tocá-lo e ainda falar algo no seu ouvido! Deixou que ela o enfeitiçar! -- ela esbravejou furiosa. Markus se enrijeceu. -- eu... Eu se quer sabia o que estava acontecendo, ela disse algo pra mim... Disse que o rei e a rainha mandaram, era como se meu mundo tivesse apagado, quando eu acordei estava caído no chão, aqui. -- ela se afastou nervosa, Vahem se aproximou tocando seu ombro. -- o que eu fiz? Eu... Eu não me lembro. -- Merydia tocou seu rosto tristemente. -- você matou Damon, o filho de Daros! A
Na semana que se seguiu, ninguém teve notícias de Daros. A única "boa" notícia que todos haviam tido, era que sua volta para casa havia sido adiada, pois as carruagens quebraram no meio do caminho, e o rei teve que parar por um bom tempo na estrada. e ainda demoraria muito para atravessar o mar. Eles ainda tinham tempo, mesmo que pouco, mas tinham. Os licanos que Vahem enviado, haviam enfim voltado para o palácio depois de muito tempo. e para sua sorte haviam trazido o reforço necessário. Castro implicou com a decisão, pois não ficou feliz que não fora consultado. Mas Vahem não havia ligado para ele. Canary, mesmo nervosa, não queria ser um fardo, e ficar parada sem fazer nada. Haviam fêmeas no palácio, e ela decidiu que não deixaria elas à mercê. Então, ela comunicou a Vahem que queria treiná-las, algo que ele aceitou rapidamente. Depois um momento intenso entre os dois, dentro do banheiro. Merydia e Markus pareciam um tanto distantes, depois de tudo o que havia acontecido, mas Ca
Canary se manteve imóvel onde estava, enquanto as palavras de Klaus, tentavam fazer sentido em sua mente. -- Vahem não vai se ajoelhar e implorar. -- ele deu de ombros enquanto se afastava. -- então eu sinto muito, já estou sendo muito bonzinho e não matando seu amado Vahem! Quer dizer... Não sei se é amado mesmo, até agora você não disse "eu te amo" de volta. -- ela engoliu em seco. -- por que você não disse de volta, Canary? -- ela se pôs de pé furiosa. -- Klaus, eu peço por favor... Nos ajude! Você tem pessoas experientes aqui, pessoas que podem nos ajudar, eu sei que você não me... -- exato, eu não devo nada a você. -- ela se enrijeceu enquanto ele a encarava. -- o que você quer em troca de nos ajudar? -- já dei minhas condições. Ela se aproximou lentamente dele. -- além disso, algo que eu possa fazer. -- seu rosto foi tomado por malícia. -- confissão! Confesse para mim o que sente. -- ela pôs as mãos na cabeça. -- eu não sinto nada! -- isso é mentira! -- havia fúria e
Canary não pensou duas vezes, ela se transformou em uma enorme besta de pelugem branca e olhos vermelhos. Sem demora, ela saltou pela janela que Vahem havia quebrado, quando aterrissou no chão, a fêmea se sentia estranha. Mas ela não se importou, ela começou a correr, indo atrás dele. Canary ouvia os uivos desesperados pela floresta, ele não estava sozinho. Seus licanos estavam com ele. Ela correu, saltando por árvores e galhos pontiagudos com leveza. Mais a frente ela avistou o burburinho, Vahem corria o mais rápido que podia, ao lado de seus licanos. Ele estava indo atrás de Klaus. Ela engoliu em seco. --VAHEM! -- ela conseguiu uivar. Todos se voltaram para ela. Os olhos amarelos de Vahem queimavam. -- PARE VAHEM, AGORA EU IMPLORO. -- mas ele apenas se virou e voltou a correr. Ela tentou alcançá-los, mas Vahem era rápido demais.Sem demora, eles chegaram ao casarão. Os licanos de Vahem saltaram contra os portões, despertando os licanos de Klaus. Que saltaram com extrema veloci
