— Qual é o seu maldito problema? — Jamie me pressionou na parede, mais tarde quando chegamos em casa. — Nenhum! — gritei de volta. — Nenhum?! Mas que porra foi aquela no jantar? Você me envergonhou na frente de todos! Na frente da minha família. — Algumas partículas da sua saliva voaram no meu rosto, me fazendo olhar para o lado enquanto ele terminava de gritar. — Foda-se Jamie! Ele arregalou os olhos claramente surpreso. —O que você disse? — perguntou abaixando o tom, tornando-o ainda mais mortal. — Foda-se! — gritei de novo formando um biquinho enquanto olhava dentro dos seus olhos. Ele estendeu a mão e eu recuei fechando os olhos pensando que me daria um tapa, mas apenas passou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. — Eu te dou tudo, e é assim que você retribui? Você me envergonhou! — Falou mais calmo.— Você é louco? — desta vez eu ri. — Você me dá tudo? Aliás, você me dá tudo! Mas nada que eu realmente queira! Jamie, eu tô presa aqui, eu mal saio
Inferno! eu não era de me gabar. Mas eu era bonito. E podia dar a ela tudo. Eu a protegeria, a amaria… Por que ela não me queria? Eu sabia! Já dera bola fora quando a ignorei, abusei ou forcei a fazer o que não queria. Mas ela não entendia. Ninguém entendia. A Alice que eu conheci um tempo atrás, só era capaz de dizer sim e não. Ela não olhava nos olhos de ninguém. Ela tinha medo. Era fraca. A Alice que eu vejo hoje sabe lutar, ela aprendeu, aprendeu na marra. Mas a mulher de um futuro Capo tem que ser forte. A mulher de um Gambino tem que saber algo além de sim ou não. Ela tem que saber revidar. Tem que saber planejar, ser tática, ser forte. E eu a tornei forte porque no nosso mundo não há facilidade. Eu a treinei, ela esbanja elegância por onde passa, é inteligente, altruísta, perspicaz. E forte. Minha Alice é forte como o fogo que dança nos seus cabelos. Eu só queria que ela me olhasse como antes. Como antes de tudo. Queria que ela me visse, que ela enxergasse que eu não sei se
Mais uma vez acordei e quando desci ele está lá. Ele me olhou. No entanto pelo menos dessa vez não falou nada. Ele estava ferido, não parecia ser nada sério. Sinceramente? tanto faz, eu não me importava. — Por que não me acompanha, Principessa? — Só no dia da minha morte — disse, virando-me. — Um dia você finalmente virá — ele disse como a voz embriagada. — Um dia você desistirá. — Ergo a minha sobrancelha, desafiando. — Sabe — ele disse, se levantando, — eu tento entender, o porquê de tanta repulsa. — Parou e apoiou o corpo na mesa. — O porquê? Sério? — eu disse com sarcasmo. — Se você imagina que um dia isso mudará, engana-se profundamente Jamie. — Dou-lhe tudo! — ele falou alto, com indignação em uma postura defensiva. — Poderia fazer muito pior para você! Mas não faço, não vê? Ele parece bem irritado, veias aparecem em sua testa. Mas isso não me intimida. — Você me obriga a estar aqui! — eu disse, me aproximando e cruzando os braços sobre os seios indign
Escolhi uma lingerie ousada, preta, de rendas e cinta ligas, de calcinha bem pequena e sutiã push up. Botei um escarpin preto alto, mexi nos meus cabelos para dar um volume e passei gloss apenas para dar brilho nos lábios. Senti-me exposta, mas não havia muito o que fazer, a decisão estava tomada e não havia forma alguma de voltar atrás. Eu iria jogar aquele jogo, e não iria perder. Virei o copo de uísque e o bati na mesa com um pouco mais de força que o esperado. Apoiei ambas as mãos na cômoda e encarei minha imagem refletida no espelho. Olhos vidrados por causa da bebida, lábios inchados. Tentei não chorar, tentei bloquear tudo de negativo e agir. Era a melhor opção. Eu estava sexy, apesar de me sentir estranha, pois não era meu hábito usar lingeries tão ousadas. Na verdade, em todos os meses até então evitei o máximo usar coisas sensuais. Naquela noite seria diferente, eu queria o que Jamie poderia me dar. Em troca, eu lhe daria o que eu sabia que ele queria. Enchi meu copo nova
Sem mais delongas, ele me agarrou e sufocou minha boca com a dele. Eu deixei, perdendo-me em sua necessidade carnal. Sua língua com raiva bateu na minha, seus dentes beliscando meus lábios. Sua mão desceu para agarrar minha bunda. Levantou-me e eu agarrei minhas pernas em seu quadril, meus saltos cruzados em suas costas. Caímos na cama em um baque. Sua língua trabalhou duro, beijando-me o pescoço, a boca. Invadindo-me, excitando mais que eu poderia imaginar. Minhas pernas abertas abrigavam seu corpo viril, enquanto tirávamos o restante das roupas, em uma briga de línguas e corpos. Rolei por cima do seu corpo, montando nele, deixando minha buceta exposta, molhada dos meus próprios sucos, esfregando-se no seu membro ereto, numa massagem escorregadia erótica. Ele sentou, me deixando sentir seu pau, cutucando minha barriga. Me puxou em um beijo quente. Empurrei seu corpo para que caísse de volta na cama, e ele me olhou surpreso. Não fui sempre assim antes, muito antes, quando dormíamos ju
Voltei para o lugar. E ele voltou a me beijar. Seus beijos eram úmidos e quentes, e alguns deles faziam cócegas, conforme ele ia descendo. Comecei a me mexer desconfortavelmente, suas mãos passaram pelo meu buraco enrugado, acariciando, lentamente, depois suas mãos escorregaram para as minhas dobras úmidas. Seus dedos passaram com facilidade. Ele ficou assim, beijando meu traseiro, sua língua balançando sobre meu cu, enquanto seus dedos brincavam dentro de mim, fazendo com que um novo calor começasse a surgir em mim. Eu não consegui segurar um gemido alto quando seu polegar pressionou contra o meu clitóris. Encolhi-me ao som brutal de mim mesma. Me sentindo irreconhecível, mas quando dei por mim, já estava gemendo, e empurrando minha buceta em direção aos seus dedos. De repente ele retirou os dedos me deixando vazia, me fazendo desesperada pelo seu contato. Fechei minhas pernas apertado minhas pernas juntas, querendo encontrar o alívio que Jamie estava me proporcionando. Paft
— Nada! Nada vai acontecer para mim. Eu… Eu tenho você. — Apontei para o seu peito. — Por favor. Ele caminhou pelo box comigo, me fazendo dar passos para trás, até que esbarrei na parede. — Você não está armando para mim, não é, Alice? Sua mão subiu para minha garganta, onde ele acariciou. Ele aproximou sua boca do meu ouvido e então sussurrou. — Você não faria isso comigo, não é princesa? — E-eu não estou tramando nada. Apenas quero estar bem com você… por favor… Seus olhos rapidamente amenizaram. — Sinto muito. — Se afastou. — Eu não estou acostumado… eu apenas… não posso perder você. — Eu sei que isso é novo para nós — disse em um sussurro. — Mas nós podemos tentar… Eu não vou te decepcionar… te prometo. — Andei em sua direção, aproximando meus lábios e roubei um outro beijo, ele me olhou com estranheza, mas logo retribuiu. Era quente, feroz, raivoso, uma batalha de línguas. Antes que eu desse por mim, estávamos fazendo amor embaixo do chuveiro. Só que
— Eu realmente queria poder te dar uma resposta. — sorri infeliz. — Eu fui uma criança normal, pelo menos tentei, houve uma época em que brinquei de carrinho e sonhei em ser bombeiro como a maioria das crianças. Porém, via e ouvia coisas demais para uma criança de cinco anos, perdi minha inocência, a família me moldou, aprendi a ser sagaz, observador, calculista, frio, um cobrador de dívidas, um Carrasco. Nunca encontrei nenhum tipo de relação que me trouxesse conforto. Nunca tive nenhuma relação de amizade, ou pelo menos afeição. Acho que alguma vez pensei ter amado minha mãe. Mas é impossível amar alguém que não lute pelo seu filho. Mesmo que eu soubesse que ela não tinha escolha, e que está tão presa quanto eu, eu queria realmente alguém que alguma vez entrasse na minha frente por mim. Houve uma época em que eu odiava a família. Que queria fugir. Queria, daria tudo por uma vida normal. Foi logo quando fiz doze anos, e matei um viciado que devia dinheiro para o meu pai. — Deus!