Canary estava sentada ao lado de Merydia, olhando dela para Heloíse. Já fazia um dia inteiro, que as duas estavam naquela situação terrível. Markus não soltava a mão de Merydia em momento algum. -- você precisa comer, Markus. -- ele parecia desnorteado quando olhou para ela. -- não tenho fome. -- sua voz saiu embargada. Canary sentiu seu coração apertado, ela se pôs de pé tocando seu ombro e saindo da sala logo em seguida. Quando passou pela porta, logo ela avistou Vahem entrando pelas portas do casarão, seguido por Klaus. Ela não pôde negar que era uma visão e tanto, um ao lado do outro. Os dois ainda estavam muito machucados, e cambaleavam um pouco, mas não era nem de longe ruim. -- alguma mudança? -- Vahem questionou preocupado. -- Merydia se mexeu algumas horas atrás, mas foi só isso. Heloíse... -- ela ergueu o olhar para Klaus, que estremeceu. -- Heloíse, ainda não fez nenhum movimento. -- A garganta do macho oscilou, enquanto ele andava até a sala. -- resolvemos a situação
Haviam coisas demais a serem ditas, e os três necessitavam de um momento para tentar colocar todas as coisas no lugar. Canary foi até Heloíse algumas horas depois, para sua felicidade, a amiga estava com os olhos abertos. E respirava pesadamente. Canary correu até ela, ao ver a cena. -- aí está você. -- Heloíse abriu um leve sorriso de canto. -- acho que não morri. -- Canary sorriu, tentando conter a emoção. -- não ouse fazer isso novamente, Heloíse! -- ela assentiu vagarosamente, enquanto Canary pegava sua mão. -- Vahem e Klaus, eles... -- você não vai acreditar. -- ela se sobressaltou, mas quando Canary começou a contar tudo o que havia acontecido, Heloíse parecia incrédula, e animada. -- deuses! É sério? -- muito sério. -- ela abriu um grande sorriso. -- eu sabia que em algum momento... Os dois iriam se resolver. -- Canary assentiu sorrindo para ela. -- então vocês estão fofocando sobre mim? -- Canary se virou rapidamente para trás, quando ouviu Klaus balbuciar a porta.
Klaus havia trazido consigo todos os seus licanos, e até mesmo humanos que trabalhavam para ele. Sua chegada foi comemorada por muitos, afinal... Todos os irmãos Endor estavam juntos enfim. Uma grande festa de comemoração foi feita. Não era muito sensato estar comemorando assim as vésperas de uma guerra, mas eles não podiam simplesmente parar de viver. Quando voltou para o seu quarto naquela tarde, Vahem estava terminando de pegar suas roupas que estavam no armário. Canary se sobressaltou. -- Vahem, você vai mesmo sair do quarto? -- ele se voltou para ela tristemente. -- nós já conversamos sobre isso. -- ela se empertigou. -- não gosto dessa ideia. -- eu também não, não consigo dormir sem você. -- ela engoliu em seco. -- mas eu também não consigo dormir ao seu lado, sabendo que você pode estar pensando em Klaus. -- ela o encarou. Vahem se aproximou rapidamente, e tocou seu queixo. -- para todos os efeitos nós ainda estamos juntos, ainda somos o rei e a rainha! Não se preocupe, a
A noite passou de uma festa animada, para planejamento de batalha o mais rápido possível. Os homens de Klaus foram postos em todos os cantos do palácio, ao lado dos licanos de Vahem. Aquela era uma situação de emergência, e Daros não podia ganhar uma brecha daquela forma. Vahem e Klaus se trancaram em uma sala, planejando melhores formas de lutar. Canary resolveu participar do planejamento, assim como Merydia e Markus. Era complicado, na maior parte das vezes, ela não entendia nada que estava sendo dito naquela sala. Mas ela precisava entender, não havia mais tempo para perder. Canary ficou encarregada de dar as últimas aulas para as fêmeas e mulheres da região. Ela saiu da sala pronta para fazer o que deveria ser feito. Quando avistou Merydia mais a frente junto de Markus. Os dois conversavam baixinho. -- só estou dizendo que você pode se esconder também, se proteger até isso passar. -- Markus disse tocando o rosto dela. -- eu já disse a você! Eu vou ficar, não vou deixar que os